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terça-feira, 23 de outubro de 2012

VIOLENTO ATAQUE À INJUSTIÇA FISCAL   


Este é um dos textos mais certeiros e violentes  ataques que li, feito pelo  Professor Paulo de Morais, contra os deputados do PSD e CDS.

Lastimo que não tenha também dirigido a sua atenção para o que se passa na bancada do PS, mas a acreditar na honestidade e frontalidade, nunca desmentida deste comentador, analista, politólogo, o que lhe queiram chamar, não tardará certamente a debruçar-se em pormenor sobre a responsabilidade daqueles “marmanjos”, na trágica crise que estamos a viver.
Só me pergunto, é como conseguiram escolher a dedo tanto trafulha, tanto cobarde, tanto trapaceiro que só anda ao cheiro do dinheiro.
Ahhhh! Ganda Mário Soares, ainda há quem te agradeça a democracia que temos.
Fizeste um obra bonita!!!
Cambada de TRAIDORES!!!






Fio de Prumo


Por: Paulo Morais, Professor Universitário


Obviamente, contra
.



A terem um pingo de vergonha, os deputados do PSD e do CDS terão de votar contra o Orçamento de Estado de 2013 (OE 2013). Esta é a única atitude aceitável, uma vez que se candidataram com um programa eleitoral exactamente oposto ao confisco fiscal que Vítor Gaspar pretende aplicar. O objectivo do ministro das Finanças é indisfarçável: tentar arrecadar o máximo de impostos aos cidadãos e às empresas, para, por um lado, tentar baixar o défice e, por outro, continuar a alimentar os privilégios dos poderosos que se lambuzam com os dinheiros do estado.
São estes os protegidos de Gaspar que, além de abocanharem os recursos públicos, são poupados a esta fúria fiscal. O património imobiliário dos especuladores está titulado em fundos isentos de IMI e IMT, as fundações fantasma dos milionários estão dispensadas de pagar o IMI, IRC, imposto automóvel e de circulação. E até os rendimentos de capital são tributados a níveis bem inferiores aos do trabalho.
Quanto ao resto, Gaspar tributa em tudo o que mexe. O trabalho é penalizado com o aumento de IRS, o que terá como consequência imediata o fim da classe média; Gaspar martiriza o consumo com taxas de IVA obscenas, acarretando falências em massa, em particular na área da restauração. O património habitacional é fustigado com o aumento do IMI, arruinando os orçamentos familiares dos que, de forma imprevisível, vêem os seus encargos aumentar, justamente quando os rendimentos diminuem.
Os deputados da maioria estão pois obrigados a combater este terrorismo fiscal. Os do PSD porque, em campanha eleitoral, recusaram liminarmente qualquer aumento de impostos. O caso dos parlamentares centristas é ainda mais grave, porquanto recentemente o líder do seu partido assumiu que a carga fiscal é insuportável e qualquer agravamento seria inadmissível. Se, violando o mandato que receberam do povo, os parlamentares centristas e social-democratas aprovarem o OE 2013, perceber--se-á que estes cavalheiros não dispõem de vontade própria. São assim marionetas das direcções partidárias a quem devem o mandato e, o que é mais grave, instrumentos dos intocáveis, esses malditos poderosos que se continuarão a alimentar dos despojos da nossa tortura fiscal.

 

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