PORTUGAL É UM PAÍS OCUPADO,
COM UM GOVERNO COLABORACIONISTA
Ouvimos esta afirmação de Carvalho da Silva, no passado dia
1, com a qual estamos totalmente de acordo e que em poucas palavras, define o “Estado
da Nação”.
Curiosamente no mesmo dia ouvimos o programa da Antena 1, “A
vida dos sons”, onde o primeiro tema foi a entrevista a Filipe Ribeiro de
Menezes, autor do livro “Salazar, uma biografia política”.
Um dos capítulos desse livro, descreve como todos nos
lembramos, a forma como o êxito do programa de acção proposto por Salazar, após
ter sido chamado ao governo pela segunda vez, levou os militares a aceitá-lo
como salvador da pátria e a permitir que ele tornasse o sistema político, numa
ditadura.
Com o avançar do programa, fomos recordando surpreendentemente,
as semelhanças entre aquele período histórico e alguma da actualidade pós 25 de
Abril, como se a História quisesse desmentir que não se repete.
Em 28 de Maio de 1926, um dos protagonistas, foi o general
Gomes da Costa.
Em 25 de Novembro de 1976 um dos protagonistas foi o general
Costa Gomes
É como se a imagem do nome de um, reflectida num espelho, se
transformasse no nome do outro.
O mesmo se passando com as consequências da acção de cada um
deles.
No primeiro caso, a subida ao poder de Salazar foi devida a
um golpe militar e o Passos Coelho e o seu mentor Vítor Gaspar, através de um
golpe eleitoral.
Se admitirmos que neste caso, a força das armas, foi substituída pela força da mentira e das falsas
promessas, estaríamos em plena evidência, que afinal a História se repete.
Para continuarmos a analisar as semelhanças, comparemos o 28
de Maio de 1926, com o 25 de Novembro de 1976.
Confrontemos as consequências do papel do general Gomes da
Costa, com o do general Costa Gomes, transportando-nos até aos dias de hoje!
O cotejo também não é difícil. Basta ir saltitando de 1926
para a actualidade!
Salazar sublinhava continuamente a primazia das finanças,
exigindo espirito de sacrifício, abnegação e sofrimento.
Passos /Gaspar também!
Salazar prometia que tudo isso era necessário, para afastar
Portugal do precipício e avançar para a prosperidade.
Passos/Gaspar também!
As primeiras medidas que Salazar tomou, entre outra, foi criar
novos impostos e agravar os que já existiam.
Passos /Gaspar também!
A política ditada por Salazar elegeu os funcionários
públicos, o exército e os reformados, como principais vítimas.
Passos/Gaspar também!
Logo o arquétipo financeiro e a filosofia política da dupla Passos/Gaspar,
é exactamente o mesmo.
Por tudo isto considerámos sem exagerar, que a história se repetiu,
só se diferenciando da ideologia fascista, por este governo preferir adoptar a
versão colaboracionista do modelo do governo de Vichy, para servir a potência
estrangeira que ocupa Portugal e determina o nível de exploração deste país,
tal com foi referido e muito bem, por Carvalho da Silva.
NOTA FINAL:
Só hoje chamámos à colação estes factos, pois a Antena 1,
surpreendentemente não tem podcast do programa “A Vida dos Sons” e tivemos de
esperar que fosse publicado no Facebook.
Assim se quiser ter acesso ao mesmo CLIQUE AQUI
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