Mensagem

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sexta-feira, 3 de maio de 2013


 O FANTASMA DE MÁRIO SOARES 

Acabo de ouvir Passos Coelho dizer em resumo, que tenho de “viver abaixo das minhas possibilidades”.
Nesta altura recordo um belo texto de Manuel Loff, que releio sem um frémito de emoção, circunstância que noutras condições seria absolutamente anormal, dadas as gratas recordações que nos desperta, este maravilhoso texto.
Nem sequer é um caso de falta de sensibilidade, mas pura e simplesmente o exacerbar de uma raiva que quotidianamente alimenta o nosso desespero, na luta por manter a esperança de recomeçar o caminho que Mário Soares, traidor voluntário e consciente, interrompeu em 25 de Novembro de 1975.
Foi ele que serviu de mascara a uma direita dissimulada e se prestou a corporizar as forças que interromperam, de forma lenta, incidiosa e traiçoeira, o sonho deste povo, a partir dessa data fatídica de 1975.
Pode ele dizer hoje o que quiser, mas os Guterres, Cavacos, Sócrates e Companhia que tivemos, são filhos dilectos da sua perfídia, camuflada de socialismo “democrático”, como se pudesse haver socialismo, sem ser democrático.
O texto de Manuel Loff que referi acima, começa por dizer:
“Um país que, depois de construir o futuro, é empurrado de regresso ao passado.
Com o 25 de Abril, não foi apenas a Poesia a sair à rua, como pintou Vieira da Silva. A madrugada por que os portugueses havia muito esperavam, como escreveu Sophia, trazia consigo uma promessa de futuro que as conquistas da Revolução e uma Constituição empenhada na dignidade finalmente concretizaram nas nossas vidas".
Agora que julgamos ter tornado mais fácil perceber a origem da nossa angústia, vamos deixá-lo na companhia do restante texto, que nos ajuda a contabilizar, quanto temos sido enganados, roubados e atraiçoados.

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