TALÕES E RECIBOS,
EIS A QUESTÃO
EIS A QUESTÃO
Para nossa grande admiração, lemos um texto enviado por um amigo,
de autoria de Henrique Raposo, um velho e cavernícola anticomunista,
escrevinhador habitual de uma coluna no jornal “Expresso”, com o qual desta vez
estamos absolutamente de acordo.
O texto aborda a magna questão dos talões de compras nos
supermercados, não servirem de recibos.
Se fossemos nós que tivéssemos escrito aquele texto, não
colocaríamos um título que dá ideia de só o Continente e o Pingo Doce
aproveitam essa modalidade para escapar ao fisco.
Todas as grandes empresas que vendem a retalho e
nomeadamente a PT e congéneres, no caso dos pagamentos por Multibanco, que
justificam os pagamentos electrónicos das chamadas a fazer pelos telemóveis, ao
não servirem de recibo, levantam o mesmo problema. Neste caso, para que tenham a
validade de um recibo, teremos de o especificar e indicar o respectivo nº de
contribuinte, coisa que ninguém se dá ao trabalho de fazer.
A tese abordada por Henrique Raposo, é absolutamente justa e
faz parte das questões menores, porque de fácil solução.
A actual situação só serve de alibi para estas grandes
empresas escaparem ao fisco.
Se o governo decretasse que os talões justificam os pagamentos
era óbvio que as receitas do fisco aumentariam exponencialmente e até as
farmácias aumentariam a venda dos comprimidos para a azia dos grandes empresários!
Funestas seriam as consequências para todos os “Lobos
Xavieres” deste mundo, especialistas em “fugas ao fisco”, cujo labor se tornaria
muito mais dispensável.
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COMO É QUE O PINGO DOCE E CONTINENTE
PAGAM IMPOSTOS?
Por: Henrique Raposo
"Com tantas compras e talões espalhados pela casa, um
sujeito começa a pensar em coisas estranhas e pouco natalícias, como, por
exemplo, a diferença entre recibo e factura. Por que razão os recibos do Pingo
Doce e Continente não servem de factura? Mesmo que compre apenas um pacotinho
de fraldas, um sujeito leva para casa um recibo que tem, à vontade, dois
palmos. Parece bula de remédio. Mas, no meio de todas aquelas letras, só há uma
coisa que interessa: "não serve de factura". Para termos factura, é preciso
pedir à menina e dar dados logo ali. Como se percebe facilmente, este processo
é demorado e acaba por prolongar o tempo de espera das pessoas que estão na
fila atrás de nós - um factor dissuasor que leva muita gente a não pedir
factura. Ora, três perguntas. Primeira: em muitas lojas pequenas, o
recibo-é-a-factura e tem lá os espaços em branco para a malta preencher em casa
sem ninguém a espreitar pelo ombro. Se uma pequena loja consegue esta proeza,
por que razão as grandes cadeias de supermercados não conseguem operar com este
sistema? Segunda pergunta: como é que se calcula os impostos a pagar por Pingo
Doce e Continente? Por alto? Por estimativa? Se o registo naquela caixa
registadora não serve para os meus impostos, servirá para os impostos do Eng.
Belmiro? Se a resposta for sim, por que razão a caixa não dá logo factura?
Terceira pergunta: se o governo está empenhado na transparência fiscal, por que
razão ainda não acabou com esta patética diferença entre recibo e factura?
1 comentário:
Para continuar a propalar
a mentira
há que ir escrevendo sobre pequenas verdades
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