Mensagem

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

MEMÓRIA PRESENTE

PARA MEMÓRIA FUTURA

A BIOGRAFIA CONDENSADA DE UMA TRAIDOR !!!

VERDADES DE UMA MEMÓRIA QUE RECORDAM AS
FERIDAS MAIS FUNDAS DAS MINHAS LEMBRANÇAS

Li por acaso um texto sobre Mário Soares, intitulado “A lucidez de Mário Soares”, cuja paternidade era atribuída a Clara Ferreira Alves.
Fiquei desconfiado, pois sempre a tinha visto como uma admiradora “fiel” e como tal fui procurar no arquivo do Expresso, jornal que era indicado como tendo publicado o texto e não encontrei nada.
Pelo contrário.Lastimava-se ela:

“Circula na Net e na blogosfera um falso texto com a minha assinatura, que aparece como tendo sido publicado no Expresso, e que é um enunciado de injúrias a Mário Soares. O falsificador, anónimo, usou o meu nome para caluniar”.
Em algumas investigações que levei a cabo, deparei com outros “blogueiros”, que também tinham sérias duvidas, e provavam que conheciam bem melhor do que eu as “afinidades” da jornalista, ao dizerem:
O quê? Clara Ferreira Alves escreveu isto sobre o Mário Soares? Espera aí: a Clara Ferreira Alves não é aquela jornalista que fez uns programas com o Mário Soares, para a RTP, que custaram uma fortuna, mas que tinha audiência nula? E agora vem dizer isto? Que Mário Soares é um escroque, isso nós já sabemos há muito tempo... Mas a loira do «Eixo do Mal» escreveu mesmo isto do coirão do Soares? Depois de lhe andar a lamber as botas durante anos e anos? Zangaram-se, foi? É isto a «ética republicana» tão apregoada pelos socialistas? Estamos tramados, meus amigos, estamos tramados... (O voo da águia)
Não foi difícil encontrar o autor do texto.
Ricardo Santos Pinto, no Blogue “5Dias.net”, em 15 de Abril de 2009, assumiu a sua autoria de forma algo melindrada, na resposta a um comentário:
“Parece-me que vou ter de processar a Clara Ferreira Alves.
O texto é meu e só meu. E assumo-o da primeira à última linha”
O texto em referência vem de facto publicado em vários Blogues e constitui quase a biografia condensada do percurso político de Mário Soares, no que ele teve de mais negativo para Portugal e para a maioria dos portugueses.
Dizia o texto:
"Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.
A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante uma longa carreira política.
A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris.
A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma «brilhante» que se viu o processo de descolonização.
A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.
A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.
A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os «dossiers». A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.
A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.
A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com «testas de ferro» no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.
A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos.
A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de quinhentos mil contos, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifício cedido pela Câmara de Lisboa.
A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.
A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República, na… Fundação Mário Soares.
A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria. A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era… João Soares.
A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do «Público», José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.
A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine.
A lucidez que lhe permitiu considerar José Sócrates «o pior do guterrismo» e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.
A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.
A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.
A lucidez que lhe permitiu ler os artigos «O Polvo» de Joaquim Vieira na «Grande Reportagem», baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.
No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai. Vai… e não volta mais. "

Não me admira que a jornalista Clara Ferreira Alves tivesse considerado “que é um enunciado de injúrias a Mário Soares” .
Nada do que é dito é falso.
Aliás só peca por defeito na decrição e por excesso na sua admiração pelo homem.
Elviro Pereira -A "LUCIDEZ" DE MÁRIO SOARES (Google)
Acrescenta e corrige:
"No texto onde está Jaime Serra deve ler-se Manuel Serra
Falta acrescentar a lucidez como se conluiou com Marcelo Caetano para não abordar a questão colonial nas "eleições" de 1969.
O prémio seria o reconhecimento pelo regime fascista de uma oposição "moderada" "patriótica" e "responsável".
Teve azar pois a votação nele e nos amigos foi irrelevante.
A sua lucidez de opositor do fascismo fez com que fosse durante uns tempos bem instalado pelo regime fascista em S. Tomé, enquanto que outros, sem a sua lucidez amargavam com porrada as instalações de Caxias e Peniche.
Teve a lucidez bastante para obter o apoio financeiro do SPD alemão para a fundação de uma coisa chamada PS, com uma dúzia de amigos, em 1973
Essa mesma lucidez permitiu que a Fundação Friederich Ebert, do referido SPD financiasse a constituição de uma reputada instituição chamada UGT para onde escolheu, com a sua lucidez, um biltre reaccionário chamado Torres Couto, o antecessor do balof mental Proença.
Lucidez foi o que lhe fez merecer uma condecoração dada pelo Reagan que carinhosamente o tratava como "our white Mobutu"
Foi devido à sua lucidez que veio do estrangeiro, onde estava exilado, ao funeral do pai sem que a PIDE o incomodasse".
Esta ultima afirmação de Elviro Pereiro, é muito mais significativa do que pode parecer.
Recordo que quando morreu o pai de António José Saraiva, este não foi autorizado a vir de França para assistir ao funeral do pai, (com a garantia de poder voltar), a pesar de ser irmão de Hermano José Saraiva, ministro da educação de Salazar.

A HISTÓRIA SE ENCARREGARÁ DE O COLOCAR NO SEU DEVIDO LUGAR

A GALERIA DOS TRAIDORES DO POVO!!!

1 comentário:

Nunes disse...

Estão por apurar as relações estranhas com Jonas Savimbi, Mobutu e o rei Hassan II de Marrocos. Não conhecia a expressão "Our White Mobutu" da autoria de Reagan, mas a alcunha é muito bem aplicada.