Mensagem

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sexta-feira, 19 de abril de 2013


Associação Conquistas da Revolução

Mensagem da Associação Conquistas da Revolução no 39ºaniversário do 25 de Abril
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                                    Abril é o futuro.

                     Comemoramos Abril sempre!

Fazemo-lo tendo presente nas nossas memórias, de forma impressiva, aquele dia 25 do ano de 1974 – Dia da Liberdade – bem como o processo revolucionário que se lhe seguiu e que, nascido da aliança Povo/MFA, viria a conduzir à construção da democracia mais avançada alguma vez existente em Portugal: democracia económica, política, social, cultural, amplamente participada e tendo como referência básica a independência nacional - a Democracia de Abril, como, muito justamente, lhe chamámos.

Fazemo-lo recordando a Revolução de Abril e as suas Conquistas que transformaram profunda e positivamente Portugal e foram ponto de partida para a materialização de um projecto que tinha como vector determinante o respeito pelos direitos e interesses dos trabalhadores, do povo e do País: a liberdade, os direitos sociais e laborais, a justiça social, as nacionalizações, a reforma agrária, a descolonização, a paz, a independência nacional – Conquistas que são o símbolo dos valores e dos ideais da Revolução de Abril e que continuam a afirmar-se, na situação actual, como setas apontadas ao Futuro.

Fazemo-lo sublinhando a importância histórica da Constituição da Republica Portuguesa que, aprovada em 2 de Abril de 1976, consagrou a Revolução de Abril e as suas Conquistas e continua a constituir, hoje - apesar de já submetida a sete revisões, cada uma delas roubando-lhe pedaços de Abril – uma relevante plataforma da luta em defesa dos valores de Abril.

Fazemo-lo nunca esquecendo e sempre denunciando o longo processo contra-revolucionário: o seu início; os seus objectivos; os seus protagonistas; os métodos a que tem recorrido; o seu ódio a Abril; o estado a que conduziu o País.

Fazemo-lo olhando com extrema apreensão, mas também com muita confiança, para a situação actual do País: uma situação dramática que, contudo, é necessário e possível superar.
Ao Portugal de Abril – momento mais luminoso da nossa história colectiva - sucedeu este Portugal sombrio, negro, gerado por 37 anos de política de sucessivos governos PS/PSD/CDS-PP: o Portugal do desemprego; da precariedade; dos roubos nos salários e nas reformas; dos roubos nos direitos laborais e sociais; das injustiças sociais e do aumento do fosso entre pobres e ricos: da exclusão, da pobreza, da miséria e da fome; do afundamento da economia nacional; da venda a retalho da independência e da soberania de Portugal; do domínio absoluto do poder do grande capital nacional e transnacional sobre o poder político; de uma democracia precária, crescentemente carenciada de conteúdo democrático e trazendo-nos todos os dias à memória o tempo que «em Abril, Abril venceu».
É essa política da contra-revolução - executada nas últimas quatro décadas por quase uma vintena de governos da troika nacional, todos em frontal desrespeito pela Constituição da República, todos fora da lei Fundamental do País e, de há dois anos para cá, sob a batuta da troika ocupante - a única responsável pelo estado de desgraça a que Portugal chegou.
É essa política de ódio a Abril que urge derrotar e substituir por um política de sentido oposto, logo inspirada nos valores de Abril.
Por isso, comemoramos Abril. Por isso o comemoramos em luta. Com a firme convicção de que é nos valores de Abril - nas suas conquistas políticas, sociais, económicas, culturais, civilizacionais - que se encontra a solução para os muitos e graves problemas criados pelos governos e pela política da contra-revolução. Com a certeza de que a conquista de tal solução depende, no essencial, da luta dos trabalhadores e do povo.
Com os trabalhadores e o povo, com a intervenção organizada de todos os homens, mulheres e jovens identificados com os valores de Abril, conquistaremos um rumo novo para Portugal.
Abril vencerá! Porque Abril é o futuro.

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