Mensagem

Mensagem

quinta-feira, 15 de março de 2012

      UMA DRAMÁTICA MENSAGEM 
           DE MIKIS THEODORAKIS 

PARA SER LIDA COM MUITA ATENÇÃO: 
SE AUTORIZAREM HOJE O SACRIFÍCIO DAS SOCIEDADES GREGA, IRLANDESA, PORTUGUESA E ESPANHOLA NO ALTAR DA DÍVIDA E DOS BANCOS, EM BREVE CHEGARÁ A VOSSA VEZ.

“ SE OS POVOS DA EUROPA NÃO SE LEVANTAREM, OS BANCOS TRARÃO O FASCISMO DE VOLTA”















No momento em que a Grécia é colocada sob a tutela da Troika, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.

Entrevistado durante um programa político popular na Grécia, Theodorakis advertiu que, se a Grécia se submeter às exigências dos chamados "parceiros europeus" será "o nosso fim quer como povo quer como nação".
Acusou o governo de ser apenas uma "formiga" diante desses "parceiros", enquanto o povo o considera "brutal e ofensivo".
Se esta política continuar, "não poderemos sobreviver … a única solução é levantarmo-nos e combatermos". 
Resistente desde a primeira hora contra a ocupação nazi e fascista, combatente republicano desde a guerra civil e torturado durante o regime dos coronéis, Theodorakis também enviou uma carta aberta aos povos da Europa, publicada em numerosos jornais… gregos.

Excertos:
"O nosso combate não é apenas o da Grécia, mas aspira a uma Europa livre, independente e democrática.
Não acreditem nos vossos governos quando eles alegam que o vosso dinheiro serve para ajudar a Grécia. (…)
Os programas de "salvamento da Grécia" apenas ajudam os bancos estrangeiros, precisamente aqueles que, por intermédio dos políticos e dos governos a seu soldo, impuseram o modelo político que conduziu à actual crise. Não há outra solução senão substituir o actual modelo económico europeu, concebido para gerar dívidas, e voltar a uma política de estímulo da procura e do desenvolvimento, a um proteccionismo dotado de um controlo drástico das Finanças.
Se os Estados não se impuserem aos mercados, estes acabarão por engoli-los, juntamente com a democracia e todas as conquistas da civilização europeia. 
A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos.
Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas.
Não vos pedimos para apoiar a nossa luta por solidariedade, nem porque o nosso território foi o berço de Platão e de Aristóteles, de Péricles e de Protágoras, dos conceitos de democracia, de liberdade e da Europa. (…)
Pedimos-vos que o façam no vosso próprio interesse.
Se autorizarem hoje o sacrifício das sociedades grega, irlandesa, portuguesa e espanhola no altar da dívida e dos bancos, em breve chegará a vossa vez. 
Não podeis prosperar no meio das ruínas das sociedades europeias. Quanto a nós, acordámos tarde mas acordámos.
Construamos juntos uma Europa nova, uma Europa democrática, próspera, pacífica, digna da sua história, das suas lutas e do seu espírito.
Resistamos ao totalitarismo dos mercados que ameaça desmantelar a Europa transformando-a em Terceiro Mundo, que vira os povos europeus uns contra os outros, que destrói o nosso continente, provocando o regresso do fascismo". 
Nota do Blogue:
Os destaques e os realces a vermelho são da nossa responsabilidade.

Sem comentários: