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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


AINDA AS “RELVÁTICAS” TENTATIVAS DE  PRIVATIZATIZAÇÃO DA RTP

Acrescentamos à notícia que reproduzimos ontem de manhã, retirada do jornal “online “ NOTICIAS AO MINUTO, com o título “COM QUEM NÓS ESTAMOS METIDOS?” e o subtítulo “A QUADRILHA QUE NOS DESGOVERNA, NÃO TERÁ QUEM LHE DEITE A MÃO???” mais dois textos muito importantes, para esclarecimento das sérias dúvidas que nos suscitam a natureza financeira e a bizarra integridade dos candidatos potenciais, à hipotética privatização da RTP.

 

 
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1ª NOTÍCIA

PANAMÁ GESTORES DA DONA DA NEWSHOLD TÊM CARGOS EM MILHARES DE EMPRESAS

 O jornal Público revela, esta quarta-feira, que os administradores da Pineview Overseas S.A., detentora da Newshold que está na corrida à compra da RTP, ocupam cargos iguais em milhares de empresas no Panamá.
Os gestores da Pineview Overseas S.A., Edgardo E. Diaz, Fernando A. Gil e Maria Vallarino A., empresa que detém 91,25% da Newshold, ocupam os mesmos cargos em milhares de outras empresas com sede no offshore do Panamá, revela hoje o jornal Público.
Todos trabalham na Aleman Cordero Galindo & Lee (conhecida como Alcogal), uma firma de advogados especialista em offshore em todo o mundo, conta o Público, que contactou e conversou, por telefone, com uma colega de Edgardo E. Diaz que confirmou que ele, Fernando A. Gil e Maria Vallarino fazem parte do "conselho directivo" de "muitíssimas empresas".
Esta informação surge depois de, na semana passada, a Newshold ter emitido um comunicado a anunciar que está na corrida à privatização ou concessão da RTP e no qual tecia duras críticas a quem acusa a empresa de ocultar a identidade dos verdadeiros proprietários, sublinhando que o "acesso à sua identificação completa e rigorosa" era público e que “todos os accionistas, não obstante terem nacionalidade angolana, são também cidadãos de nacionalidade portuguesa”.
No entanto, este comunicado não esclarecer a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que o dia seguinte pediu à empresa que divulgasse publicamente os seus accionistas directos e indirectos, ou seja, os verdadeiros proprietários da Pineview Overseas, registada no Panamá em 2007 com um capital social de dez mil dólares, dois anos antes do registo da Newshold em Portugal

2ª NOTÍCIA 
 
MEDIA NEWSHOLD TEM “MEIOS” PARA AVANÇAR PARA PRIVATIZAÇÕES DA RTP

 O grupo económico Newshold, que detém por exemplo o jornal SOL, disse esta quinta-feira em comunicado que tem "disponibilidade e meios" para avançar para uma eventual privatização da RTP, caso o modelo proposto pelo Governo se revele "um negócio interessante".
"Na hipótese de a solução a definir pelo Governo português para a privatização ou concessão da RTP se revelar um negócio interessante para as partes, a Newshold tem disponibilidade e meios para, isoladamente ou em parceria, apresentar uma candidatura séria com vista a assegurar e garantir a implementação de um projecto verdadeiramente sólido e independente para a RTP", diz comunicado hoje enviado pelo conselho de administração da Newshold.
O texto, longo e com diversos pontos, é crítico para com os "órgãos de comunicação social, jornalistas e comentadores" em Portugal que, diz a administração, caracterizam a Newshold "como uma empresa 'misteriosa' sobre a qual pouco ou nada se sabe".
O grupo esclarece aquilo que diz ser uma "falsidade", respeitante à propriedade da empresa.
"Convém esclarecer que todos os accionistas da Newshold, não obstante terem nacionalidade angolana, são também cidadãos de nacionalidade portuguesa, possuindo dupla nacionalidade", aponta a nota da administração da empresa.
A Newshold diz também que "nenhum dos jornalistas ou comentadores que têm atentado contra a honorabilidade" da empresa pode explicar em que medida é que "proveitos obtidos em Angola (que têm suportado a actividade da Newshold em Portugal) são diferentes dos proveitos obtidos igualmente" naquele país africano e que hoje "suportam e financiam a actividade em Portugal de tantas empresas".
"Em que é que o capital da Newshold com origem em Angola é diferente do capital com origem em Angola que hoje permite em Portugal a sobrevivência de muitas empresas de tantas áreas e que está a auxiliar a recapitalização da banca?", questiona o grupo.
O texto, assinado por Sílvio Alves Madaleno, presidente do conselho de administração, e Mário Ramires, CEO da entidade, diz que a Newshold "não ignora que, na origem da recente onda de notícias e opiniões difamatórias que têm sido publicadas, está a eventual privatização da RTP e a compreensível apreensão que a incerteza quanto ao destino da operadora pública de televisão em Portugal está a criar nos principais 'players' do mercado".
O interesse na RTP, sustenta no final do texto a Newshold, não será alterado "por quaisquer afirmações de cariz xenófobo, nem tão pouco por processos de intenção ou teorias da conspiração que possam vir a ser formuladas com o objectivo de denegrir" a empresa "ou a sua estrutura accionista".

 

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