Mensagem

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terça-feira, 31 de julho de 2012


               A CRISE QUE VIVEMOS 
     E A MISÉRIA QUE SE ADIVINHA

WILLIAM SHAKESPEARE - REVOLUCIONÁRIO
“Que tempo terrível este em que os idiotas dirigem os cegos”  

Hoje, duas notícias me perturbaram.
A primeira, quando na Antena 1 ouvi dizer que 80 casas por dia, eram vendidas pelas Finanças, resultado das hipotecas que tinham vencido o prazo de liquidação.
Somadas às 20 que como é noticiado há muito tempo,  são entregues diariamente aos Bancos, dão a bonita soma de 100 casas que diariamente estão disponíveis, para serem vendidas.
Isto faz-nos pensar como é possível, num Portugal em monstruosa crise, haja tanta gente com dinheiro, ou tanto dinheiro sem gente, que pode disponibilizar o valor de um mercado, que leva á praça 100 casas diariamente, sem que se torne claro, a origem dessa liquidez, ou o misterioso resultado final dessas transacções. 
Para nós é de facto um mistério, que nem o Sherlock Holmes, se atreveria a tentar descobrir.
Nem por um momento duvidamos,  que a violência que origina tantas e tão dramáticas situações, terá forçosamente que  provocar um cataclismo, que ponha a descoberto, aquilo que no nosso entendimento é suficientemente suspeito e incompreensível.
Sem pretenções de adivinho, é objectivamente fácil vaticinar que um escândalo de explosiva  dimensão, abrirá caminho obrigatoriamente,  a uma solução revolucionáriamente moralizadora.
Como, com quem e de que forma, é muito difícil prever neste momento!
A única certeza, é que caminhamos para tensões populares intoleráveis.
Algo ou alguém, corporizará essa necessidade patriótica de se encontrar uma solução, para a trágica situação que se materializa e desenvolve a cada dia que passa.  
Com os governantes que temos, não poderemos contar e com as autoridades policiais e judiciárias competentes, temos sérias dúvidas.
A lembrança das evidências dos BPN’s  e Socráticos exemplos, estão sempre a atormentar o meu congénito optimismo.
A segunda notícia, foi a oportunidade de ver em repetição, dado não ter tido ocasião de ver no passado Domingo, na TVI, parte do programa do PSD, onde o professor Marcelo Rebelo de Sousa (calculem que ia a escrever Marcelo Caetano!!!), “bota” palavra sobre tudo e sobre nada, desde que abone a acção do governo e da Santa Madre Igreja, assessorado pela ex-vedeta da Antena 1, Judite de Sousa.
Dizia o ecléctico mestre, que o seu correligionário Passos Coelho, referira o seu “lixanço pelas eleições” em virtude "de há muito", os seus conselheiros de imagem, o terem “aconselhado” a passar a usar uma linguagem mais popular.
Ligando essa douta sentença, ao facto de termos ouvido igualmente o nosso primeiro-ministro considerar de viva voz, que “as pessoas humildes o entendiam”, (certamente por igual recomendação expressa pelos seus conselheiros de imagem, que são pelos vistos, o principal trunfo da sua governação) só podemos pensar, que foi a seu conselho que Passos Coelho, elevou á categoria de humilde, o significado de papalvo, como gostaria de ter dito, não fora certamente o aconselhamento, não permitir uma franqueza dessa dimensão.
No nosso “humilde” entender (aqui sim!!!), a política para estes “intelectuais” é uma espécie de jogo, onde se planeiam e falsificam as regras, consoante pensam, que os eleitores são mais ou menos humildes, ou seja mais ou menos “potenciais papalvos”.
Reparem, se o que se ouve permanentemente aos governantes, não é um sucessivo planear soluções, emitir criticas ao governo anterior, jurar a pés juntos que “agora é que vai ser” e específicamente na actualidade, fazer da criação de postos de trabalho, a cenoura á frente dos olhos, com que o espertalhão fazia andar o burro.
Não se ouve uma palavra sobre a necessidade de novas relações de produção, uma intensão remota que seja de acabar com os “offshores”.   
Antes pelo contrário, aumentam-se os horários dos trabalhadores, retiram-se os feriados, diminuem-se as férias, aumenta-se artificialmente a Bolsa de Desempregados, para diminuir as remunerações do trabalho, acaba-se com a Contratação colectiva para fragilizar o poder reivindicativo dos trabalhadores.
No campo financeiro, vai-se buscar liquidez a juros imorais, porque é o povo trabalhador, que acaba sempre por pagar.
Estas são as soluções efectivas para os problemas dessa elite maldita, exploradora, e responsável pela situação de atraso que fomentam, de destruição do aparelho produtivo e do qual resultou na actual situação de miséria em que se encontra 25 por cento da população e sem futuro 50 por cento dos seus  jovens.
Com mentiras, chantagens, de demagógicas falsas promessas eleitorais e de sucessivos planos salvíficos, com que desde 1977 o PS/PSD com e esporádicas cumplicidades do CDS, bombardeiam o povo português, as artificiosas alternativas que prometem, redundam sistematicamente no mesmo resultado: empobrecer o povo e enriquecer as elites.
Nós entendemos, baseados na leitura da história, que bem enganados andam aqueles que pensam poder eternamente “comer as papas na cabeça do povo”.
 A facilidade de acesso ao conhecimento, que nos tempos actuais a informática tem proporcionado, mais importante neste caso do que a própria Cultura, funciona como despertador de consciências.
Essa arma fundamental, permite discutir os problemas, com um mínimo de isenção e clarividência.
Longe vão os tempos em que uma sistemática desinformação, permitia que a comunicação social ao serviço do Capital, fosse utilizara para manter em ignorância as verdadeiras intenções das acções políticas, levadas  a cabo após o 25 de Novembro de 1976.
É UM TEMPO DE LUTA, MAS TAMBEM 
DE GRANDE EXPECTATIVA E ESPERANÇA!!!

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