APRESENTADOR
DO “RATIGAN DYLAN SHOW”
Este apresentador de enorme sucesso na televisão por cabo norte-americana,
que ganhava mais de 1.5 milhões de dólares por ano, terminou a sua intervenção no
“Ratigan Dylan Show”.
Esse programa, enquanto dependeu dele, foi o mais visto na
televisão por cabo, na rede da MSNBC, cujo nome deriva da junção da Microsoft à
“NBC News” e dos seus parceiros, “The New York Times”, “Newsweek” e “The
Washington Post”.
Cito esta origem, para que se perceba até que ponto são
credenciadas as suas declarações, no importantíssimo vídeo, que vos
apresentamos no fim deste texto.
Dylan J. Ratigan, foi o vencedor do Prêmio Gerald Loeb em
2004, com a cobertura do escândalo da “Enron”, é um escritor e jornalista,
especialista em questões financeiras, autor do best-seller “Greedy-Bastards” (clicandoaqui pode ler algumas páginas, o que aconselhamos vivamente!!!).
Do ponto de vista ideológico, não sei qual a sua opção
política e fico muito perplexo quando vejo colocar como sub-título desse livro “How
We Can Stop Corporate Communists, Banksters, and Other Vampires from Sucking
America Dry”, que julgo poder traduzir “Como podemos impedir as Empresas
(Corporações???) comunistas, Banksters (onde faz a simbiose de
Banqueiro+Gangster= Bankster) , e outros vampiros que estão sugando a América a seco.
As nossas perplexidades nascem, quando ele refere no livro “How
We Can Stop Corporate Communists”.
Encontrámos muitas dificuldades em traduzir o sentido da sua
escrita, dada a percepção da complexidade das numerosas variantes que poderiam
assumir o sentido idiomático desta frase, na medida em que as formas
gramaticais, fonológicas e até o próprio léxico que são peculiares aos falantes
de americano, poderiam ser atraiçoados, por uma vulgar tradução à letra.
Tal como traduzimos, supomos não andar muito longe da
intenção do autor, mas de qualquer modo, assumimos neste caso as nossas
dificuldades, porque “cautela e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém”.
Aa nossas dificuldades resultam de não entendermos a
possibilidade de existir uma generalidade de corporações comunistas ou até
“proto-comunistas”, que possam perturbar minimamente a economia dos Estados
Unidos, até porque conhecemos muito bem o receio de qualquer cidadão
norte-americano em se assumir simpatizante comunista, com receio de sofrer algumas
consequências desagradáveis, tal a pressão anticomunista que se faz sentir nos
Estados Unidos.
Falamos por experiência própria, na medida em que, em
determinada altura, tivemos uma tarefa de recepção a estrangeiros das mais
variadas nacionalidades, aos quais por vezes solicitávamos a morada, para podermos
enviar informação e propaganda política comunista e só os norte-americanos,
embora simpaticamente, recusavam sistematicamente a dá-la.
Acreditamos que as coisas estejam um pouco melhores, até
porque há um Partido Comunista que se está a recompondo, da profunda crise que
sofreu, após a destruição da União Soviética.
Este ascenso do Partido Comunista dos Estados Unidos, também
reflecte a enorme dimensão da crise que está a afectar as classes trabalhadoras
e o povo dos Estados Unidos, embora não tenha ainda grande significado numérico,
razão pela qual ainda não foi possível eleger um vereador sequer, em qualquer
cidade norte-americana.
De qualquer modo, o que nos chamou a atenção neste vídeo
particularmente, foi a clarividência e violência das acusações que faz ao
sistema político, económico e financeiro norte-americano e concretamente aos
partidos democrata e republicano e nomeadamente ao sistema bancário, que reconhece,
não só está a empobrecer os contribuintes americanos, como explora os
trabalhadores e produtores de todo o mundo.
Na forma extremada como se expressa sobre as consequências
da actual crise económica e financeira, não será difícil entender que possa não
ser simpatizante do comunismo, mas torna-se paradoxal, que seja um anticomunista
quem diz:
“Em conclusão, pouco
ou nada adianta a divulgação deste ou de qualquer outro vídeo deste conteúdo,
pois se há pessoas que entendem e vêm qual a situação em que encontra o Mundo
devido a estes parasitas, quiçá bandidos que nos roubam, haverá gente que, não
sendo estupida, é ignorante o que é bem pior e, como assim continuam a
perpetuar no poder desta raça maldita que, intitulando-se de liberais não são
mais do que bestas ao serviço do capitalismo”.
Pensamos que o abandono de um programa de sucesso impar, que
era fruto do seu talento e da sua visão política, económica e financeira, com a
dimensão de audição que tinha, não joga bem, com a desculpa invocada para a seu
pedido de demissão.
Achamos que é uma história mal contada, porque “não dá a
bolota com a porcalhota”.
Acreditamos sim, que tenha sido forçado a sair, pelo facto
de ser uma voz demasiado incomoda para o Sistema.
Um individuo que tem uma arma como a dele, atingindo milhões
e milhões de telespectadores, que está interessado a continuar essa luta, por
outras vias, segundo ele diz, não encontrará forma mais eficaz de entrar na
casa das pessoas e fazer-se ouvir, como através do programa de televisão que
tinha.
O seu sucesso é disso testemunha.
O seu sucesso é disso testemunha.
Pensar que no seu palmarés, as numerosas denúncias de
corrupção, fraudes e abusos do poder, como foi por exemplo o já citado caso da “Enron”,
ou o caso que também fez despoletar a intervenção do FBI no escândalo da empresa Solyndra, fabricante de painéis solares fotovoltaicos, que havia
recebido da administração do Presidente Barack Obama, um empréstimo de 535
milhões de dólares, sob o pretexto de criar 4000 empregos e cujos executivos tinham
feito doações substanciais para a campanha do Presidente Obama, falindo pouco
depois, são exemplos de uma actuação cívica preciosa, que só permite obter
semelhantes resultados, a partir de uma plateia da dimensão que tinha o seu “Ratigan
Dylan Show”.
Por estas e por outras, julgamos não estar longe da verdade
quando pensamos e afirmamos, que deve ter sido negociada a sua demissão, ou simplesmente obrigado a demitir-se.
As suas intenções de buscar outras formas de intervenção
cívica, não passam nestas circunstâncias, de desculpas esfarrapadas, até pelo
teor da mensagem de despedida se contradizem com as razões evocadas para a sua saída
e confirmam a nossa dedução, ao afirmar:
“ter deixado uma
carreira de quinze anos no jornalismo financeiro em meio à crise de 2008, para
se juntar com o seu programa, ao conjunto das tradicionais notícias da televisão
por cabo, com objectivo claro de revelar a verdade cruel sobre os nossos
maiores problemas e contando as histórias inspiradoras para quem tem todas as
probabilidades de poder resolvê-los”.
Especificando mais adiante:
"Decidi deixar de
notícias na televisão por cabo, para colaborar e participar com alguns líderes a
fim de experimentar e explorar novas maneiras de contar as suas histórias". "Embora
possa parecer pouco convencional deixar um programa de TV em rápido crescimento
político na véspera de uma eleição presidencial, para mim, o momento não
poderia ser melhor."
Para quem tinha o programa de maior sucesso na Televisão
americana, é um argumento difícil de digerir, mas mais importante do que acima
foi escrito, é o que é dito no vídeo, que apresentamos a seguir.
Para ver o vídeo original, sem legendas em português, CLIQUE AQUI
Para ver a sua página onde justifica a sua saída CLIQUE AQUI
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