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segunda-feira, 23 de julho de 2012


                                       ISLÂNDIA
      UMA ESPÉCIE DE MENINA DOS OLHOS, 
             NO COMBATE AO CAPITALISMO

Este é mais um texto que recebemos descrevendo o estado em que se encontra na actualidade o caso da Islândia, embora nele se referiam muitos dos episódios já anteriormente descritos neste Blogue, em textos publicados oportunamente.
Este episódio histórico, que acompanhamos com todo o interesse desde o princípio, mantem uma indiscutível actualidade, com exemplo vencedor da intervenção popular, na defesa dos seus interesses.
Hoje vai sendo mais fácil ter acesso ao que se passa na Islândia, mas bem nos recordamos dos esforços que tivemos inicialmente de fazer, para obter uma informação, mínima que fosse, nas fontes tradicionais de comunicação social.
A nossa sorte foi ter conseguido encontrar o site de um casal de franceses que estavam na Islândia na ocasião em que rebentou o escândalo e contou o que se estava a passar.
Todas as tentativas que tínhamos feito na Internet, quer através do Google, quer de outros motores de busca , e agências de informação, saíram frustrados, até que chegámos á pista acima referida.
Eis o texto que recebi e resume a actual situação da Islândia:

ISLÂNDIA 
TRIPLICARÁ O SEU CRESCIMENTO EM 2012, APÓS A PRISÃO DE POLÍTICOS E BANQUEIROS

A Islândia conseguiu acabar com um governo corrupto e parasita. Prendeu os responsáveis pela crise financeira, mandando-os para a prisão.
Começou a redigir uma nova Constituição feita por eles e para eles. E hoje, graças à mobilização, será o país mais próspero de um ocidente submetido a uma tenaz crise de dívida.
É a cidadania islandesa, cuja revolta em 2008 foi silenciada na Europa por temor a que muitos percebessem. Mas conseguiram, graças à força de toda uma nação, o que começou sendo crise, se converteu em oportunidade.
Uma oportunidade que os movimentos altermundistas observaram com atenção e o colocaram como modelo realista a seguir.
Consideramos que a história da Islândia é uma das melhores notícias dos tempos actuais.
Sobretudo depois de saber que segundo as previsões da Comissão Europeia, este país do norte atlântico, fechará 2011 com um crescimento de 2,1% e que em 2012, este crescimento será de 1,5%, uma cifra que supera o triplo dos países da zona euro.
A tendência ao crescimento aumentará inclusive em 2013, quando está previsto que alcance 2,7%.
Os analistas asseveram que a economia islandesa segue mostrando sintomas de desequilíbrio. E que a incerteza segue presente nos mercados. Porém, voltou a gerar emprego e a dívida pública foi diminuindo de forma palpável.
Este pequeno país do periférico árctico recusou resgatar os bancos. Os deixou cair e aplicou a justiça sobre aqueles que tinham provocado certos descalabros e desmandes financeiros.
Os matizes da história islandesa dos últimos anos são múltiplos. Apesar de transcender parte dos resultados que todo o movimento social conseguiu, pouco foi falado do esforço que este povo realizou. Do limite que alcançaram com a crise e das múltiplas batalhas que ainda estão por se resolver.
Porém, o que é digno de menção é a história que fala de um povo capaz de começar a escrever seu próprio futuro, sem ficar a mercê do que se decida em despachos distantes da realidade cidadã. E embora continuem existindo buracos para preencher e escuros por iluminar.
 A revolta islandesa não causou outras vítimas que os políticos e os homens de finanças costumam divulgar. Não derramou nenhuma gota de sangue. Não houve a tão famosa "Primavera Árabe". Nem sequer teve rastro mediático, pois os meios passaram por cima na ponta dos pés.
Mesmo assim, conseguiram seus objectivos de forma limpa e exemplar.
Hoje, seu caso bem pode ser o caminho ilustrativo dos indignados espanhóis, dos movimentos Occupy Wall Street e daqueles que exigirem justiça social e justiça económica em todo o mundo.

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