ENTREVISTA COM OCTÁVIO TEIXEIRA
Acabamos de ler uma importante entrevista de Octávio Teixeira, feita por Ana Lopes para o “Jornal I” que colocámos no fim deste texto, com a qual estamos totalmente de acordo.
Nela é exigido por Octávio Teixeira, uma transformação radical na maneira como encaramos a nossa adesão ao euro.
Aproveitamos a oportunidade para chamar a atenção para alguns factores de caracter mais universal, não expressos na entrevista, mas que estão na base não só da problemática nacional, como do sistema capitalista, em que nesta fase da evolução social dominam as relações de produção, não só nacionais, mas também internacionais.
Numa reunião da Fundação Gorbachev, em S. Francisco da Califórnia, em 1995, que reuniu a nata dos gestores capitalistas, concluiu-se que dois décimos da população satisfaziam todas as necessidades da humanidade. Ao ser perguntado o que fazer aos outros oito décimos, foi respondido “Ah esses vão ter problemas!!!!
Hoje bem percebemos, que aquela orientação era o ponto de partida, para os desenvolvimentos económicos, que atormentam grande parte da humanidade.
Sobre essa reunião, Hans-Peter Martin e Harald Schumann, escreveram um livro com o título “A ARMADILHA DS GLOBALIZAÇÃO” e com o subtítulo “O assalto à democracia e ao bem-estar social”.
Sentimos que o conteúdo dessa obra era tão importante e tão racionalmente profético que, pela nossa parte, resolvemos tudo fazer dentro das nossas possibilidades para alertar sobre as terríveis conclusões nelas contidas.
Este Blogue foi a primeira iniciativa.
Assim, para facilitar o acesso ao documento de que tivemos conhecimento e onde se descreve o conteúdo da obra, há duas possibilidades: ou vai ao cabeçalho deste Blogue no link que diz: “PREVISÃO CAPITALISTA - 2/10 DA POPULAÇÃO SATISFAZEM TODAS AS NECESSIDADES < CLIQUE AQUI
será levado directamente a uma reprodução desse documento.
Ou numa reprodução que fizemos especialmente para este texto, clicando AQUI.
Se as conclusões daquele livro podiam na altura serem tomadas como tendenciosas, ou profecias exageradas, o tempo tem-se encarregado de comprovar a sua absoluta pertinência.
De facto, a Globalização, a robotização dos meios de produção e sobretudo o acesso às novas tecnologias, bem como a possibilidade de os capitalistas ampliarem autonomamente suas taxas de lucro recorrendo á utilização da mão-de-obra barata, física e intelectual, sem fronteiras, alterou completamente as relações de produção.
Ao não depender dos custos da mão-de-obra, ou do talento intelectual dos trabalhadores das mais variadas procedências, o patronato libertou-se de algumas expressões jurídicas, sociais e técnicas das relações de produção.
A profunda alteração dos processos de produção, o aumento da produtividade pela via da mecanização e a consequente possibilidade de apropriação da chamada mais-valia relativa, devido sobretudo à liberdade de decisão dos proprietários dos elementos produtivos (como componentes básicos do modo de produção), tornou-se a questão central no mundo do trabalho e alterou radicalmente as tradicionais relações do patronato com os trabalhadores.
Paralelamente, assiste-se ao crescente predomínio do poder financeiro sobre o poder político.
Ou numa reprodução que fizemos especialmente para este texto, clicando AQUI.
Se as conclusões daquele livro podiam na altura serem tomadas como tendenciosas, ou profecias exageradas, o tempo tem-se encarregado de comprovar a sua absoluta pertinência.
De facto, a Globalização, a robotização dos meios de produção e sobretudo o acesso às novas tecnologias, bem como a possibilidade de os capitalistas ampliarem autonomamente suas taxas de lucro recorrendo á utilização da mão-de-obra barata, física e intelectual, sem fronteiras, alterou completamente as relações de produção.
Ao não depender dos custos da mão-de-obra, ou do talento intelectual dos trabalhadores das mais variadas procedências, o patronato libertou-se de algumas expressões jurídicas, sociais e técnicas das relações de produção.
A profunda alteração dos processos de produção, o aumento da produtividade pela via da mecanização e a consequente possibilidade de apropriação da chamada mais-valia relativa, devido sobretudo à liberdade de decisão dos proprietários dos elementos produtivos (como componentes básicos do modo de produção), tornou-se a questão central no mundo do trabalho e alterou radicalmente as tradicionais relações do patronato com os trabalhadores.
Paralelamente, assiste-se ao crescente predomínio do poder financeiro sobre o poder político.
Tudo isto é agravado pela incontrolável capacidade de os
Estados Unidos emitirem os dólares que precisam, desde que o presidente Nixon
unilateralmente mandou abandonar o padrão ouro em 1971, que tinha funcionado
até então, como resultado dos Acordos de
Bretton Woods de 1944, (Em que um grama “troy”, equivalia a 35 dólares), para
regular o comércio internacional.
De facto, Nixon, quando viu que lhe era impossível continuar a cumprir esses acordos, conseguiu estabelecer a obrigatoriedade do pagamento do petróleo em dólares, ao estabelecer com a família Real da Arábia Saudita a garantia da proteção militar do país e da manutenção dos privilégios da Família Real.
Acrescentando a isto o facto de os dólares já serem moeda de referência para o comércio internacional e também servirem de reserva bancária, obrigando as nações a comprá-los à cotação que dependia do livre arbítrio da Reserva Federal, (instituição bancária privada, independente do governo norte-americano), temos aí a raíz de todos os problemas que ocasionaram a crise do “sub-prime” em 2008, bem como a sua extensão mundial, com particular incidência nos países do sul da Europa, com destaque para a Grécia e Portugal. É nas manobras financeiras dos Estados Unidos que vamos encontrar a origem para a desregulamentação antidemocrática que está na base da deterioração das relações de produção e de trabalho, com funestas consequências para a maioria da humanidade e em particular para o mundo do trabalho.
Bem sabemos que a evolução das leis do trabalho e das relações de produção não eram previsíveis quando foi elaborada a teoria marxista, porque a Globalização não era imaginável à época.
Há no entanto uma realidade que continua viva e actual; a contradição, a que assistimos entre o domínio discriminatório do poder patronal e o direito natural ao trabalho.
Independentemente das alterações objectivas dos elementos considerados, continua a ser uma verdade revolucionária, tal como Marx afirmava, que a sobrevivência da Humanidade só pode ser resolvida de maneira violenta, através da revolução social, para tornar possível a alteração do modo de produção vigente, por outro que tenha em consideração o 1º direito humano que é “o direito ao trabalho, digno e justamente remunerado”.
Octávio Teixeira, ao aconselhar a saída de Portugal do Euro, nada mais faz que tentar libertar Portugal do jugo a que está sujeito e a assumir a única solução que resta a este País, para não ser escravizado nos decénios mais próximos, submetendo as gerações futuras a um sistema capitalista explorador e esclavagista.
De facto, Nixon, quando viu que lhe era impossível continuar a cumprir esses acordos, conseguiu estabelecer a obrigatoriedade do pagamento do petróleo em dólares, ao estabelecer com a família Real da Arábia Saudita a garantia da proteção militar do país e da manutenção dos privilégios da Família Real.
Acrescentando a isto o facto de os dólares já serem moeda de referência para o comércio internacional e também servirem de reserva bancária, obrigando as nações a comprá-los à cotação que dependia do livre arbítrio da Reserva Federal, (instituição bancária privada, independente do governo norte-americano), temos aí a raíz de todos os problemas que ocasionaram a crise do “sub-prime” em 2008, bem como a sua extensão mundial, com particular incidência nos países do sul da Europa, com destaque para a Grécia e Portugal. É nas manobras financeiras dos Estados Unidos que vamos encontrar a origem para a desregulamentação antidemocrática que está na base da deterioração das relações de produção e de trabalho, com funestas consequências para a maioria da humanidade e em particular para o mundo do trabalho.
Bem sabemos que a evolução das leis do trabalho e das relações de produção não eram previsíveis quando foi elaborada a teoria marxista, porque a Globalização não era imaginável à época.
Há no entanto uma realidade que continua viva e actual; a contradição, a que assistimos entre o domínio discriminatório do poder patronal e o direito natural ao trabalho.
Independentemente das alterações objectivas dos elementos considerados, continua a ser uma verdade revolucionária, tal como Marx afirmava, que a sobrevivência da Humanidade só pode ser resolvida de maneira violenta, através da revolução social, para tornar possível a alteração do modo de produção vigente, por outro que tenha em consideração o 1º direito humano que é “o direito ao trabalho, digno e justamente remunerado”.
Octávio Teixeira, ao aconselhar a saída de Portugal do Euro, nada mais faz que tentar libertar Portugal do jugo a que está sujeito e a assumir a única solução que resta a este País, para não ser escravizado nos decénios mais próximos, submetendo as gerações futuras a um sistema capitalista explorador e esclavagista.
Para ler a entrevista do Octávio Teixeira CLIQUE AQUI
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