ISABEL JONET
A RAÍNHA DOS POBREZINHOS
Segundo lemos no “Expresso online”, a Comissão Executiva da
Homenagem Nacional aos Combatentes, pela voz do seu presidente, o antigo chefe
de Estado-Maior da Armada, Almirante Fernando José Ribeiro de Melo Gomes, escolheu
para no dia 10 de Junho, Dia de Portugal,
homenagear os combatentes nas guerras do Ultramar e nomeadamente os 10.000, que
por lá deixaram a vida, nada mais, nada menos, que a presidente do Banco
Alimentar, Isabel Jonet, a “heróica” “combatente pelos seus pobrezinhos”, de
triste memória.
Pensamos que este almirante Melo Gomes, que há bem pouco
tempo considerou “Portugal é um protectorado”, em declarações públicas, vê nesse
registo, a razão de fundo para escolher a pessoa que exerce um verdadeiro “protectorado”
aos portugueses que “vivem muito acima das possibilidades” e vão ter de passar a
“reaprender a viver mais pobres”.
Estas expressões de sublimação salazarenta, tão queridas de
Isabel Jonet, devem ter feito babar de prazer o nosso almirante de serviço,
certamente por considerar igualmente um exagero, Portugal ser um Estado social,
porquanto seria muito mais interessante, ser um Estado caritativo, permitindo
às eclesiais instituições, exercerem o seu “múnus” recrutativo, com muito maior
facilidade e eficácia.
Não ficaríamos nada
admirados, se no discurso que está encarregue de fazer nesse dia, a D.Isabel aproveitasse
para fazer mais alguma pedagogia de filantrópica piedade.
Dado o ambiente militar em que irá funcionar, “camuflar” o
saque que o governo às ordens dos banqueiros, está a fazer à vida dos
trabalhadores e pensionistas, será muito apropriado e gera sempre largos dividendos
à holding da cristianíssima família, que faz da caridade modo de sobrevivência
das classes dominantes.
Com mais de um milhão e meio de desempregados, logo que se
esgotem as reservas com que familiares e amigos vão socorrendo os cerca os 90%
de jovens, que não conseguem arranjar emprego, acreditamos que Isabel Jonet,
aumentará a sua clientela e necessariamente, terá direito a uma majestosa promoção,
na hierarquia celestial.
"DITOSA PÁTRIA QUE TAIS FILHOS TENS” (Luís de Camões)
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