ESTAMOS LIXADOS
Depois de ouvir a intervenção de Cavaco Silva, tenho para
mim que ele disse que este governo acabou.
Neste momento, depois de ouvir os responsáveis dos vários
partidos temos perguntas a fazer:
1ª Paulo Portas é neste momento vice-presidente do governo,
ou ministro dos negócios estrangeiros???
2º Se pretende continuar a ser ministro dos negócios
estrangeiros, porque o presidente da Republica não lhe dá posse, continuará
“irrevogavelmente” ministro dos negócios estrangeiros?
3º Na intervenção do Presidente, a recusa eleições
imediatas, por questões relativas a dificuldades com os acordos que envolvem a
troica e o poder dos mercados, será ultrapassado se houver acordo entre os
partidos do “arco iris” quero dizer “arco do poder” (desculpem ter fugido o
pensamento para o colorido adoptado pelas organizações de homossexuais, mas é
um hábito induzido!), tal já seria viável em Junho de 2014.
A pergunta que faço é muito simples: QUAL A DIFERENÇA...AGORA
OU EM JUNHO?
4º O Partido Socialista sempre disse publicamente que só
iria para o governo depois de eleições e como Paulo Portas não é o
secretário-geral do PS, como pensaria Cavaco Silva que a palavra de António
José Seguro também era “irrevogável”?
5º Com que autoridade moral o Cavacal Presidente, se propõe
governar o país não só com parte dos partidos com representação parlamentar,
mas até contra três desses partidos que de momento representam muito mais do
que a aritmética das últimas eleições legislativas.
6º Que conceito democrático esteve no pensamento do
Presidente, quando depois de dar todo o apoio ao actual governo, que mergulhou
o país na miséria com o artifício da austeridade, querer agora fazer um “acordo
de salvação nacional” envolvendo os tais três partidos do “Arco Iris”,
(desculpem …lá estou a dar-lhe!!)
7º Perante a afirmação de que as pressões externas levam a
evitar eleições, que novo “quadro eleitoral” de que classe social seria
necessário para governar o país???
Preciso de lembrar que Salazar já morreu e a União Nacional
disfarçada ou camuflada, é quem nos tem estado a governar.
8º Salvaguardo a hipótese de vir a aprofundar a análise,
quando conseguirmos mastigar o que foi dito pelo presidente, com auxílio do
discurso escrito, porque a minha memória de momento, não dá para mais.
9º Por último, não posso deixar de reconhecer, que constatei
pela primeira vez, que o nó da gravata do Presidente da Republica, tinha uma
ligeiríssima, diria mesmo quase impercetível curvatura, no lado esquerdo do
trapézio.
Este grave desalinho não me passou despercebido e como
cidadão atento ao rigor com que o Presidente da Republica sempre se apresenta
em público, não posso deixar de lhe atribuir funestas consequências, somente
possíveis por a severa atenção de D. Maria II, estar perturbada com a gravidade
da situação.
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