JOGOS PARALÍMPICOS DE INVERNO
SOCHI 2014
De facto houve quem se aproveitasse do problema da Ucrânia, para lamentavelmente esquecer quem competia e as razões humanitárias subjacentes à valorização que se pretende dar aqueles, a quem a vida roubou possibilidades de competir em absoluta igualdade de circunstâncias, com os seus semelhantes.
O caso da Inglaterra é exemplar, não só pela recusa do seu governo, até em assistir à cerimónia inaugural, como pior do que isso, pela paradoxal desumanidade exibida pela corte inglesa, na medida em que o filho mais novo da rainha Elizabeth II, o príncipe Edward, sendo patrono da Associação Paralímpica Britânica, esqueceu as suas particulares responsabilidades morais na circunstância e cancelou a sua visita à Rússia", por puras razões de subserviência política aos Estados Unidos, à semelhança da patética atitude do 1º ministro David Cameron e do seu governo.
O handicap dos concorrentes, tem causado em quási todas estas manifestações olímpicas específicas, mortes e incapacidades permanentes, como foram os casos da ex-ginasta brasileira Lais Souza, que em Salt Lake City, nos Estados Unidos, sofreu um acidente, que ainda hoje a impede de mexer os braços ou pernas, ou o georgiano Nodar Kumaritashvili que morreu durante um treino nos Jogos Paralímpicos de Vancouver, ou como já neste Jogos de Sochi a esquiadora russa Maria Komissarova sofreu um grave acidente num treino para a sua prova de esqui, em consequência do qual quebrou a coluna vertebral.
É por estas e por outras, que estes Jogos em particular, deveriam merecer de todos, um respeito especial e torna tão repugnante o comportamento daquele “principecozito” Edward, mais até do que dos governos, quanto mais não fosse por homenagem ao particular esforço que estes atletas fazem, para se sentirem integrados na sociedade e quantas vezes à custa de esforços sobre-humanos e de riscos que põem a própria vida em causa.
É a fantasia inerente a estas classes aristocráticas parasitárias, que servem de rótulo à embalagem da terna caridadezinha, ou de qualquer outra actividade filantrópica ou hipoteticamente patriótica, normalmente paga a peso de ouro, que parece bem e a maior parte das vezes esconde a podridão e imoralidade dos seus comportamentos individuais.
Consola-nos o facto de neste caso miserável de fazer política, o número de países concorrentes este ano, apesar de tudo, ter alcançado um número recorde, tendo mesmo como referência os anteriores Jogos Paralímpicos de Vancouver, no Canadá.
As cerimónias de abertura no passado dia 7 de Março e certamente as que no próximo dia 16 encerrarão os Jogos Paralímpicos” de Sochi, em nada serão inferiores às cerimónias do Jogos Olímpicos Clássicos que também tiveram lugar ali, em Sochi, na Rússia e de cujas maravilhosas manifestações já demos notícia neste Blogue.
Para fazer uma ideia da beleza do que já se passou, e facilitar a capacidade de avaliar a que ponto, nestas difíceis modalidades, se correm os riscos que referimos e justificam as severas consequências já aqui relatadas, tornam estes atletas em verdadeiros heróis de força de vontade e de um superior espirito de sacrifício, dignos da nossa admiração e homenagem.
Vai nesse sentido o “power point” que publicamos a seguir.
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