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domingo, 8 de março de 2009

FINAL DA COMEMORAÇÃO

DO 1º ANIVERSÁRIO DO BLOGUE.

Meus amigos, meus camaradas

Estamos a terminar o período de comemoração do 1º aniversário do Blogue.
Para assinalar esta efeméride, resolvemos publicar um artigo, onde defendemos a visão de um futuro não muito longínquo, que deixo ao vosso critério analisas, meditar e criticar.

Sob o título “PATRONATO -A FUTURA ARISTOCRACIA”, desenvolvo algumas ideias, que pela idade que tenho, já não vou poder confirmar, se tenho razão.

Admito que seja uma previsão audaciosa, mas tendo em vista os factores objectivos e subjectivos dos tempos que correm e que questionam a humanidade. torna-se uma previsão lógica.

Para manter o poder por mais algum tempo, o que restar das actuais classes dominantes, irão certamente promover medidas, na sequência das quais se desenvolverão as condições que justificam a previsão que descrevo nesse artigo.

Curiosamente o jornal “Correio da Manhã” publicou ontem, dia 7 de Março, um artigo na secção “Ciência e Tecnologia”, que veio corroborar, o que escrevi e publiquei neste Blogue no dia 19 de Fevereiro com o título “Da Robótica á Ciência Cognitiva” e o subtítulo “Onde se fala do direito ao trabalho”.
Já aí alertava para o perigo que corria o mundo do trabalho, em virtude do patronato, proprietário dos meios de produção, beneficiar do privilégio de, por esse facto, poder através da evolução tecnológica, dominar o mercado do trabalho a seu belo prazer, devido á robótica e informática, permiti-lhe substituir a mão-de-obra quase totalmente.

O artigo do Correio da Manhã pode ser visto aqui

O ressurgimento do Marxismo-Leninismo, como fonte inspiradora dos caminhos da “Nova-Sociedade” é incontornável e o Socialismo, acabará por se tornar a solução dialéctica.

Termino com um magnífico power point, que nos fala de algumas facetas da crise que assola o mundo e que nos garante, se não for alterado este rumo, estamos a cavar a sepultura da nossa espécie.

Obrigado pela atenção que têm dado ao meu Blogue e :

“A LUTA CONTINUA”, e o blogue tambem!!!


PATRONATO


A FUTURA ARISTOCRACIA!!!

Publiquei neste Blogue em 29 de Fevereiro da autoria de Werner Schwab “A armadilha da Globalização” “A Sociedade dos 2 Décimos” ou “Os senhores do mundo a caminho de uma outra civilização”.
Resumidamente esse texto descreve o que se passou em 1995, numa reunião da Fundação Gorbachev, em S. Francisco na Califórnia.
Ali se descrevem resumidamente os caminhos que o Grande Capital pensava trilhar, para manter e aumentar as suas prerrogativas.
Dando de barato que, mais do que querer ser profético, o texto refere um conjunto de intenções que estão na lógica do desenvolvimento que o grande capital utilizava e tencionava levar a cabo, no sentido de manter a hegemonia do seu sistema explorador.
Constatava-se na narrativa dos magnatas que nela participaram e que constituem a elite da alta-finança mundial actualmente, terem chegado á conclusão que 1/5 da população seria o suficiente para satisfazer todas as necessidades da humanidade.
Isto na perspectiva de serem mantidos invioláveis os seus privilégios, deixando á “escumalha”, que constitui os restantes 4/5 da população deste mundo, a sobrevivência problemática, na fome e na miséria.
Esta era a mais importante conclusão daquela assembleia.
Assentava a sua filosofia, no facto de saberem que estava na sua mão a propriedade dos meios de produção, e com os avanços tecnológicos actuais, seria dispensável a maioria esmagadora da mão-de-obra actual.
Previa-se nesse documento, que os postos de trabalho a disputar seriam para algumas elites especializadas e chegando ao cumulo de “reservar” 1 a 2 % dos postos de trabalho, para os filhos dos industriais e capitalistas donos da empresas (Ipsis verbis).
A dimensão da crise com que o mundo actualmente se debate, era nessa altura imprevisível, embora não se possa tomar como ultrapassadas e excessivas, as conclusões a que chegaram nessa conferência.
O encerramento de numerosas fábricas e a falências de numerosas pequenas, micro e médias empresas, a que estamos diariamente a assistir, aliados ao aumento exponencial da quantidade de pobres e desempregados, estão a criar uma “Bolsa de Desemprego” de proporções aterradoras.
A facilidade crescente de impor salários mais baixos e a «minimização do emprego», tem uma consequência dramática, que a breve trecho, irá certamente alterar a fisionomia das relações sociais da humanidade.
Em consequência da problemática inerente às novas características do desenvolvimento e transformação do modo de produção capitalista, apoiado nas tecnologias mais avançadas (Informática, Robótica, etc.) permitirá que o Capital , dono desses novos meios de produção, possa apropriar-se das mais-valias como acontece actualmente e também, da exclusiva capacidade de produzir, reduzindo até onde quiser, os postos de trabalho.
As consequências objectivas desta nova situação, será o aumento exponencial da importância dos empregadores, no campo social, como resposta natural ás necessidades de sobrevivência.
Este fenómeno irá produzir uma relação social, semelhante á que em épocas anteriores o povo e nomeadamente os camponeses tinham com a nobreza reinante e actualmente numa forma mais difusa, empresários com a Banca.
Quem, num futuro que não se adivinho longínquo, puder oferecer postos de trabalho e consequentemente, a oportunidade de através de mão-de-obra especializada ou não, permitir a sobrevivência dos trabalhadores, estará numa posição de vantagem social absolutamente privilegiada, semelhante em tudo á antiga aristocracia.
O tempo em que era possível afirmar como Rothschild “Dêem-me o controlo da fonte de emissão de moeda, e não me importarei se quem faz as leis é de esquerda ou de direita”, está a terminar.
O tempo em que uma minoria privilegiada acumulava fortunas á custa da especulação financeira está a acabar.
Avizinham-se tempos em que a produção e consequentemente os postos de trabalho, serão mais importantes e valorizados socialmente, que o capital.
O tempo que se aproxima, é de quem faculte e determine a criação dos postos de trabalho.
É evidente que neste quadro, quantos mais postos de trabalho dependam ou estejam na origem de um indivíduo, maior será a importância que terá, na escala social da sociedade.
Longe de pensar que esta evolução é um caminho para um estágio social definitivo ou por ventura muito duradouro, mas embora sendo transitório, será certamente um período de grande sofrimento para a humanidade.
No tempo “histórico” mais próximo, é inevitável que se caminhe para uma nova hierarquia socialmente influenciada, por uma profunda alteração nas relações de produção.
Essa hierarquia é consequência directa da previsível evolução da economia, e está também estruturalmente relacionada com o actual nível de desenvolvimento das populações, quer social, político ou diria mesmo e atrevidamente….. biológico.
Em conclusão, estamos condenados num futuro próximo, colocar os donos dos postos de trabalho, ao nível dos factores que desde sempre levaram o homem a considerar naturais as relações de desigualdade, antagonismo e subserviência, que se verifica actualmente entre as classes sociais.
Entre os principais factores que até agora determinavam essa diferenciação, encontrava-se em primeiro lugar a quantidade de dinheiro que tivesse, as propriedades que cada um possuía, ou ainda, de forma muitíssimo mais ténue, a sua origem de classe ou remotamente o nível cultural ou científico.
No próximo futuro esses atributos, serão substituídos pela capacidade de oferecer postos de trabalho.
Essa capacidade irá desenhar a nova hierarquia social.
Fácil é de prever, que o patronato será no futuro próximo, em consequência, a nova aristocracia .
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