PARA QUE É, QUE SOMOS TÃO OBSERVADOS!
Você sabia que há uma imensa quantidade de gente que nos anda a observar e não se dá por isso?
Há 119 observatórios, para as mais diversas actividades.
Há os que têm obrigação de se preocupar com a fala, como por exemplo o “Observatório da neologia do português” ou o “Observatório de neologismos do português europeu”.
Há os que escarafuncham em tudo o que se relaciona com a droga, “Observatório nacional da droga e toxicodependência”, “Observatório europeu da droga e toxicodependência”, “Observatório geopolítico das drogas”, etc.
Na saúde de uma maneira geral, há montes de “Observatórios” para concluírem certamente, que este é um país gravemente doente, governado por uma canalha que lhe retira toda capacidade de se tratar.
A fase terminal em que se encontra a sua independência, constitui uma ameaça mortal para a sua soberania, roubando a cada dia que passa, toda e qualquer hipótese de sobrevivência.
Há, no domínio da educação, os que observam meticulosamente o que se passa, como por exemplo o “Observatório das ciências do 1º ciclo”, “Observatório das ciências do 2º ciclo” ou mais pomposamente o “Observatório de políticas de educação e de contextos educativos”.
Há aqueles que integram actividades verdadeiramente exóticas, como seja o “Observatório urbano do eixo atlântico”, o “Observatório solar e heliosférico” ou o futurista “Observatório virtual da astrofísica” para não esquecer o secreto “Observatório Mcom”…assim mesmo…Mcom …(Não dizem… com…quê!!! A gentes que adivinhem!!!).
Há o enigmático “Observatório ibérico do acompanhamento do problema da degradação dos povoamentos de sobreiro e azinheira”, que me traz à memória o crime de autorização do corte de 2600 sobreiros, por Luís Nobre Guedes, Telmo Correia, do CDS e Costa Neves do PSD, ao tempo ministros do Ambiente, do Turismo e da Agricultura, dias após as eleições legislativas de 2005, em que José Sócrates substituiu Pedro Santana Lopes.
A rapidez do despacho, numa situação em que o governo já se encontrava em regime de gestão, demonstra a criminosa intenção de favorecer o projecto turístico da Portucale, empresa do Grupo Espírito Santo, na herdade da Vargem Fresca, em Benavente.
Nestes 119 observatórios, você, tal como nós, talvez não faça a mínima ideia de quantas pessoas nos estão a observar e o que observam de facto!!!
Uma coisa é certa: com tanta variedade de observatórios, tudo o que se faça e até mesmo o que não faz, arrisca-se a ter um par de olhos, pelo menos, a observá-lo, controlá-lo e a contabiliza-lo!
Por isso o governo nos trata como números e não como pessoas!!!
Antigamente havia o “Observatório Meteorológico”, que observava o tempo e a PIDE que observava e controlava tudo o que cada um fazia.
Hoje a observação é muito mais sofisticada, ampla, científica, diversificada, neo-liberalizada, cujos resultados ficam no segredo dos deuses e servem principalmente para as classes dominantes, não só arranjarem uns tachos para os amigos familiares e correligionários, como também para manterem as populações sob controlo, pacíficas, ordeiras e serviçais e o menos possível informadas do que verdadeiramente se passa.
Ainda se o que essa gente que nos observa, estivesse a tornar Portugal um país melhor, mais evoluído, mais eficiente, mais culto, mais competente, mais educado, mais idóneo, mais competitivo, mais auto-suficiente, mais justo, mais generoso, mais solidário, mais equitativo, mais imparcial, mais feliz!…talvez valesse a pena!!!
Mas afinal qual é o resultado dessas observações? Quanto custam ??? Que resultados práticos???
Quanto a resultados, na perspectiva dos cidadãos nem sequer vale a pena perder tempo.
Basta ver o atraso do país, o estado lastimoso da economia, a desgraça do desemprego, a miséria dos ordenados da esmagadora maioria dos trabalhadores em contraste com as mordomias e benesses das elites que nos governam e seus capangas de confiança.
A IDEIA QUE SE CIMENTA, É QUE NOS BANCOS, NOS RICOS, NOS GRANDES INDUSTRIAIS E NAS ELITES NÃO SE TOCA.
A RAIA MIÚDA, QUE PAGUE A CRISE !!!
Os índices de suicídios, o aumento da pobreza, o ciclo de fome porque passa grande parte dos portugueses, são por demais evidentes e resultam dessa caótica situação em que os sucessivos governos, nos têm colocado.
O desespero da juventude que se vê sem futuro e aconselhados pelos próprios governantes a desistirem e emigrarem
Quantos milhares abandonam os estudos por dificuldades financeiras???
Será difícil perceber porque muitos deles procuram nas drogas, o refugio para a suas dificuldades?.
O novo recurso a emigração em massa, é a única e desesperada resposta à vista, para o desumano desemprego que se generaliza.
Sair do país é a solução possível para a sobrevivência de centenas de milhares de desempregados.
O decréscimo acentuado da população tem como causa principal, a recusa dos casais a procriarem, fruto das dificuldades com que se debatem!
Os pensionistas e os reformados, estão a braços com dificuldades económicas que não lhes permite comprar os remédios que necessitam, nem recorrer a uma assistência médica, por carência de dinheiro para pagar as taxas moderadoras.
Não será tudo isto que observam os 119 observatórios e nada acontece de bom para este povo.
Vamos então conhecer esses observatórios, tentar deduzir para que servem!
E se só “observam” ….a quem servem?
O ESTADO DA NAÇÃO PERMITE PENSAR QUE ESSES OBSERVATÓRIOS, MAIS DO QUE “OBSERVAR”, SÃO OS OLHOS DOS GOVERNOS QUE CRIARAM UM PAÍS VIRTUAL E, DESTRUÍRAM OS SONHOS NASCIDOS EM ABRIL.
ESSES MESMOS GOVERNOS QUE MATAM AS ESPERANÇAS DO POVO, SEMEIAM O DESESPERO, CRIAM POBREZA E DIFICULDADES, PARA SUSTENTAR UMA ELITE EXPLORADORA E ESPECULATIVA, QUE FAZ DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE, UM SLOGAN VAZIO E SEM EXPRESSÃO CONCRETA, NA VIDA DAS PESSOAS.
Observatório nacional de saúde
Observatório dos medicamentos e dos produtos da saúde
Observatório português dos sistemas de saúde
Observatório médico
Observatório vida
Observatório do ordenamento do território
Observatório do comércio
Observatório da imigração
Observatório para os assuntos da família
Observatório permanente da juventude
Observatório nacional da droga e toxicodependência
Observatório europeu da droga e toxicodependência
Observatório geopolítico das drogas
Observatório do ambiente
Observatório das ciências e tecnologias
Observatório do turismo
Observatório para a igualdade de oportunidades
Observatório da imprensa
Observatório das ciências e do ensino superior
Observatório dos estudantes do ensino superior
Observatório permanente do ensino secundário
Observatório das ciências do 1º ciclo
Observatório permanente das organizações escolares
Observatório da comunicação
Observatório das actividades culturais
Observatório local da Guarda
Observatório de inserção profissional
Observatório do emprego e formação profissional
Observatório nacional dos recursos humanos
Observatório regional de Leiria
Observatório sub-regional da Batalha
Observatório permanente da justiça
Observatório estatístico de Oeiras
Observatório da criação de empresas
Observatório português para o desemprego
Observatório Mcom
Observatório têxtil
Observatório da neologia do português
Observatório de segurança
Observatório do desenvolvimento do Alentejo
Observatório de cheias
Observatório das secas
Observatório da sociedade de informação
Observatório da inovação e conhecimento
Observatório da qualidade em serviços de informação e conhecimento
Observatório das regiões em reestruturação
Observatório das artes e tradições
Observatório de festas e património
Observatório dos apoios educativos
Observatório da globalização
Observatório do endividamento dos consumidores
Observatório do sul Europeu
Observatório europeu das relações profissionais
Observatório transfronteiriço Espanha-Portugal
Observatório europeu do racismo e xenofobia
Observatório para as crenças religiosas
Observatório dos territórios rurais
Observatório dos mercados agrícolas
Observatório dos mercados rurais
Observatório virtual da astrofísica
Observatório nacional dos sistemas multimunicipais e municipais
Observatório da segurança rodoviária
Observatório das prisões portuguesas
Observatório nacional dos diabetes
Observatório de políticas de educação e de contextos educativos
Observatório ibérico do acompanhamento do problema da degradação dos povoamentos de sobreiro e azinheira
Observatório estatístico
Observatório dos tarifários e das telecomunicações
Observatório da natureza
Observatório qualidade
Observatório quantidade
Observatório da literatura e da literacia
Observatório Nacional para o analfabetismo e iliteracia
Observatório da inteligência económica
Observatório para a integração de pessoas com deficiência
Observatório da competitividade e qualidade de vida
Observatório nacional das profissões de desporto
Observatório das ciências do 1º ciclo
Observatório das ciências do 2º ciclo
Observatório nacional da dança
Observatório da língua portuguesa
Observatório de entradas na vida activa
Observatório europeu do sul
Observatório urbano do eixo atlântico
Observatório de biologia e sociedade
Observatório sobre o racismo e intolerância
Observatório solar e heliosférico
Observatório do sistema de aviação civil
Observatório da cidadania
Observatório da segurança nas profissões
Observatório da comunicação local
Observatório jornalismo electrónico e multimédia
Observatório urbano do eixo atlântico
Observatório robótico
Observatório permanente da segurança do Porto
Observatório do fogo
Observatório da comunicação
Observatório da qualidade do ar
Observatório do centro de pensamento de política internacional
Observatório ambiental de teledetecção atmosférica e comunicações aeroespaciais
Observatório europeu das PME
Observatório da restauração
Observatório de Timor Leste
Observatório de reumatologia
Observatório da censura
Observatório do design
Observatório da economia mundial
Observatório do mercado de arroz
Observatório da DGV
Observatório de neologismos do português europeu
Observatório para a educação sexual
Observatório para a reabilitação urbana
Observatório para a gestão de áreas protegidas
Observatório europeu da sismologia
Observatório nacional das doenças reumáticas
Observatório da caça
Observatório da habitação
Observatório do emprego em Portugal
Observatório Alzheimer
Observatório magnético de Coimbra
PERGUNTA FINAL E NECESSÁRIA:
Quantos são os presidentes, vice-presidentes, adjuntos, especialistas, tesoureiros, secretárias, administrativos, motoristas, porteiros etc.,etc.???
Quanto custa ao bolso dos portugueses, esta panóplia de organizações, cuja caricata finalidade e enfática designação de algumas delas, é um perfeito retrato dos governantes que temos tido.
ESTE REGABOFE , PARA ALÉM DOS DADOS QUE POSSA FORNECER, É FUNDAMENTALMENTE UM GRANDE MANANCIAL DE TACHOS PARA OS AMIGOS, FAMILIARES E CORRELEGIONÁRIOS…SÓ PODE!!!
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