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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014


PRÉMIO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA HAMDAN 2014.

As tecnologias que estão hoje ao serviço dos fotógrafos facilitam imenso o trabalho destes.
No entanto sem aquele “olho especial” para flagrar o momento, o angulo e o enquadramento justo, não há tecnologia que lhe valha.
O “power point de hoje é disso uma expressiva demonstração.


Para além das belas fotografias, esta apresentação tem uma particularidade que considerámos interessante, baseada no facto deste prémio ter o nome de Mohammed bin Rashid Al Maktoum, atual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos. 
Este árabe é o célebre emir de Dubai, o homem que arquitectou tudo aquilo em que hoje se transformou o Dubai, como símbolo da ostentação que a riqueza permite, e os podres que lhes estão subjacentes.
 
De facto, o Dubai tal como agora o conhecemos como centro cosmopolita, desenvolveu-se nas duas ou três últimas décadas,(ver AQUI) graças ao pouco petróleo que produz e que está à beira de se esgotar, mas sobretudo ao sucesso da sua Zona Franca, onde os benefícios são proporcionais às facilidades.
Na Wikipédia em relação ao Dubai, pode ler-se: 
“O destaque de Dubai como centro mundial de negócios contrasta com a situação de miséria e de violação de direitos humanos dos trabalhadores na construção civil - grande parte deles migrantes provenientes da Índia, Bangladesh, Paquistão, Afeganistão, Yemen, Sri Lanka, Etiópia, Filipinas, China ou Síria. Mal pagos e mal alojados, têm sido submetidos a formas de exploração comparáveis às vigentes durante a Revolução Industrial, sendo muitas vezes obrigados a trabalhar sob temperaturas que podem superar 50 °C. São frequentes os casos de suicídio entre os operários.” 
A cidade que hoje é mundialmente conhecida, pelos enormes arranha-céus, enormes avenidas e exageradas e luxuosas infra-estruturas de todo o tipo, para atrair o turismo, conta entre os exotismos mais assinaláveis, umpavilhão para praticar ski com seis pistas (acredite que é verdade!!!) onde as temperaturas negativas do interior, contrastam com os mais de 40º, que normalmente se fazem sentir no exterior.
Floresta em pleno deserto, com bungalows, piscinas e zonas de caça com animais selvagens, para proporcionar safaris aos turistas, canais imitando Veneza tendo como margens blocos de cimento pré-construídos, um hotel (BurjAl Arab Jumeirah) onde só se entra em Rolls Royce da empresa, com colunas no hall de entrada de 180 metros, forradas a ouro, porque o emir Al Maktoum não gostou da cor inicial. Penínsulas com milhares de vivendas (cujas torneiras começam a despejar baratas, quando falta a água, porque os areais estão a abater) hotéis e ilhas artificiais tudo feito com areia retirada do fundo do mar, imitando os países do planisfério com as suas 300 ilhas.
Mas os exageros e irracionalidades de tudo aquilo, estão simbolizados nas filas imensa dos camiões cheios de dejectos do maior arranha céus do mundo (o Burj Dubai) que esperam horas infindas para serem despejados na estação de tratamento porque… não existem esgotos!!!
Porque esta afirmação é inacreditável, desafiamo-lo a ver o vídeo AQUI para confirmar. 
Para mais informação sobre o Dubai, aconselhamos um link do nosso Blogue publicado em 2009, ou mais remotamente AQUI ou AQUI

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