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quarta-feira, 24 de julho de 2013

A FÉ É QUE NOS SALVA!!!


  A IGREJA PASSOU A PARTIDO POLÍTICO???  

D. Manuel Clemente, já nos tinha brindado com a sua opinião política, quando da tomada de posse como patriarca de Lisboa.
O seu cerejeiral múnus, foi hoje muito clarificado, quando segundo a Rádio Renascença D. Manuel Clemente referiu muito cristãmente, o acordo de salvação nacional, tinha sido uma oportunidade, para os partidos e os políticos ganharem balanço no caminho do diálogo.
Certamente por uma questão profissional, não deixou de prometer uma indulgências, mesmo sem a obrigação de assistir no Twiter às cerimónias papais no Rio de Janeiro, como a tal obrigava o Papa.
A Rádio Renascença informa que são estas as suas palavras:
 A vida continua e a política também e eu acho que a semana passada teve como ganho que representantes de três partidos que representam grande parte do eleitorado português efectivamente encontraram-se, conversaram, ouviram e ouviram muitas horas. Isto não acaba desta maneira, a política continua e que esse balanço agora se acentue, porque precisamos de nos entender. Não foi tempo perdido, acho que ganharam balanço.”
É ainda sob o inesquecível efeito dos aplausos, que na igreja dos Jerónimos, foram recebidos Passos Coelho, Cavaco Silva e comitiva, traduzindo um perigoso enviesamento do seu múnus apostólico, que as suas palavras, devem ser interpretadas.
Como bem disse a jornalista Mafalda Ferreira, não era Deus que se fazia ouvir, mas sim o medo.
Medo que consideramos justificado, como consequência da punição que acabará por se abater, sobre estes grandes farsantes, que esmagam o país, ao serviço uma classe dominante, desprovida de qualquer sentimento patriótico, cuja maior preocupação é salvaguardar os maquinismos de exploração do trabalhadores.
Esta canalha, que se aproveita da igreja e da religião como um diáfano manto, com que cobrem a tragédia que se abate sobre o povo, para manter os seus privilégios.
Pela simples interpretação das palavras de D. Manuel Clemente, podemos contar a partir de agora, com um novo tipo de intervenção eclesial, pretensiosamente pedagógica em critérios de civismo, ultrapassando a sua missão apostólica, armados com conivente cumplicidade da principal figura da hierarquia da Igreja com os poderes instituídos, qual cereja colocada no cimo do chamado “bolo podre”.
Estou mesmo em ver, que a obscena canalhada que nos governa, saturados das vaias com que sistematicamente têm sido recebidos, sempre que se atrevem a aparecer em público, vão passar a recolher-se a uma qualquer igreja, para poderem saborear a volúpia dos aplausos, vinda dos cúmplices com que estão conluiados, nesta criminosa política de espoliação dos mais fracos.

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