O
PARAISO DA MISÉRIA
ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA TÊM MAIS DE UM MILHÃO DE CRIANÇAS SEM LAR
“ESTA
NOITE, 200 MILHÕES DE CRIANÇAS DORMIRÃO NAS RUAS DO MUNDO, NENHUMA
DELAS É CUBANA”
Não
estou certo, mas julgo quando em tempos lemos esta frase sobre as crianças
cubanas, ela era atribuída a Fidel Castro.
A paternidade da frase não é o mais importante.
A paternidade da frase não é o mais importante.
O
importante é que cabei de ler no “Portal Vermelho” uma situação diametralmente
oposta, que se passa no país mais rico do mundo, os Estados Unidos da América.
Mais de um milhão das
crianças que estudam nas escolas públicas dos Estados Unidos, não têm um lar
para onde regressar depois da escola, em consequência da crise do “Subprime”, terem
ficado sem casa.
O “GlobalResearch” descreve a situação dos pobres e de grande parte da classe média
baixa, em Las Vegas, Kansas City e outras grandes cidades dos EUA, onde milhares
e milhares de famílias fazem vidas de sem-abrigo.
Vivendo
debaixo de pontes, em tuneis de drenagem das águas das chuvas no subsolo das
ruas, em veículos e em muitas cidades, aproveitaram os baldios, para
construírem autênticas cidades de tendas.
Em Richmond
County por exemplo, em cada dia que passa, cerca de 20 casais são expulsos de
suas casas.
Em Nova
Iorque propriamente, estima-se que sejam mais de 1.000 pessoas a viverem em
acampamentos, na enorme rede de túneis sob a cidade, com mais de 200
quilômetros de extensão.
De
acordo com o organismo oficial dos EUA o “Census Bureau”, cerca de um em cada
seis americanos está vivendo na pobreza e se considerarmos então a "quase
pobreza", esse número aumenta exponencialmente.
Calcula-se
que nos EUA mais de 146 milhões de americanos são "pobres" ou "
de rendimento muito baixo".
De
acordo com os últimos dados disponíveis, a taxa de pobreza é de 41 por cento.
Quando
ouvimos Obama e a sua administração dizer que 2012 é um ano de recuperação, precisávamos
de lhe perguntar, para quem?
Não
certamente para os 100 milhões de americanos em idade
de trabalhar, que não têm emprego!
O
facto de a Reserva Federal, estar a encher a economia de dólares, não significa
que a produção esteja a aumentar e consequentemente a criar postos de trabalho.
O
que se passa na verdade, enquanto os Estados Unidos continuarem a gastar mais
do que produzem, cobrir esse deficit com dólares fabricados pela Reserva
Federal, só serve para enganar o zé-povinho norte-americano e piorar as coisas nomeadamente
para a classe média, que está em riscos de desaparecer.
Quando
rebentar a falsa bolha de prosperidade criada com a artificial criação de
dólares, que não têm nenhuma correspondência com a evolução da situação
económica, o ajuste de contas com a economia real, vai ser muito mais dolorosa,
que a grande depressão de 1929.
Mas
deixemos os Estados Unidos a “arrotarem postas de pescada” na Coreia, Afeganistão,
Iraque, médio Oriente, América Latina, e à volta da China que mais cedo do que
tarde, irão pagar com língua de palmo, os ódios e a violência que têm semeado
pelo mundo.
Será
a altura dos americanos passarem a olhar para Cuba com olhos de ver.
Não
esta classe dirigente, que hoje elege para presidente da Republica e respectiva
pandilha, quem mais dinheiro tiver de apoio na sua campanha.
Esses
terão de engolir os dólares que imprimem agora, para sobreviver, se não lhes
der um “treco” antes disso.
Os
que não estão “mentalizados”, os que têm lucidez para ver o que está à vista,
irão olhar para Cuba, para aproveitarem da sólida cultura de dificuldades que eles
mesmos obrigaram a passar, para então com os recursos próprios disponíveis,
seguirem alguns dos exemplos de equidade adoptados pela heroica ilha, que lhes
está situada nas entranhas.
Cuba
com o seu sistema social igualitário, apesar de todas as dificuldades impostas
pelo “eterno” bloqueio dos Estados Unidos, adoptou um modelo de gestão comunitário,
que valoriza as suas parcas riquezas e diminue as dificuldades produtivas, apoiado
na solidariedade e entreajuda da maioria do seu povo.
Não
fora o criminoso embargo a que está sujeito há mais de 50 anos, nem a
agressividade do clima e das condições meteorológicas muitas vezes tão terrivelmente
adversas, que parecem colocar S.Pedro ao lado dos norte-americanos, evitaria
fazer de Cuba um dos países mais desenvolvidos do continente americano e um
exemplo para o mundo.
Lemos
há pouco o depoimento de um cidadão brasileiro, habituado ao quotidiano das
crianças abandonadas, pedintes drogadas e exploradas nas esquinas de Porto
Alegre no Brasil, estranhando que Cuba sendo incomensuravelmente mais pobre que
o seu país, forçada pelo cerco norte-americano a racionar a comida, não tenha
visto uma criança abandonada, maltrapilha, ou a pedir, em Cuba e antes pelo
contrário, todas as que tinha visto, sempre em grupo, em seus uniformes grená e
branco, em fila atrás de uma professora ou a entrar para as aulas.
Era
esta a explicação que encontrara:
Campanhas
intensas acabaram com o analfabetismo em 12 anos, após a revolução e todos os
cidadãos passaram a ter os serviços de saúde garantidos toda a vida e
gratuitos.
Cuba
transformara todos os quarteis do tempo de Fulgêncio Batista em escolas e
determinado o ensino gratuito do primeiro ao último ano da faculdade e
obrigatório até aos 14 anos. Ensino particular, nem pensar!!!
As
aulas começam às 08h00 e terminavam às 16h00.
Almoçam
na escola no caso de os pais trabalharem fora de casa e as crianças até aos 7 anos
têm garantido o leite necessário às suas necessidades.
Cada
aula não tinha mais de 20 alunos para que os professores possam dar a atenção
necessária a cada aluno e nessas condições, obviamente, os alunos aprendem mais.
Enquanto
escrevíamos isto, lembrávamo-nos “como é diferente… a escola em Portugal”.
É o
nosso fado!!!
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