SOCIALISMO
A ESPERANÇA DA HUMANIDADE
A ESPERANÇA DA HUMANIDADE
Realizou—se nos passados dias 8, 9 e 10, em Lisboa, o 15º
Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários.
Tendo em conta o tema “O
aprofundamento da crise do capitalismo, o papel da classe operária e as tarefas
dos comunistas na luta pelos direitos dos trabalhadores e dos povos. A ofensiva
do imperialismo, a rearrumação de forças no plano internacional, a questão
nacional, a emancipação de classe e a luta pelo socialismo” e as conclusões
do encontro, expressas pelos delegados dos 77 Partidos Comunistas presentes,
que pode ler AQUI, percebe-se a excepcionalidade da efeméride bem como a
importância que se revestiu, dada a conjuntura internacional, e a tão apregoada
morte prematura do comunismo e dos seus ideais.
Tendo em vista a necessidade de coordenar internacionalmente
a luta contra o capitalismo, esta iniciativa teve e continuará a ter, um
significado absolutamente transcendente, até por virtude da actual correlação
de forças, em que o ascenso do capitalismo está a criar um verdadeira tragédia,
a nível mundial.
Nessa medida, lastimamos profundamente a total ausência de
noticias sobre este importantíssimo evento, nos meios de comunicação social, só
possível como fruto do colapso da União Soviética e do consequente e
generalizado desvario capitalista que se seguiu, consubstanciado na
Globalização e na tentativa de implantar um sistema financeiro neoliberal, com
a finalidade de dominar a economia mundial.
Não queremos no entanto, deixar de acentuar que no âmbito
interno do Partido, não foi feito tudo o que era possível, para dar o devido
relevo a esta importantíssima reunião.
Se estamos a ser injustos que nos perdoem, pois talvez pelo isolamento
em que vivemos, a pesar de procuramos estar bem informados, além das
referências e reportagens feitas no Avante, só por uma ou duas vezes mais,
ouvimos falar deste encontro, com a agravante de ter sido em reuniões muito
alargadas e por outras razões.
Permitimo-nos fazer aqui esta crítica, que outra finalidade
não tem, do que realçar a importância que atribuímos a este encontro de
Partidos irmãos e o reconhecimento que o tipo de discussão levada a cabo, foi e
será sempre fundamental para reforçar a capacidade de luta comum, que terá de
ser global e necessariamente com linhas de actuação comuns e uniformes.
É uma questão essencial, potenciar o resultado das decisões
e que estas se estabeleçam em unidade, tendo em vista a dimensão e natureza do
combate e as capacidades do poderoso inimigo que temos de enfrentar, o Capitalismo
Financeiro.
Ao ser discutido como um dos tema principais, o caracter social da produção e a sua
apropriação privada, consideramos ser essa na realidade, a questão mais
relevante, que de momento se apresenta aos trabalhadores, pois reside nas actuais relações de produção, o essencial da capacidade
do Capitalismo explorar os trabalhadores.
De facto os automatismos e as novas tecnologias destruindo
os postos de trabalho, permitem ao grande patronato satisfazer as necessidades
de produção, com uma crescente redução da mão-de-obra.
Tudo o que os
políticos seus serventuários, digam como promessa de criar postos de trabalho,
é pura ficção e funcionam como placebos.
Serão sempre promessas, que jamais serão cumpridas, pelo
menos a um nível que possa ser considerado equitativo com as necessidades das
populações sobreviverem com um mínimo de dignidade.
A desproporcionada força do capital financeiro, e o actual
nível de desenvolvimento tecnológico, permitir-lhe–á substituir a mão-de-obra
por maquinaria, sempre que seja do seu interesse, para aumentar os seus lucros.
A velocidade com que procede à substituição da mão-de-obra,
está de momento dependente da correlação de forças entre o patronato e a
capacidade reivindicativa dos trabalhadores que, pelo avanço da ciência robótica,
em breve será residual.
A dimensão da “Bolsa de Mão-de-obra” disponível, ou por
outra palavras, o volume do desemprego será maior ou menor por enquanto,
consoante a pressão social o determinar.
Jamais a questão do direito ao trabalho, inerente a todo o
cidadão que é colocado no mercado de trabalho, fará parte das preocupações dos
donos do Capital.
Prova disso é o facto de jamais ter ser discutido ou sequer
equacionado, o direito de reverter para todos, os avanços permitidos pelas
novas tecnologias, como seria lógico se vivêssemos num regime socialista.
Antes pelo contrário, substitui-se a mão-de-obra por robots
e outros meios, não segundo as capacidades financeiras, porque essas estão
sempre disponíveis, mas em consequência da necessidade de manter a acalmia
social, em níveis suportáveis.
Paradoxalmente aumentam-se os horários de trabalho, quando
as novas circunstâncias apelariam para a sua diminuição, permitindo isso sim,
um aumento das horas disponíveis para um cidadão dedicar à família, ao lazer,
enfim a tudo aquilo que trouxesse mais felicidade à humanidade.
A Natureza, ao tornar o homem um ser racional, coerente,
lógico e inteligente, não o fez, para consentir que a esmagadora maioria viva
em pleno e constante sofrimento.
A infelicidade sistemática, é uma imoralidade e objectivamente
um elemento contra-natura.
Nas condições actuais, quer das relações de produção, quer
do nível das desigualdades sociais, ao permitir que uns poucos estabeleçam um código de conduta que inviabiliza a
maioria ter uma vida normal, em sociedade, faz parecer que alguns seres
humanos, têm direitos e obrigações diferentes.
Ao adulterar as leis da Natureza, nessa área e no que à
metafisica da felicidade diz respeito, aceitar que há uns que têm mais direito
a ela do que outros, não será possível por muito mais tempo, na medida em que
as suas leis são omnipotentes e como tal, todo o Universo está sujeito a elas.
Por isso, é que o
Socialismo é a única opção possível, para a sobrevivência colectiva da
humanidade e verdadeira alternativa de fundo à barbárie capitalista, como
amplamente ficou demonstrado, no 15º Encontro Internacional de Partidos
Comunistas e Operários.
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