Não foi por acaso que hoje escolhi este “power point”.
Trata-se de uma apresentação que mostra aglomerado populacionais em várias partes do mundo, erigidos sobre verdadeiros precipícios.
Nós em Portugal, também vivemos sobre verdadeiros precipícios, em que as casas mais seguras são habitadas pelos banqueiros, capitalistas e outros privilegiados, que abundam neste país.
Os reformados, desempregados e a maior parte do povo, quase só encontra lugar do lado de fora das janelas, deixando-os estar agarrados aos parapeitos, enquanto tiverem forças.
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CARTA ABERTA A UM TAL “NUNO”Trata-se de uma apresentação que mostra aglomerado populacionais em várias partes do mundo, erigidos sobre verdadeiros precipícios.
Nós em Portugal, também vivemos sobre verdadeiros precipícios, em que as casas mais seguras são habitadas pelos banqueiros, capitalistas e outros privilegiados, que abundam neste país.
Os reformados, desempregados e a maior parte do povo, quase só encontra lugar do lado de fora das janelas, deixando-os estar agarrados aos parapeitos, enquanto tiverem forças.
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A PROPÓSITO DO SEU COMENTÁRIO FEITO NESTE BLOGUE
No dia 21 de Janeiro passado, sob este mesmo título, escrevemos um artigo denunciando vários escândalos, entre os quais a obscena remuneração a pagar a Inês Medeiros, por na sua qualidade de deputada do PS, pelo facto de ter a sua residência em Paris e por ess facto, receber umas escandalosas ajudas de custo .
Independentemente da urbanidade com que o comentário é feito, fica-lhe subjacente a ideia de que a deputada Inês Medeiros, não constitui uma escandalosa excepção, mas a sua remuneração insere-se na tabela aprovada pela Assembleia de Republica, para todos os deputados cujas residências se encontrem fora de Lisboa e que para minha informação, depois de me aconselhar “a não acreditar em tudo o que se lê na Net”, remete-me para a "Tabela de Honorários dos Deputados da Assembleia da Republica"
Independentemente da urbanidade com que o comentário é feito, fica-lhe subjacente a ideia de que a deputada Inês Medeiros, não constitui uma escandalosa excepção, mas a sua remuneração insere-se na tabela aprovada pela Assembleia de Republica, para todos os deputados cujas residências se encontrem fora de Lisboa e que para minha informação, depois de me aconselhar “a não acreditar em tudo o que se lê na Net”, remete-me para a "Tabela de Honorários dos Deputados da Assembleia da Republica"
Gostaria que o dito “Nuno” lê-se hoje este esclarecimento, pois certamente ficaria a ganhar a minha intranquilidade quanto ao caso Inês Madeiros, embora no seu comentário já refira “Se me pergunta se concordo? Acho simplesmente vergonhoso… mas para todos não só para a Inês de Medeiros”, o que me leva a acreditar que vai lucrar com a leitura do texto que reproduzo em baixo, publicado hoje no Correio da Manhã.
Penso que o “Nuno” não seja um caso perdido, dos que vagueiam pelo PS, de orelhas cheias de anti-comunismo, pelo rótulo de”vergonhoso” com que adjectiva a política de remuneração dos deputados.
Porque faço essa dedução, permito-me acrescentar ao esclarecimento o seguinte: a informação não foi lida na Net, mas sim recebida de um amigo em que confio plenamente.
Acredito que ele, conhecedor da situação, tenha feito as contas e chegado aquela conclusão.
No fundo, sendo o que referi, o valor exacto ou não, o que parece contar para o meu interlocutor e o que de facto conta para mim, é a filosofia subjacente a essa imoralidade remuneratória, num país de miséria como é o nosso e pelo efeito domesticador que tem sobre a as opiniões dos deputados e respectivas votações.
Penso que o “Nuno” não seja um caso perdido, dos que vagueiam pelo PS, de orelhas cheias de anti-comunismo, pelo rótulo de”vergonhoso” com que adjectiva a política de remuneração dos deputados.
Porque faço essa dedução, permito-me acrescentar ao esclarecimento o seguinte: a informação não foi lida na Net, mas sim recebida de um amigo em que confio plenamente.
Acredito que ele, conhecedor da situação, tenha feito as contas e chegado aquela conclusão.
No fundo, sendo o que referi, o valor exacto ou não, o que parece contar para o meu interlocutor e o que de facto conta para mim, é a filosofia subjacente a essa imoralidade remuneratória, num país de miséria como é o nosso e pelo efeito domesticador que tem sobre a as opiniões dos deputados e respectivas votações.
TEXTO DO ARTIGO PUBLICADO NO CORREIO DA MANHÃ, (PÁGINA 29)
INÊS COM VIAGEM PAGA PARA PARIS
PARLAMENTO ANALISA HOJE SITUAÇÃO ESPECIAL DA ACTRIZ E DEPUTADA ELEITA PELO PS EM LISBOA.
"A viagem semanal de Inês de Medeiros, actriz eleita deputada pelo PS no círculo eleitoral de Lisboa, entre Paris, local onde tem residência, e a capital portuguesa, para participar no plenário da Assembleia da Republica (AR), vai ser paga pelo Parlamento. A solução para o caso da actriz, que é omisso na lei, é hoje analisado pelo conselho de administração da AR.
Ao que o CM apurou, a solução encontrada pelos serviços do Parlamento para o caso de Inês Medeiros passa pela equiparação da actriz a um deputado eleito pela Europa. A decisão final será do presidente da Assembleia, Jaime Gama, que deverá dar a aprovação.
A ser assim, Inês Medeiros terá direito a uma viagem de avião de ida e volta, na classe mais elevada, uma vez por semana entre o aeroporto de Paris e o de Lisboa, acrescida da despesa de deslocação entre o aeroporto e o domicílio.
Como reside em Paris, Inês Medeiros beneficiará ainda de uma ajuda de custo de 69€ por dia, superior aos 23,05€ diários dos deputados residentes nos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais, Loures, Sintra, V.F.Xira, Almada, Seixal, Barreiro, Amadora, e Odivelas."
Ao que o CM apurou, a solução encontrada pelos serviços do Parlamento para o caso de Inês Medeiros passa pela equiparação da actriz a um deputado eleito pela Europa. A decisão final será do presidente da Assembleia, Jaime Gama, que deverá dar a aprovação.
A ser assim, Inês Medeiros terá direito a uma viagem de avião de ida e volta, na classe mais elevada, uma vez por semana entre o aeroporto de Paris e o de Lisboa, acrescida da despesa de deslocação entre o aeroporto e o domicílio.
Como reside em Paris, Inês Medeiros beneficiará ainda de uma ajuda de custo de 69€ por dia, superior aos 23,05€ diários dos deputados residentes nos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais, Loures, Sintra, V.F.Xira, Almada, Seixal, Barreiro, Amadora, e Odivelas."
4 comentários:
Caro Juvenal
Reafirmo tudo o que lhe escrevi no último comentário, penso que há uma grande diferença de 69€ para 528€ diários. Foi isso que referi como sendo falso e que considero um erro obsceno pois causa perplexidade e maior indignação a todas as pessoas trabalhadoras deste país.
Eu sou professor de uma escola pública contratado à 11 anos na mesma escola sem qualquer interrupção e ainda não entrei no quadro, não recebo ajudas de custo para ir trabalhar, o meu ordenado continua igual a 11 anos (apenas com os respectivos aumentos iguais a qualquer funcionário publico).
Gostaria de saber a que propósito os deputados recebem ajudas de custo para fazerem o trabalho para o qual já são pagos, e não é assim tão pouco como isso. (deve ser para os incentivar a ir mais vezes ao parlamento). Os professores também são colocados nos açores e na madeira e não recebem viagens de avião todos os fins-de-semana em primeira classe.
Por tudo isto considero um escândalo as regalias de todos os deputados, a deputada Inês de Medeiros é apenas mais uma de entre os duzentos e tal que o parlamento tem.
Quando digo todos é mesmo todos pois que se saiba ainda não houve nenhum que renuncia-se estas regalias seja da esquerda ou direita.
Já agora mais uma imprecisão, os 69€ é apenas para os dias em que há plenário.
Dado que me cola ao PS penso que será do PCP ou do Bloco, por isso pergunto-lhe:
Como explica que a esquerda vote favoravelmente na lei das finanças regionais mais propriamente o caso da madeira, isto não é fazer politica é ser do contra apenas porque sim. È nestes casos que a esquerda perde a razão e a credibilidade. Lamento.
Caro Nuno
Sou militante do PCP.
1ºPara terminar a questão dos 528€
reconheço que posso ter colocado mal a questão, pois julgo que esse valor deve ter sido considerado por quem me deu a informação, como valor global do encargo diário para a Assembleia da Republica, em consequência de a deputada residir em Paris.O que me confunde é parecer que substima a importância do efeito corruptor de tais remunerações.
2ºNão entendo a ligação que faz entre a questão da actriz Inês
Medeiros e a lei das finanças regionais.
3ºAinda sobre o que ganham os deputados, no que se refere ao PCP.O senhor sabe que por exemplo Jerónimo de Sousa ganha 750€ mensais como funcionário político e tudo quanto recebe a mais, como deputado reverte para o PCP.O mesmo acontecendo com o Dr.Bernardino Soares e com todos restantes deputados incluindo o eurodeputado ou qualquer militante que seja remunerado em representação do Partido Comunista, que obriga todos os militantes sem excepção a respeitar a consigna, "Ninguém pode ser beneficiado ou prejudicado em representação do PCP", o que torna esta, uma das principais fontes de financiamento do Partido.
Se isto não lhe diz nada, não há qualquer explicação que o satisfaça.
4ºPelo facto de me dar a conhecer a sua biografia profissional, permite-me perguntar-lhe:Conhece algum partido que se compare com o PCP nos esforços que fez e continuará a fazer, no sentido de o governo moralizar o seu problema?
5ºQuanto á dúvida que levanta, sobre o sentido do voto do PCP, na questão das finanças regionais vou-me informar em pormenor e logo que tenha essa informação transmiti-la-ei.
6º E ultima questão. Se acompanha este Blogue e for ler alguns dos artigos que aqui publicamos sobre os problemas dos professores, verificará que estamos do mesmo lado da trincheira.
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