Mensagem

Mensagem

segunda-feira, 23 de julho de 2012

              DYLAN JASON RATIGAN
  APRESENTADOR DO “RATIGAN DYLAN SHOW”


Este apresentador de enorme sucesso na televisão por cabo norte-americana, que ganhava mais de 1.5 milhões de dólares por ano, terminou a sua intervenção no “Ratigan Dylan Show”.
Esse programa, enquanto dependeu dele, foi o mais visto na televisão por cabo, na rede da MSNBC, cujo nome deriva da junção da Microsoft à “NBC News” e dos seus parceiros, “The New York Times”, “Newsweek” e “The Washington Post”.
Cito esta origem, para que se perceba até que ponto são credenciadas as suas declarações, no importantíssimo vídeo, que vos apresentamos no fim deste texto.
Dylan J. Ratigan, foi o vencedor do Prêmio Gerald Loeb em 2004, com a cobertura do escândalo da “Enron”, é um escritor e jornalista, especialista em questões financeiras, autor do best-seller “Greedy-Bastards” (clicandoaqui pode ler algumas páginas, o que aconselhamos vivamente!!!).
Do ponto de vista ideológico, não sei qual a sua opção política e fico muito perplexo quando vejo colocar como sub-título desse livro “How We Can Stop Corporate Communists, Banksters, and Other Vampires from Sucking America Dry”, que julgo poder traduzir “Como podemos impedir as Empresas (Corporações???) comunistas, Banksters (onde faz a simbiose de Banqueiro+Gangster= Bankster) , e outros vampiros que estão sugando a  América a seco.
As nossas perplexidades nascem, quando ele refere no livro “How We Can Stop Corporate Communists”.
Encontrámos muitas dificuldades em traduzir o sentido da sua escrita, dada a percepção da complexidade das numerosas variantes que poderiam assumir o sentido idiomático desta frase, na medida em que as formas gramaticais, fonológicas e até o próprio léxico que são peculiares aos falantes de americano, poderiam ser atraiçoados, por uma vulgar tradução à letra.
Tal como traduzimos, supomos não andar muito longe da intenção do autor, mas de qualquer modo, assumimos neste caso as nossas dificuldades, porque “cautela e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém”.
Aa nossas dificuldades resultam de não entendermos a possibilidade de existir uma generalidade de corporações comunistas ou até “proto-comunistas”, que possam perturbar minimamente a economia dos Estados Unidos, até porque conhecemos muito bem o receio de qualquer cidadão norte-americano em se assumir simpatizante comunista, com receio de sofrer algumas consequências desagradáveis, tal a pressão anticomunista que se faz sentir nos Estados Unidos.
Falamos por experiência própria, na medida em que, em determinada altura, tivemos uma tarefa de recepção a estrangeiros das mais variadas nacionalidades, aos quais por vezes solicitávamos a morada, para podermos enviar informação e propaganda política comunista e só os norte-americanos, embora simpaticamente, recusavam sistematicamente a dá-la.
Acreditamos que as coisas estejam um pouco melhores, até porque há um Partido Comunista que se está a recompondo, da profunda crise que sofreu, após a destruição da União Soviética.
Este ascenso do Partido Comunista dos Estados Unidos, também reflecte a enorme dimensão da crise que está a afectar as classes trabalhadoras e o povo dos Estados Unidos, embora não tenha ainda grande significado numérico, razão pela qual ainda não foi possível eleger um vereador sequer, em qualquer cidade norte-americana.
De qualquer modo, o que nos chamou a atenção neste vídeo particularmente, foi a clarividência e violência das acusações que faz ao sistema político, económico e financeiro norte-americano e concretamente aos partidos democrata e republicano e nomeadamente ao sistema bancário, que reconhece, não só está a empobrecer os contribuintes americanos, como explora os trabalhadores e produtores de todo o mundo.
Na forma extremada como se expressa sobre as consequências da actual crise económica e financeira, não será difícil entender que possa não ser simpatizante do comunismo, mas torna-se paradoxal, que seja um anticomunista quem diz:
“Em conclusão, pouco ou nada adianta a divulgação deste ou de qualquer outro vídeo deste conteúdo, pois se há pessoas que entendem e vêm qual a situação em que encontra o Mundo devido a estes parasitas, quiçá bandidos que nos roubam, haverá gente que, não sendo estupida, é ignorante o que é bem pior e, como assim continuam a perpetuar no poder desta raça maldita que, intitulando-se de liberais não são mais do que bestas ao serviço do capitalismo”.
Pensamos que o abandono de um programa de sucesso impar, que era fruto do seu talento e da sua visão política, económica e financeira, com a dimensão de audição que tinha, não joga bem, com a desculpa invocada para a seu pedido de demissão.
Achamos que é uma história mal contada, porque “não dá a bolota com a porcalhota”.
Acreditamos sim, que tenha sido forçado a sair, pelo facto de ser uma voz demasiado incomoda para o Sistema.
Um individuo que tem uma arma como a dele, atingindo milhões e milhões de telespectadores, que está interessado a continuar essa luta, por outras vias, segundo ele diz, não encontrará forma mais eficaz de entrar na casa das pessoas e fazer-se ouvir, como através do programa de televisão que tinha.
O seu sucesso é disso testemunha.
Pensar que no seu palmarés, as numerosas denúncias de corrupção, fraudes e abusos do poder, como foi por exemplo o já citado caso da “Enron”, ou o caso que também fez despoletar a intervenção do FBI no escândalo da empresa Solyndra, fabricante de painéis solares fotovoltaicos, que havia recebido da administração do Presidente Barack Obama, um empréstimo de 535 milhões de dólares, sob o pretexto de criar 4000 empregos e cujos executivos tinham feito doações substanciais para a campanha do Presidente Obama, falindo pouco depois, são exemplos de uma actuação cívica preciosa, que só permite obter semelhantes resultados, a partir de uma plateia da dimensão que tinha o seu “Ratigan Dylan Show”.
Por estas e por outras, julgamos não estar longe da verdade quando pensamos e afirmamos, que deve ter sido negociada a sua demissão, ou simplesmente obrigado a demitir-se.
As suas intenções de buscar outras formas de intervenção cívica, não passam nestas circunstâncias, de desculpas esfarrapadas, até pelo teor da mensagem de despedida se contradizem com as razões evocadas para a sua saída e confirmam a nossa dedução, ao afirmar:
“ter deixado uma carreira de quinze anos no jornalismo financeiro em meio à crise de 2008, para se juntar com o seu programa, ao conjunto das tradicionais notícias da televisão por cabo, com objectivo claro de revelar a verdade cruel sobre os nossos maiores problemas e contando as histórias inspiradoras para quem tem todas as probabilidades de poder resolvê-los”.
Especificando mais adiante:
"Decidi deixar de notícias na televisão por cabo, para colaborar e participar com alguns líderes a fim de experimentar e explorar novas maneiras de contar as suas histórias". "Embora possa parecer pouco convencional deixar um programa de TV em rápido crescimento político na véspera de uma eleição presidencial, para mim, o momento não poderia ser melhor."
Para quem tinha o programa de maior sucesso na Televisão americana, é um argumento difícil de digerir, mas mais importante do que acima foi escrito, é o que é dito no vídeo, que apresentamos a seguir.



Para ver o vídeo original, sem legendas em português,   CLIQUE AQUI
Para ver a sua página onde justifica a sua saída CLIQUE AQUI

Sem comentários: