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quinta-feira, 11 de abril de 2013


          O PARAISO DA MISÉRIA         

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA TÊM MAIS DE UM MILHÃO DE CRIANÇAS SEM LAR
“ESTA NOITE, 200 MILHÕES DE CRIANÇAS DORMIRÃO NAS RUAS DO MUNDO, NENHUMA DELAS É CUBANA”
Não estou certo, mas julgo quando em tempos lemos esta frase sobre as crianças cubanas, ela era atribuída a Fidel Castro. 
A paternidade da frase não é o mais importante.
O importante é que cabei de ler no “Portal Vermelho” uma situação diametralmente oposta, que se passa no país mais rico do mundo, os Estados Unidos da América.
Mais de um milhão das crianças que estudam nas escolas públicas dos Estados Unidos, não têm um lar para onde regressar depois da escola, em consequência da crise do “Subprime”, terem ficado sem casa.
O “GlobalResearch” descreve a situação dos pobres e de grande parte da classe média baixa, em Las Vegas, Kansas City e outras grandes cidades dos EUA, onde milhares e milhares de famílias fazem vidas de sem-abrigo.
Vivendo debaixo de pontes, em tuneis de drenagem das águas das chuvas no subsolo das ruas, em veículos e em muitas cidades, aproveitaram os baldios, para construírem autênticas cidades de tendas.
Em Richmond County por exemplo, em cada dia que passa, cerca de 20 casais são expulsos de suas casas.
Em Nova Iorque propriamente, estima-se que sejam mais de 1.000 pessoas a viverem em acampamentos, na enorme rede de túneis sob a cidade, com mais de 200 quilômetros de extensão.
De acordo com o organismo oficial dos EUA o “Census Bureau”, cerca de um em cada seis americanos está vivendo na pobreza e se considerarmos então a "quase pobreza", esse número aumenta exponencialmente.
Calcula-se que nos EUA mais de 146 milhões de americanos são "pobres" ou " de rendimento muito baixo".
De acordo com os últimos dados disponíveis, a taxa de pobreza é de 41 por cento.
Quando ouvimos Obama e a sua administração dizer que 2012 é um ano de recuperação, precisávamos de lhe perguntar, para quem?
Não certamente para os 100 milhões de americanos em idade de trabalhar, que não têm emprego!
O facto de a Reserva Federal, estar a encher a economia de dólares, não significa que a produção esteja a aumentar e consequentemente a criar postos de trabalho.
O que se passa na verdade, enquanto os Estados Unidos continuarem a gastar mais do que produzem, cobrir esse deficit com dólares fabricados pela Reserva Federal, só serve para enganar o zé-povinho norte-americano e piorar as coisas nomeadamente para a classe média, que está em riscos de desaparecer.
Quando rebentar a falsa bolha de prosperidade criada com a artificial criação de dólares, que não têm nenhuma correspondência com a evolução da situação económica, o ajuste de contas com a economia real, vai ser muito mais dolorosa, que a grande depressão de 1929.
Mas deixemos os Estados Unidos a “arrotarem postas de pescada” na Coreia, Afeganistão, Iraque, médio Oriente, América Latina, e à volta da China que mais cedo do que tarde, irão pagar com língua de palmo, os ódios e a violência que têm semeado pelo mundo.
Será a altura dos americanos passarem a olhar para Cuba com olhos de ver.
Não esta classe dirigente, que hoje elege para presidente da Republica e respectiva pandilha, quem mais dinheiro tiver de apoio na sua campanha.
Esses terão de engolir os dólares que imprimem agora, para sobreviver, se não lhes der um “treco” antes disso.
Os que não estão “mentalizados”, os que têm lucidez para ver o que está à vista, irão olhar para Cuba, para aproveitarem da sólida cultura de dificuldades que eles mesmos obrigaram a passar, para então com os recursos próprios disponíveis, seguirem alguns dos exemplos de equidade adoptados pela heroica ilha, que lhes está situada nas entranhas.
Cuba com o seu sistema social igualitário, apesar de todas as dificuldades impostas pelo “eterno” bloqueio dos Estados Unidos, adoptou um modelo de gestão comunitário, que valoriza as suas parcas riquezas e diminue as dificuldades produtivas, apoiado na solidariedade e entreajuda da maioria do seu povo.
Não fora o criminoso embargo a que está sujeito há mais de 50 anos, nem a agressividade do clima e das condições meteorológicas muitas vezes tão terrivelmente adversas, que parecem colocar S.Pedro ao lado dos norte-americanos, evitaria fazer de Cuba um dos países mais desenvolvidos do continente americano e um exemplo para o mundo.
Lemos há pouco o depoimento de um cidadão brasileiro, habituado ao quotidiano das crianças abandonadas, pedintes drogadas e exploradas nas esquinas de Porto Alegre no Brasil, estranhando que Cuba sendo incomensuravelmente mais pobre que o seu país, forçada pelo cerco norte-americano a racionar a comida, não tenha visto uma criança abandonada, maltrapilha, ou a pedir, em Cuba e antes pelo contrário, todas as que tinha visto, sempre em grupo, em seus uniformes grená e branco, em fila atrás de uma professora ou a entrar para as aulas.
Era esta a explicação que encontrara:
Campanhas intensas acabaram com o analfabetismo em 12 anos, após a revolução e todos os cidadãos passaram a ter os serviços de saúde garantidos toda a vida e gratuitos.
Cuba transformara todos os quarteis do tempo de Fulgêncio Batista em escolas e determinado o ensino gratuito do primeiro ao último ano da faculdade e obrigatório até aos 14 anos. Ensino particular, nem pensar!!!
As aulas começam às 08h00 e terminavam às 16h00.
Almoçam na escola no caso de os pais trabalharem fora de casa e as crianças até aos 7 anos têm garantido o leite necessário às suas necessidades.
Cada aula não tinha mais de 20 alunos para que os professores possam dar a atenção necessária a cada aluno e nessas condições, obviamente, os alunos aprendem mais.
Enquanto escrevíamos isto, lembrávamo-nos “como é diferente… a escola em Portugal”.
É o nosso fado!!!

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