Mensagem

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domingo, 22 de janeiro de 2012

UMA TRETA
ESTA DOS SACRIFÍCIOS SEREM PARA TODOS

Sentimos um nó na garganta, sempre que temos de falar do Presidente da Republica, o presidente “de todos os portugueses”, porque, por uma qualquer indução anatómica, somos levados imediatamente a olhar para o seu pescoço.
Esta minha tendência específica, caminha rapidamente para se transformar num complexo psicológico obsessivo, porque se tornou irresistível da minha parte, quando o vejo, antes de tudo o mais, confirmar a habitual forma primorosa como organiza aquele nó da gravata, muito apertadinho, sem a mais pequena ruga, geométrica e simetricamente centrado, onde nem o mais ínfimo pedacinho do colarinho subjacente, se pode descortinar.
E que dizer do meticuloso alfaiate de sua excelência.
Há muito que saio frustrado na tentativa de ver uma deslocação, ligeiríssima que fosse, entre a gola do casaco e o colarinho.
Desisti….o alfaiate venceu!!!
Tudo aquilo é irrepreensivelmente colocado “ Á maneira”, com diz aquele povo mais humilde, que compõe segundo afirma modestamente, a parte mais substancial de “todos os portugueses” que actualmente não perdem ocasião para o aplaudir com tremendas vaias.
É evidente que ser Presidente da Republica, exige moderação e pose respeitosamente distante.
Familiaridades ou baixar do Olimpo é coisa para a ralé, ou quando muito para o comum dos mortais, com os quais tem uma ligeira semelhança.
Permitidas com carácter de raridade, são as mensagens á Assembleia da Republica.
Pelo contrário no Natal, pelo menos uma vez por ano, envia uma mensagem de Boas Festas, com a presença física em “Off”, deixando o cenário ser embelezado exclusivamente por sua esposa, a quem caberá dizer também algumas palavras de circunstância, não se esquecendo de sorrir no fim, para disfarçar o desajeitado esforço de suprir a recusa peremptória do seu amo e senhor, dar o corpo ao manifesto.
Seguir-se hão visitas o mais possível silenciosas a instituições de caridade, onde distribuirão croquetes e pastelinhos de bacalhau pelos pobrezinhos.
Exercícios especiais do Corpo de Segurança serão levados a cabo para o ilustre casal não correr perigo de contaminação com os vulgares humanóides, muito susceptíveis nessa quadra de beijoquices, impróprias para magnificentes sumidades.
As conversas informais, os gestos que revelem secreta generosidade, ou descrevem cenas intimas, deveriam ser ocultadas ao público em geral.
Vem esta observação a propósito de uma situação que nos pareceu impúdica e moralmente condenável, quando o Presidente confessou a despropósito que : “ele vai sempre ao "lado" e nunca atrás”.
É evidente que neste caso particular o Cardeal Patriarca deve ter aplaudido a mãos juntas, esta declaração de que o comportamento intimo daquele casal é de modo a testemunhar que afinal Cavaco Silva sabe perfeitamente “como fazer nascer crianças em Portugal” e que as dúvidas que levantou, era um disfarce com a finalidade de testar o conhecimento da assistência, sobre o efeito dos preservativos.
Mas muito pior que tudo isto e que nos deixou completamente siderados, foi quando soubemos que esta D. Maria II, é miseravelmente remunerada, com uma reforma de 800 Euros, o que certamente está na origem da máxima Cavaquiana: “mulheres que fazem milagres, com o orçamento limitado da casa”.
Este segredo só existia, segundo Cavaco Silva, porque jamais um qualquer jornalistazeco, se atreveu a interrogar o inefável casal, sobre essa magna pendência.
Esta forma naturalista de dar a conhecer aquela tragédia financeira, como se fora um segredo de polichinelo, foi afinal um golpe estratégico oportuníssimo, dado ter chegado ao seu conhecimento o clima de delação que submergia os serviços secretos.
Fingindo aparentar um desvairado momento de humanização, utilizou a táctica de reconhecer em público, “que a sua esposa dependia dele para seu sustento” o que provocou uma autêntica histeria de apoio popular.
Antecipando-se a qualquer tentativa de chantagem de Jorge Silva Carvalho ou da Ongoing, para obter favores na Justiça, perpetrou este genial golpe táctico de antecipação.
Reconhecendo perante o seu submisso povo, que a sua amantíssima esposa "dependia dele para seu sustento", retirava às oposições o efeito surpresa!!!
Magnífico!!!
Todo o mundo suspirou de alívio e muitas bocas se abriram de espanto, murmurando “eu bem que desconfiava”
Reconhecer publicamente, ao mais erecto chefe de Estado, que acumula a este cargo, o encargo de chefe de Família, sem direito a remuneração, deve ter-lhe custado os “olhos da cara”.
Quem o visse com aquele inusitado ar sorridente e bonacheirão, afagando carinhosamente o ombro da sua “subsídio-dependente” e poupada Maria “do” Cavaco Silva, não poderia sonhar sequer que o pobre lar do nosso Presidente da Republica, era técnica e frugalmente administrado através de uma mísera reforma de 1.300 euros mensais que recebe por serviços prestados à Fundação Gulbenkian (aqueles gajos estão agora uns unhas de fome, que metem nojo!) mais os anunciados 800 euricos, da cara-metade.
Do Banco de Portugal…não tem notícias!!!
Já sugeri que se abra um peditório nacional, a fim de se poder dar um pouco de conforto a este esforçado casal e assim aliviar o orçamento daquela escrava do lar.

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