UM MOMENTO DA NOSSA VIDA INESQUECÍVEL
Com a sala da Aula Magna da Universidade de Lisboa a transbordar por tudo “o que era sítio”, tivemos ocasião de desfrutar uma tarde de encher a alma, numa iniciativa de homenagem a Álvaro Cunhal, prevista no extenso programa das comemorações que estão a ser levadas a cabo pelo Partido comunista Português, por ocasião do centenário do seu nascimento.
Alvaro Cunhal é para nós mais do que um político comunista.
A grandeza do seu exemplo e a história da sua vida,
integralmente dedicada à luta pela emancipação dos trabalhadores, são uma referência
e uma inspiração que nos segreda à consciência, a perpétua obrigação dos comunistas
portugueses terem espírito de luta e de sacrifício, serem mobilizáveis e
mobilizadores, à imagem ou como reflexo do seu exemplo e na linha directa da
responsabilidade que assumimos, como seus legítimos herdeiros políticos e como
tal, obrigados a doutrinariamente prosseguir a sua obra.
O drama das suas prisões, as condições inumanas com que
muitas vezes se deparou, torturado física e animicamente até aos limites da
resistência humana, não só através da absoluta indefinição do tempo em que o
manteriam prisioneiro, como por tudo o que moralmente inventaram para o
fragilizar, nunca conseguiram abalar a sua estrutura moral, nem fazer vacilar as
suas convicções políticas, dando aso isso sim, a que se reforçassem os factores
inerentes, à superioridade moral de todo o ser comunista.
Para todos nós portugueses, Álvaro Cunhal é a referência
ideológica do PCP, mas não só!
Ele foi a corporização exemplar do militante comunista, que
pela amplitude genial das suas capacidades intelectuais, artísticas, e humanas,
marcou de forma indelével o seu partido, ajudando a construir aquele que é hoje
um dos partidos comunistas de referência, para todos os partidos comunistas irmãos.
Marcou de forma determinante o caminho do Partido Comunista
Português e caracterizou-o de tal forma, que no mundo desorientado, cheio de
conflitos e contradições ideológicas, políticas, económicas e financeiras, ele
constitui um farol de esperança e de orientação, para o mundo do trabalho e da
produção, constituindo um prodigioso reflexo da Dialética da Natureza, porque vivemos
o tempo certo que a história da humanidade destermina, para marcar a sua
evolução, lenta, mas harmoniosa.
As homenagens a Álvaro Cunhal prestam-se todos os dias e com
não rara frequência, sempre que em cada recanto do nosso país um militante do
PCP defende os interesses da população; um deputado na Assembleia da República,
argumenta a nossa razão; um funcionário do PCP, força vital na defesa do interesse
dos trabalhadores, sacrifica com alegria a sua vida e de sua família para estar
24 horas ao serviço do Partido e por fim, todos aqueles humildes militantes, que
no recato do seu lar, sonham com dias de esperança, pensando na melhor forma de
servir o Partido.
Até aqueles operários e trabalhadores, que se julgando
independentes porque tem os ouvidos a abarrotar de anticomunismo, sabem perfeitamente
que para lutar pelos seus interesses e de suas famílias, tem no Partido o sítio
certo e a companhia certa, quando se trata de levar à prática, uma luta ou uma política,
contra a exploração do homem pelo homem.
Tudo isto são reflexos das homenagens que devemos a Álvaro
Cunhal, pela sua dimensão humana, pelo seu exemplo, pela sua dedicação, pelo
seu sacrifício, pela sua entrega ao Partido e à causa dos trabalhadores e do
povo em geral, à qual dedicou toda a sua vida, as suas capacidades, o seu
sacrifício.
Foi a sua luminosa existência, o seu admirável exemplo, que
o tornou merecedor do extraordinário espectáculo a que assistimos ontem na
Reitoria da Universidade da Lisboa, onde a magistral intervenção de abertura do
seu Reitor, nos proporcionou, deixou-nos logo a certeza de que algo especial
iria acontecer.
De facto o espectáculo que se seguiu, reflectiu duma forma tão
poderosamente intensa, a admiração e o reconhecimento de todos os espectadores
pela figura de Álvaro Cunhal, que por vezes os aplausos se transformavam numa
exteriorização de emoções difíceis de controlar e como dizia uma das artistas
convidadas, apetecia beijar todo o mundo.
Foi comovente e sobretudo foi estimulante no reforço do
nosso querer um mundo melhor e de estarmos prontos para a luta e todos os
sacrifícios que ela nos exija!!!
OBRIGADO A TODOS, OS QUE PROPORCIONARAM ESTE ESPETÁCULO FASCINANTE, INOLVIDÁVEL!!!
OBRIGADO ÁLVARO CUNHAL,
PELA SEMENTE QUE DEIXASTE!!!
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