Mensagem

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sexta-feira, 15 de novembro de 2013


                    SOCIALISMO                     
    A ESPERANÇA DA HUMANIDADE    

Realizou—se nos passados dias 8, 9 e 10, em Lisboa, o 15º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários.
Tendo em conta o tema “O aprofundamento da crise do capitalismo, o papel da classe operária e as tarefas dos comunistas na luta pelos direitos dos trabalhadores e dos povos. A ofensiva do imperialismo, a rearrumação de forças no plano internacional, a questão nacional, a emancipação de classe e a luta pelo socialismo” e as conclusões do encontro, expressas pelos delegados dos 77 Partidos Comunistas presentes, que pode ler AQUI, percebe-se a excepcionalidade da efeméride bem como a importância que se revestiu, dada a conjuntura internacional, e a tão apregoada morte prematura do comunismo e dos seus ideais.
Tendo em vista a necessidade de coordenar internacionalmente a luta contra o capitalismo, esta iniciativa teve e continuará a ter, um significado absolutamente transcendente, até por virtude da actual correlação de forças, em que o ascenso do capitalismo está a criar um verdadeira tragédia, a nível mundial.
Nessa medida, lastimamos profundamente a total ausência de noticias sobre este importantíssimo evento, nos meios de comunicação social, só possível como fruto do colapso da União Soviética e do consequente e generalizado desvario capitalista que se seguiu, consubstanciado na Globalização e na tentativa de implantar um sistema financeiro neoliberal, com a finalidade de dominar a economia mundial.
Não queremos no entanto, deixar de acentuar que no âmbito interno do Partido, não foi feito tudo o que era possível, para dar o devido relevo a esta importantíssima reunião.
Se estamos a ser injustos que nos perdoem, pois talvez pelo isolamento em que vivemos, a pesar de procuramos estar bem informados, além das referências e reportagens feitas no Avante, só por uma ou duas vezes mais, ouvimos falar deste encontro, com a agravante de ter sido em reuniões muito alargadas e por outras razões.
Permitimo-nos fazer aqui esta crítica, que outra finalidade não tem, do que realçar a importância que atribuímos a este encontro de Partidos irmãos e o reconhecimento que o tipo de discussão levada a cabo, foi e será sempre fundamental para reforçar a capacidade de luta comum, que terá de ser global e necessariamente com linhas de actuação comuns e uniformes.
É uma questão essencial, potenciar o resultado das decisões e que estas se estabeleçam em unidade, tendo em vista a dimensão e natureza do combate e as capacidades do poderoso  inimigo que temos de enfrentar, o Capitalismo Financeiro.
Ao ser discutido como um dos tema principais, o caracter social da produção e a sua apropriação privada, consideramos ser essa na realidade, a questão mais relevante, que de momento se apresenta aos trabalhadores, pois reside nas actuais relações de produção, o essencial da capacidade do Capitalismo explorar os trabalhadores.
De facto os automatismos e as novas tecnologias destruindo os postos de trabalho, permitem ao grande patronato satisfazer as necessidades de produção, com uma crescente redução da mão-de-obra.
Tudo o que os políticos seus serventuários, digam como promessa de criar postos de trabalho, é pura ficção e funcionam como placebos.
Serão sempre promessas, que jamais serão cumpridas, pelo menos a um nível que possa ser considerado equitativo com as necessidades das populações sobreviverem com um mínimo de dignidade.
A desproporcionada força do capital financeiro, e o actual nível de desenvolvimento tecnológico, permitir-lhe–á substituir a mão-de-obra por maquinaria, sempre que seja do seu interesse, para aumentar os seus lucros.
A velocidade com que procede à substituição da mão-de-obra, está de momento dependente da correlação de forças entre o patronato e a capacidade reivindicativa dos trabalhadores que, pelo avanço da ciência robótica, em breve será residual.
A dimensão da “Bolsa de Mão-de-obra” disponível, ou por outra palavras, o volume do desemprego será maior ou menor por enquanto, consoante a pressão social o determinar.
Jamais a questão do direito ao trabalho, inerente a todo o cidadão que é colocado no mercado de trabalho, fará parte das preocupações dos donos do Capital.
Prova disso é o facto de jamais ter ser discutido ou sequer equacionado, o direito de reverter para todos, os avanços permitidos pelas novas tecnologias, como seria lógico se vivêssemos num regime socialista.
Antes pelo contrário, substitui-se a mão-de-obra por robots e outros meios, não segundo as capacidades financeiras, porque essas estão sempre disponíveis, mas em consequência da necessidade de manter a acalmia social, em níveis suportáveis.
Paradoxalmente aumentam-se os horários de trabalho, quando as novas circunstâncias apelariam para a sua diminuição, permitindo isso sim, um aumento das horas disponíveis para um cidadão dedicar à família, ao lazer, enfim a tudo aquilo que trouxesse mais felicidade à humanidade.
A Natureza, ao tornar o homem um ser racional, coerente, lógico e inteligente, não o fez, para consentir que a esmagadora maioria viva em pleno e constante sofrimento.
A infelicidade sistemática, é uma imoralidade e objectivamente um elemento contra-natura.
Nas condições actuais, quer das relações de produção, quer do nível das desigualdades sociais, ao permitir que uns poucos estabeleçam um código de conduta que inviabiliza a maioria ter uma vida normal, em sociedade, faz parecer que alguns seres humanos, têm direitos e obrigações diferentes.
Ao adulterar as leis da Natureza, nessa área e no que à metafisica da felicidade diz respeito, aceitar que há uns que têm mais direito a ela do que outros, não será possível por muito mais tempo, na medida em que as suas leis são omnipotentes e como tal, todo o Universo está sujeito a elas.
Por isso, é que o Socialismo é a única opção possível, para a sobrevivência colectiva da humanidade e verdadeira alternativa de fundo à barbárie capitalista, como amplamente ficou demonstrado, no 15º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários.

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