PORTUGAL ANESTESIADO
OS TRABALHADORES AMORDAÇADOS PELO
MEDO, A CAMINHO DE NOVAS FORMAS DE ESCRAVATURA
MEDO, A CAMINHO DE NOVAS FORMAS DE ESCRAVATURA
Tudo o que ouvimos e tem sido dito muito lentamente pelo
ministro das finanças, certamente para não termos dúvidas da dimensão das ameaças que nos faz, dá-nos a garantia da radiografia que há muito traçámos, sobre os
objectivos deste governo.
Trata-se nem mais nem menos do que estabelecer um regime
económico, designado de Neoliberalismo, fundamentado no Liberalismo Clássico e iniciado nos Estados Unidos da América, uma nação disfarçadamente cultora de uma aristocracia de novo-tipo, num estado de fachada democrática.
Nunca é dito, mas na realidade a designação de Neoliberalismo,
oculta a intenção de transformar as prerrogativas para as elites financeiras especulativas,
patronais e gestionárias, semelhante às que os regimes monárquicos (com relevo
para o absolutista) dispunha para as realezas e respectivas elites nobres e aristocráticas.
Essas elites corresponderão como reflectidas num espelho, a
mesma escala de regalias e privilégios das que beneficiavam as realezas e classes
nobres parasitas e em grande parte as classes aristocráticas.
ÀS REALEZAS
estarão comparáveis os grandes capitalistas, especuladores, de que a revista Forbes
se encarrega de escalonar o poder, tendo em consideração as suas fortunas e acessoriamente
a capacidade de influenciar os mercados financeiros.
Já não moram em castelos para sua defesa pessoal, mas em mansões,
cheias de seguranças e meios electrónicos que podem custar mais de 700 milhões
de euros, como por exemplo a mansão de Mukesh Ambani, ou na mais modesta casa
de Lev Leviev, em Londres, que dizem ser “o maior fabricante” de diamantes do
mundo (e nós a pensarmos que era a Natureza que tinha tido esse trabalho) e que
custou a módica quantia de 65 milhões de dólares (48 milhões de euros).
AOS NOBRES corresponderão grandes donos de
multinacionais, gestores de grandes bancos e grandes empresas, que numa escala
de riqueza e poder, ficam logo a seguir e têm como principal responsabilidade, serem
o mais competentes possível a idealizar, planificar, organizar e comandar, as melhores
maneiras de explorar o próximo.
A ARISTOCRACIA dos
novos tempos, abrange os gestores,
executivos, gerentes e classes dirigentes que mexam com a capacidade de
reproduzir dinheiro e para mostrar o seu favorável “status social”, é normalmente
levado a imitar os seus “donos” macaqueando-se como eles, a jogar golfe, ténis,
ter um particular “personal trainer”, ir às compras em Londres ou Nova Iorque,
iate na marina, 2ª 3ª e 4ª morada, sabe-se lá onde e “para descansar” e divertir-se
um pouco, férias no Hawai, no Dubai, nas Caraíbas, ou mais pindericamente em Puerto Banús, Marbella, Espanha, ou no Lago de Como,
Itália
Por cá, já se esgotaram as vivendas em Vale do Lobo ou Quinta
do Lago no Algarve, os locais mais luxuosos dos “mal acomparados” pelintras ricalhaços
portugueses.
A partir daqui é toda uma classe trabalhadora que se
esfarrapa para sobreviver, conhecido trivialmente como “O POVO”.
Escalonando de cima para baixo os funcionários de confiança
dos patrões, directores, gerentes ou chefes, que controlam tudo o que se passa
nas empresas, os funcionários bajuladores, que se acobardam perante as exigências
desumanas para garantir alguma estabilidade do seu posto de trabalho, apto fazer
a tudo o que seja necessário para agradar “à voz do dono” e por fim, aqueles que se vêm obrigados a esgravatar
todas as oportunidades de fazer algum biscate que lhe permita sustentar este
inferno em que se tornou a vida de quem precisa e ainda vai conseguindo uma qualquer espécie de trabalho para
sobreviver.
E como é que chegámos aqui?
Resposta simples e directa! O PROGRESSO TECNOLÓGICO!
O progresso tecnológico que devia servir “toda” a humanidade
foi habilmente absorvido pelos donos do capital, tornando o trabalho que era um
tempo de produzir, num artificio para ganhar dinheiro a explorar o próximo,
servindo-se da economia como uma ciência, para dela se apoderar e servir de
argumento e da produtividade como pretexto final, para abastecer a Bolsa do
Desemprego, onde dispõe do número de escravos, que constituem a maior parte do 8/10
da população cujos restantes 2/10 são actualmente considerados pelos donos do mundo,
como os unicamente necessários para cobrir, todas as necessidades da
humanidade, segundo nos confirmam as conclusões da reunião da elite financeira
e industrial mundial, na Fundação Gorbatchev, cujos pormenores podem ser
consultados AQUI ou no Link que colocámos no cabeçalho deste Blogue, dada a
importância fundamental desse documento.
O futuro, verdadeiramente assustador que está reservado á
espécie humana, quando se conhecem os campos em que se desenvolvem algumas das
ciências e os perigos que representam a sua apropriação pelo Capital, já foram também
por nós analisados num artigo que publicámos neste Blogue no dia 27 de
Fevereiro de 2010, intitulado “UMA LUTA DESIGUAL - UM COMBATE FUNDAMENTAL, NUM
MUNDO EM VERTIGINOSA TRANSFORMAÇÃO”.
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