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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

          VIVA A GREVE GERAL!!!          

MORRAM AS ACTUAIS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.

É com um sentimento de grande e esperançosa serenidade, que nos congratulamos com o extraordinário êxito da “Nossa Grande Greve Geral”.
Damos-lhe um tratamento particular de “Nossa Grande Greve Geral”, pelo reflexo de termos conseguido alargá-la a Espanha, Itália, Malta e Chipre, para além das manifestações e acções de solidariedade levadas a cabo em outros 31 países europeus, segundo ouvi dizer num noticiário televisivo.
Essa solidariedade terá que se estender muito rapidamente, não só entre os trabalhadores europeus, como foi o caso, mas entre os trabalhadores de todo o mundo, porque se tornou mais urgente do que se imaginava, a necessidade de acabar com a exploração do homem pelo homem.
De facto, há uma ameaça a pairar sobre o mundo do trabalho de que não se fala, ou se fala muito raramente, que se perfila no horizonte há muito tempo e à qual não se está a dar a importância que merece.
Estamos a referimo-nos ao perigo que representa a actual tendência de substituir a mão-de-obra humana por robôs.
Se até há pouco tempo, o facto do elevadíssimo preço dessas máquinas constituía um travão que defendia a existência dos postos de trabalho, hoje já assim não é, pois o nível dos seus custos diminuiu notavelmente.
Por outro lado as capacidades de automatismo inteligente aumentaram enormemente, havendo experiências no campo da informática, para ligar o sistema nervoso central do ser humano a computadores e a memórias externas, estando já em prática capacidades técnicas de produzir robôs, que se corrigem a si próprios.
A urgência que nos referimos, é-nos ditada tendo em vista a experiência do que aconteceu há muito pouco tempo, com a fábrica chinesa FOXCON, acusada entre muitas outras coisas, de causar numerosos suicídios entre os seus trabalhadores devido à elevada pressão e exploração que exerce sobre os seus trabalhadores.
Na sequência de uma tentativa de os obrigar a fazer horas extraordinárias, sem lhes pagar, passaram a atrasar artificiosamente os transportes que habitualmente levavam os trabalhadores para casa, depois do período laboral.
Os distúrbios que se seguiram, quando os trabalhadores descobriram a astúcia, obrigou a intervenção da polícia e a gerência resolveu fechar aquela unidade de produção, enviando centenas de milhar de trabalhadores, para o desemprego.
No sentido de resolver o problema que a falta dessa mão-de-obra lhe causou, a solução encontrada pela casa mãe para continuar a fornecer os seus clientes, foi substituir os seus trabalhadores por robôs.
Esta empresa não é uma empresa qualquer.
Trata-se de uma multinacional com fábricas na China, Brasil, Europa, India, Japão, Malásia, México e fornece as principais fabricantes de computadores e telemóveis, nomeadamente a Apple, Microsoft, Nokia, Sony, Toshiba, Acer, Cisco, Hewlett-Packard, etc., etc.
Na sequência dos acontecimentos que referimos e das decisões tomadas para resolver a continuidade dos fornecimentos, já entraram nas linhas de produção dez mil robôs designados FoxBots numa das suas unidades fabris, estando planificado serem instalados mais 20.000, até ao final do ano, ao preço de 20.000 dólares cada, correspondente ao encargo com o ordenado médio de um trabalhador, durante três anos.
Ela própria produz os robôs necessários, daí acreditarmos que a notícia de ir fabricar um milhão de robôs para substituir os seus trabalhadores, ser perfeitamente verosímil.
Não nos restam dúvidas que o actual grau de desenvolvimento tecnológico, acelerou as condições necessárias para a compreensão generalizada pelos trabalhadores, da evidente alteração do modo de produção e consequentemente, o desenvolvimento das novas forças produtivas, obrigando  necessariamente novas e mais justas relações de produção.

NOVAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO SÃO VITAIS, NÃO SÓ PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS TRABALHADORES, MAS TAMBÉM  DA PRÓPRIA HUMANIDADE!!!

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