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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O FUTURO NO PRESENTE
A 3ª GUERRA MUNDIAL E A CHINA
REFLEXÕES, CUJO APARENTE EXAGERO…

PODE SER A REALIDADE!!!.
Recebi há dias, dois “power points” de origens completamente diferentes, mas que se complementam, quando relacionamos o presente, com o futuro da humanidade.
O primeiro, falando das formas de que se reveste uma terceira guerra mundial, debruça-se sobre as novas facetas do conflito que terá essencialmente características económicas e financeiras.
Enumera os múltiplos factores utilizados pelas elites financeiras, para dominar os povos e escravizar as populações e manter a exclusividade das suas mordomias.
Embora considerando este “power point” excessivamente complexo e demasiado denso em alguns dos seus quadros descritivos, defendo que a maior parte dos dados ali referidos, são úteis e merecem se faça uma leitura atenta e minuciosa, para facilitar a compreensão dos elementos e manobras utilizados pelo Sistema Capitalista, para dominar o mundo.
Uma leitura positiva que se pode fazer dessa situação, situa-se no facto da elite dominante, quando reserva para si exclusivamente todos os benefícios das suas decisões, estimula a compreensão dos perigos que elas representam, para a generalidade das populações.
Consequentemente acaba por provocar fenómenos de reacção, que aceleram de forma exponencial a capacidade de luta e unidade dos trabalhadores contra a exploração das classes dominantes e por arrasto, a libertação dos seus ancestrais complexos históricos, existenciais, culturais, supersticiosos ou religiosos e sobretudo políticos.
Veja então o primeiro “power point”.

NESTE LINK


O segundo “power point”, fala-nos da China e do seu previsível desenvolvimento, em termos de influenciar de forma determinante o futuro da humanidade.

NESTE LINK


Concordamos de uma forma geral com todas as afirmações que ali são descritas.
Mas há um elemento fundamental, que de uma maneira geral não avaliamos em toda a sua extensão.
O povo chinês, tem uma tradição milenar de sujeição ao poder, ora dos seus próprios imperadores e senhores da guerra, ora mais modernamente dos ocupantes estrangeiros.
Isso dá-lhes uma filosófica pacificação e uma capacidade de sofrimento, que apesar de inscrito no seu DNA, lhes mantém a mesma lucidez e ambições que os ocidentais, na busca dos valores inerentes à natureza humana.
Não é por acaso que os seus trabalhadores, para defenderem as suas reivindicações tenham feito este ano mais de 60.000 greves.
Outra coisa é a natural evolução dialéctica da humanidade.
No caso da China a influência das características específicas da sua tradição civilizacional, fica a léguas de distância dos europeus, mais genérica e rotineiramente praticantes da arte de matar e explorar, que esses povos orientais.
No que diz respeito à China, independentemente das sucessivas alterações internas do regime comunista da China, nos tempos mais recentes, manteve uma filosofia política com avanços e recuos, que do ponto de vista económico, começa a ter os seus frutos.
Embora grande parte da sua população viva ainda com grandes dificuldades, que são aproveitadas até à exaustão pela propaganda ocidental para diminuir ideologicamente o valor do sistema comunista, o aproveitamento que se faz das dificuldades ainda existentes, servem como prova do falhanço do comunismo e quando se trata dos seus êxitos, estes são atribuídos em exclusivo à dualidade da ortodoxia do sistema capitalista vigente.
Actualmente para ultrapassar as diferenças económicas acentuadas entre as zonas marítimas periféricas do sul e do Leste, mais ricas e sujeitas às pressões do capitalismo e o interior profundo essencialmente agrícola, a direcção de Deng Xiaoping em 1984, adoptou o princípio de um país e dois sistemas.
Esse sistema funcionando com um controlo ainda que deficiente sobre o mercado de capitais, situa o centro de sua lógica na produção de mercadorias, enquanto o ocidente o faz da especulação financeira, a sua principal expressão de produção de riqueza.
O sistema socialista centralizado, em paralelo com um sistema de mercado de capitais mais livre, sob controlo por parte das autoridades, criando empresas estatais estratégicas, com grande capacidade financeira, utilizando tácticamente a arma da produção contra a pura especulação, teve como efeito tornar China nas últimas décadas, na segunda potência económica mundial.
Prevêem prestigiados economistas, entre os quais o Nobel da economia Robert Fogel, que a China vai crescer até 2040 à média de 8% ao ano, o que torna previsível que nessa altura o rendimento “per capita” seja o dobro do europeu e a sua economia detenha 40 % do PIB mundial e então se torne a maior economia mundial.
O segredo do seu gigantesco crescimento, está assente não só numa sólida e cada vez mais desenvolvida produção, que permitiu segundo a revista Forbes, que entre as 500 maiores empresas mundiais, a China que em 2005 tinha 18 empresas, em 2011 já conta com 61.
A atenção especial que dedica à educação e à formação de quadros, origina a ida para o estrangeiro de mais de 500.000 estudantes, 158.000 dos quais para Universidades americanas.
No plano social, prevê-se que durante o plano quinquenal de 2011/2015, sejam reduzidas substancialmente as desigualdades sociais e a sua classe média, que agora é de 150 milhões, serão no final da década de 400 milhões.
Tradicionalmente o chamado mundo ocidental, o mundo capitalista, o progresso é artificialmente construído com base na especulação financeira, no militarismo, na exploração dos trabalhadores e das riquezas e inteligência dos países colonizados ou sob a sua influência ou tutela militar.
Os Estados Unidos, principal expressão da economia capitalista, resolve actualmente as suas crises, imprimindo notas para dar liquidez aos bancos e para pagar ao exterior grande parte das mercadorias que necessita e que deixou de produzir, por deslocalização de grande parte da sua indústria.
Quando o Capitalismo der por isso… terá de comer o papel com que fabricou as notas, para não morrer de fome.
A influência mundial da China começou sorrateiramente em África, financiando e fornecendo mão-de-obra qualificada aos países africanos, em condições suficientemente vantajosas, para que estes habituados como estavam a ser explorados pelo dito “Ocidente”, os recebessem de braços abertos, de tal maneira que quando os americanos perceberam o que se estava a passar, quiseram construir bases militares em África e não conseguiram. 
Seguiu-se a América Latina onde a China começou há 2 anos a fazer investimentos brutais no Brasil, fazendo desse país a testa-de-ponte para se introduzir naquele continente.
É na constatação de toda esta panóplia de acontecimentos que os Norte-americanos na defesa dos seus interesses imperiais, são levados a elaborar um dispendioso plano geo-estratégico que lhe permitisse criar uma cintura militar, à volta da China, independentemente da sua gravíssima crise financeira.
A partir do Paquistão, Afeganistão, Coreia do Sul, Japão tem a vida facilitada.
Nas Filipinas está a encontrar muitas e talvez inultrapassáveis dificuldades, que compensou criando na Austrália a sua maior base militar no exterior.
Os Norte-americanos e seus sequazes da NATO, para tentar evitar a chegada dos chineses ao Mediterrâneo, através da Líbia, sabotaram Kadafi, com o artifício de que este se tinha atrevido a negociar e entregar 5 gigantescos empreendimentos á China, bem como o fornecimento da mão-de-obra técnica e o financiamento, a troco de petróleo de alta qualidade e da consequente influência política.
Quanto há debilitada Europa, o ataque começou através de Portugal e da Grécia.
Além de comprar cautelosamente (certamente para não dar nas vistas!!!) alguma dívida pública, começaram a investir em empresas estratégicas, cujo controle lhes dá uma grande influência política e consequentemente escancara as  portas da velha Europa,  empedernidamente capitalista e exploradora.
O picaresco regozijo dos banqueiros, capitalista e grandes empresários destes países é evidente, porque resolvendo no curto prazo os seus problemas, conjecturam quiméricamente que manterão as suas mordomias incólumes.
Por outro lado, pode ser que esse caminho traga alguma esperança à sobrevivência da humanidade, independentemente da ortodoxia do regime chinês.
O Marxismo com ou sem Maoismo, com mais ou menos Leninismo, é a única esperança para a sobrevivência da humanidade.
Se pelo contrário dermos continuidade ao regime capitalista, na forma do neoliberalismo que sob a capa da Globalização sujeitam as populações, não há esperança de continuidade para a humanidade sob a terra.



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