EUREKA MESMO !!!
Hoje de manhã, depois de ouvir o nosso camarada Octávio
Teixeira, no programa da Antena 1 “Conselho Superior”, dissertar sobre o
desemprego e as dificuldades que irracionalmente nos são impostas pela Troika, reconhecidamente
exageradas, até pelo próprio FMI, descobri a pólvora!!!
De facto, assaltou-nos repentinamente uma ideia, que nos fez
lembrar, (mesmo salvaguardando as respectivas proporções!!!) a celebre expressão
“Eureka” (“descobri” em grego), atribuída a Arquimedes, quando na banheira, elaborou a
equação fundamental da hidrostática, "todo o corpo mergulhado num liquido experimenta
da parte deste, um impulso de baixo para cima, igual ao peso do volume de liquido
deslocado”.
Falando agora a sério, começámos a pensar: E se tudo isto
estivesse ligado ao facto da senhora Merkel & Cª, querer vir a aproveitar a
mão-de-obra barata, criada com a crise nos países do Sul e assim poder então
aumentar os ordenados dos trabalhadores alemães, que estão estagnados ou muito pouco
aumentados desde os tempos do acordo de Gerhard Schröder, com os sindicatos
alemães, em 1998!!!
Bem nos lembramos da célebre "aliança pelo
trabalho", chantageando nessa altura os sindicatos, com a promessa de evitar
a deslocalização da indústria alemã.
Recordámo-nos que na época, estava em plena euforia, o
aproveitamento da mão-de-obra barata na China e no sueste asiático, pela
maioria das grandes empresas ocidentais e nomeadamente as norte-americanas, que
transferiam para Leste as suas fábricas e o respectivo “Know-How”.
Na Alemanha, por outro lado, os problemas levantados pela
reunificação e pelas medidas de austeridade extremamente violentas que o
governo neoliberal Helmut Kohl tomava contra os trabalhadores, cortando nos
benefícios socias, aumentando generalizadamente os impostos, desmantelando progressivamente
o Estado social, (aonde é que estamos a ver o mesmo?), deram origem a uma grave
crise de desemprego, em consequência da qual, levou ao poder a coalizão dos Verdes
e social-democratas, dirigidos por Gerhard Schröder.
Foi como vimos, na sequência desses factos, para resolver os
problemas que teve de enfrentar e que o levaram a formular a tal "aliança
pelo trabalho" com os sindicatos alemães, que perdura até hoje, mas que a
cada dia que passa, se está a tornar mais difícil, senão impossível, continuar
a manter.
Racionalizando esta problemática,
levou-nos a concluir a possibilidade de os alemães quererem ultrapassar estas
dificuldades, colocando num futuro próximo algumas fábricas nos países europeus,
ou passarem a utilizar a mão-de-obra forçadamente degradada,
dos países periféricos, com a finalidade de aliviar a pressão sobre os
trabalhadores alemães, melhorando as sua remunerações, tentando evitar uma grave
crise interna.
Julgamos é que essa teoria, pode levar objectivamente, à morte
do Euro.
Outro cenário que julgamos possível, é caso os países do Sul
da Europa, pressionados pela Crise, se vejam obrigados a abandonar o Euro, este
se veja reduzido a moeda de alguns países do norte da Europa e sua circulação, importância
e capacidade de se vir a tornar moeda de referência internacional, significativamente
reduzida.
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