PAULO DE MORAIS
MAIS UM EXCELENTE TEXTO, SOBRE ALGUMAS
DAS GRITANTES IMORALIDADES, DA NOSSA VIDA POLÍTICA
Mais um notável texto de Paulo de Morais, abordando a injusta legislação, que com argumentos falaciosos, conquistou benefícios absolutamente injustos e imorais, para a classe política.
Considerando embora que outros haverá, que estão na vida política com sentido de missão, não posso deixar de referir esse elevado sentido cívico e revolucionário, em todos os elementos que compõem a bancada do Partido Comunista, sem excepção
Já começa a ser mais conhecido, o extraordinário espírito de sacrifício (particularmente nos dias de hoje!), o facto de entregam ao seu Partido, tudo quanto ganham a mais do que o seu ordenado base, tal como todos os outros funcionários do PCP.
Tendo em conta que o seu próprio secretário-geral e deputado Jerónimo de Sousa, pouco mais ganha de que 750 euros, como ex-operário de profissão, todas as homenagens que se possam atribuir a estes convictos lutadores do nosso povo, são inquestionavelmente merecidas.
Depois desta pequena introdução, melhor poderemos avaliar os injustos benefícios de que a maioria dos nossos políticos e ex-políticos beneficiam, por no fundo terem conseguido colocar Portugal na cauda dos países civilizados, com todos os índices, da educação ao nível da pobreza, inferiores a todos os outros.
É preciso não esquecer que tornaram Portugal um país do terceiro mundo, onde matar a fome já começa a ser o objectivo principal para a maioria da população.
Até que a maioria dos portugueses tome consciência que quando votam nesta canalha que nos tem governado, estão a votar na sua própria condenação à miséria ou à ruína, o voto é e continuará a ser, a guilhotina do destino de muitos cidadãos enganados e que ainda não tomaram consciência, do facto dos seus destinos estarem a correr um perigo mortal.
Acreditando nas sofisticadas formas como os donos da comunicação social os manipulam, colocam muitas vezes a sua cegueira anti-comunista, como a corda que os está, ou irá enforcar.
ABRAM OS OLHOS, OS OUVIDOS E COLOQUEM A VOSSA LUCIDEZ, AO VOSSO PRÓPRIO SERVIÇO!!!
NÃO PEDIMOS NADA MAIS!!!
RENDIMENTO MÁXIMO
O destino do país está na mão de aposentados. O presidente
Cavaco Silva, a primeira figura do Estado, é reformado. A segunda personalidade
na hierarquia protocolar, Assunção Esteves, é igualmente pensionista. Também nos
governos nacional e regionais há ministros que recebem pensão de reforma, como
Miguel Relvas ou até Alberto João Jardim. No Parlamento, há dezenas de
deputados nesta situação. Mas também muitas câmaras são presididas por
reformados, do Minho, ao Algarve, de Júlia Paula, em Caminha, a Macário
Correia, em Faro.
É imensa a lista de políticos no activo que têm direito a
uma pensão. Justificam este opulento rendimento com o facto de terem prestado
serviço público ao longo de doze anos ou, em alguns casos, apenas oito. Esta
explicação não convence, até porque uma parte significativa deste bando de
reformados não só não prestou qualquer relevante serviço à nação como ainda
utilizou os cargos públicos para criar uma rede clientelar em benefício
próprio. Foi graças a esta teia que muitos enriqueceram e acederam a funções
para que nunca estiveram curricularmente habilitados. A manutenção até hoje
destes privilégios e prebendas é inaceitável, em particular nos tempos de crise
que atravessamos. Sendo certo que a responsabilidade por este anacronismo não é
de nenhum destes políticos e ex-políticos em particular - também é verdade que
todos têm uma culpa partilhada por não revogarem este sistema absurdo que
atribui tenças milionárias à classe que mais vem destruindo o país. Urge
substituir este modelo pelo único sistema admissível que é o de que os
titulares de cargos públicos, quando os abandonam, sejam indemnizados
exactamente nos mesmos termos que qualquer outro trabalhador.
E que passem a reformar-se, como todos os restantes
cidadãos, quando a carreira ou a idade o permita. É claro que dirigentes
habituados a acumular reformas de luxo com bons salários jamais compreenderão
os problemas dos que têm de viver com salários de miséria; ou sequer entenderão
as dificuldades dos que sobrevivem apenas com pensões de valor ridículo. Não
serão certamente estes reformados de luxo que conseguirão proceder às reformas
estruturais de que Portugal tanto está a precisar.
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