Mensagem

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sábado, 9 de novembro de 2013


  MARGARIDA REBELO PINTO 
 A MILF DA LITERATURA PROTUGUESA
Nós já explicamos o que é uma MILF.
Até lá, contenha a sua curiosidade e leia o que temos para dizer desta “Milf” escrevedora da literatura portuguesa.
Começamos por dizer que não estamos surpreendidos, pela quantidade de justíssimas críticas que foram feitas aos inqualificáveis conceitos, que esta “Milf” escrevedora se atreveu a bolçar, no tempo de antena que a RTP resolveu desperdiçar com ela.
Quem deve estar muito admirada é a própria “Milf” escrevedora, pois ela considera que “é típico dos portugueses, falarem do que não sabem e que Portugal é um país de vulgarólogos”.
A única coisa nos admira, é não ver assinalada em nenhum dos imensos comentários que li, qualquer referência a um livro, do crítico literário João Pedro George (JPG), docente de Sociologia da Cultura na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que na altura fez um grande “barulho”.
Em 2006, ceio, este crítico literário em resposta à permanente reclamação da “Milf” escrevedora, que a crítica não se debruçava devidamente sobre a sua “obra literária”, resolveu escrever e publicar um livro, com o título “Couves e Alforrecas”, onde fez uma paciente e profunda análise da escrita desta “Milf” escrevedora.
Nessa obra, João Pedro George (JPG) denunciou, não só muitas as situações de plágio e de “Auto plágio”, ou seja repetição “copy/past” de “frases e parágrafos, num mesmo livro, como de páginas inteiras em diferentes livros”.
A acusação foi ao pormenor de elencar as metáforas que eram repetidas sistematicamente, tais como: “o momento em que vou mergulhar outra vez nos olhos dele e esquecer-me de que o resto do mundo existe”; “mergulha o olhar na minha boca”; “mergulhamos pelos olhos”.
Acrescentava (JPG) a apetência sistemática pelos verbos aterrar e vomitar, citando como por exemplo: “bebo dois copos antes do bife aterrar na mesa”; ”a sobremesa aterrava na mesa”; ”o vinho aterra na mesa”; “o prato (…) que aterrou debaixo do nariz”; “quase a vomitar com o cheiro do corpo dele”; “até me dá vontade de vomitar”; “aquilo era pior do que vomitado de cão”, etc.,etc.
No que se referia ao mundo em que circulavam as suas personagens, considerava que devido à limitada imaginação da “Milf” escrevedora, esta não ia além de temas ligados ao “desencontro dos sexos”, “casos sentimentais mal resolvidos, bem como as sequências previsíveis”.
Também concluía (JPG) no seu paciente estudo, que a “Milf” escrevedora tinha os seus efeitos surrealistas preferidos, tais como “impotente como um peixe”, “cara inchada que parece um bolo”, “duas loiras bem cheias com cara de couve”, “cara de ovo cozido”, “fazia cara de pescada enjoada”, “a minha sogra é uma alforreca”, “cara de rato”, “cara de cavalo”, “cara de coelho”, etc.
As personagens, eram invariavelmente “extraordinariamente inteligentes” e no mundo dos homens, estes eram sempre “perdidos de giros” e “brasas que comiam as gajas umas atrás das outras”.
Quanto às personagens femininas, caracterizava-as sistematicamente como “trintonas e solteiras”, “comedoras de homens” ou “à procura de um marido rico”.
Os locais da narrativa eram sistematicamente referidos o “Bairro Alto, Príncipe Real, Papa Açorda, Lux etc.”
Conhecedora da próxima saída desse livro, e aconselhada pelo seu editor, a “Milf” escrevedora tentou através de uma providência cautelar, baseada na natureza destas críticas, impedir que fosse dada à estampa o livro, que acabaria por sair com título “Couves e Alforrecas”, dado o tribunal não ter dado provimento ao pedido.
Pouco depois do lançamento do livro em plena borrasca, durante uma entrevista na livraria Ler, quando o jornalista lhe pergunta: O autor (JPG) acusa-a de transcrever parágrafos integrais de uns livros para outros, ela candidamente responde: Não é verdade!
Em todo o caso, o jornalista insiste: mas ele dá exemplos de parágrafos que são “ipsis verbis”.
Posta perante esta realidade, limita-se a declarar como virgem ofendida: SO WHAT???
Perante a baixeza da resposta, sendo ela é portuguesa, o jornalista português, a entrevista é feita em Portugal, digamos que o “anglicismo” ou melhor o “anglicanismo” nada mais significa, que na sua mentalidade burguesa de “Tia” de Cascais, a expressão da pouca-vergonha de dizer em português “E o que é que isso tem?” como se essa resposta não fosse digna de uma marginal.
E num gesto próprio de uma verdadeira marginal, desligou violentamente o gravador apo jornalista, para acabar com a entrevista.
Tem a seu favor, não ter roubado o gravador, como mais tarde o fez o deputado do Partido Socialista Ricardo Rodrigues, caso que só à pouco ficou resolvido em tribunal.
Chegou finalmente a altura de esclarecer o que é uma MILF.
Trata-se da classificação dada por um comentador das notícias relativas a este caso da escrevedora, que na altura muito apropriadamente lhe chamou:
MULHER INFELIZ A LIDAR COM A FRUSTRAÇÃO.
Achámos esta definição adequada, quer pela solidão que envolve, quer pela tristeza subjacente, quer pelo simbolismo de uma vida vazia, quer por representar uma vida perdida a influir a futilidade e a frivolidade nos outros, que até tem a inconsciência de confessar que precisa de uma tal Patrícia Reis, para rever o que escreve e fazer a lista do que tem de emendar.

POBRE CRIATURA.

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