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segunda-feira, 9 de junho de 2014

A OPINIÃO DE JOSÉ SÓCRATES


     JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS     
                 NÃO TEM EMENDA                 

    DECLARAÇÃO DE INTERESSES 
           E NOTA INTRODUTÓRIA
1 - Não gosto da esmagadora maioria das políticas, que foram levadas a cabo por José Sócrates, embora considere que no início tomou algumas medidas justas.
2 - Não esqueço as múltiplas declarações injustas e ofensivas que fez ao meu partido o PCP, bem como concorreu e apoiou colegas de bancada que se excederam grosseiramente contra os deputados do PCP, sendo ele líder da banca ou 1º ministro em funções.
3 - Não desculpo ter aceitado fazer uma política despesista, porque a senhora Merkel e associados o aconselhou, como forma de escapar à crise do subprime dos Estados Unidos.
4 – Em relação a Rodrigues dos Santos, não esqueço que José Sócrates tem como antecedente, as 100 páginas do livro em que aquele “escritor” assume o direito unilateral, de denegrir o ex-primeiro ministro José Sócrates.
5 - Quando vejo de perfil, José Rodrigues dos Santos, fico desconfiado que quando nasceu em vez de lhe darem palmadas nos rabos para começar a respirar, devem ter-lhe dado na parte de traz da cabeça, o que resultou naquela aparência de ter a cabeça inclinada para a frente e no reduzido diâmetro da parte superior, que possivelmente desculpa fisiologicamente, muitas das suas aberrações e comportamentos de grande estrela, que não consegue ocultar.


Como todos sabemos, ou deveríamos saber (se tivéssemos meios de comunicação social interessados num povo informado e democraticamente empenhado na coisa pública), foram as falências provocadas pelas vigarices do Lehman Brothers, Fannie Mae e Freddie Mac e mais uns poucos, que estão na base da chamada crise dos subprimes, que levaram a Europa a dever aos Estados Unidos cerca de 4-triliões-4 de euros.
Eu próprio, ouvi da boca do próprio Durão Barroso, à sua chegada ao aeroporto de Lisboa, afirmar que era aquele o valor da dívida europeia, talvez levado pela sua natural empáfia, para mostrar que era um português importante, (a companheira dele diz que ele se fosse peixe, era um cherne, mas eu gosto mais de sardinha) que até sabia coisas, que raras pessoas sabiam!!!. 
Refiro os 4 triliões de euros como importantíssimo e fulcral na compreensão da crise europeia,  sistematicamente ocultado em todos os meios de comunicação social. 
Essas vigarices só foram possíveis, porque as instituições financeiras europeias, embebedados pelos altíssimos juros praticados nos Estados Unidos, autêntico maná para os especuladores, tinham além disso, a vantagem de proporcionar um engodo de proporções gigantescas, para atrair capitais estrangeiros, que davam cobertura ao “papel” dos dólares “fabricados” pela Reserva Federal.
Foram os países do sul, mais corruptos ou empenhados na especulação financeira e com as economias mais frágeis, que foram em consequência os mais fortemente atingidos pela crise mundial de 2008.
Os respectivos governos, aproveitando a onda de desinformação geral, tripudiando os eleitores com promessas incumpríveis, tomou conta dos vários poderes e fez o povo trabalhador pagar os desvarios da especulação financeira a que os bancos e outras entidades financeiras se tinham entregado durante anos e anos a fio.
Nesse tempo, recordemo-lo, só se ouvia falar dos milhares de milhões de lucros, que todos os anos essas instituições arrecadavam e distribuíam pelos seus accionistas. 
Era um verdadeiro regabofe

Feita esta introdução, para que se perceba em que pé está a minha opinião sobre José Sócrates, vamos ao que me trouxe a escrever este texto.
Acreditamos que o programa "A opinião de José Sócrates" teria sido inicialmente autorizado, na expectativa de permitir um hipotético confronto com António José Seguro, mas com o andar da carruagem, começaram a ver que assim não era.
“A Opinião de José Sócrates” disfarçado de “espaço de comentário e análise para José Sócrates poder explanar as suas opiniões sobre os assuntos que ele achasse interessantes, tal como acontecia com muitos outros comentadores, quer seja Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite etc., etc., etc., etc., não estava a ser aquilo que a direcção da RTP previa.
Então resolveram mudar o figurino do programa e colocar José Rodrigues dos Santos como moderador, tipo inquisidor, qual ressuscitado Tomás de Torquemada, pretendendo castigar Sócrates pelo seu passado, não o enviando para as profundas do inferno (se pudessem fazia-no!) mas fazendo-lhe perguntas, o mais “diabólicas” possível.
A quase todas, Sócrates tem respondido com um displicente sorriso e furtando-se a criticar o PS, antes pelo contrário.
Por outro lado a cara de mau (ou de pau) que o Rodriguito faz constantemente, aliadas ao tendenciosismo e inconsistência política das perguntas, levam-me a pensar que das duas uma; ou proíbem aquele moderador de interrogar
Sócrates, ou este acaba por “bater com a porta” e abandona o programa.
Sócrates tem demonstrado uma paciência de santo e não fora o seu passado, daria razão à igreja, para o eleger candidato a um altar ou pelo menos a beato.
Por falar em beato, uma associação de ideias, leva-me a despropósito pensar que a perseguição económica e legislativa contras os fumadores, vai levar a Igreja acabar com as “beatas”.
Esperei até hoje para ver se conseguia publicar o vídeo do último programa, mas como até agora nada feito, vou tentar descrever as cenas mais escabrosas da última “entrevista”.
A páginas tantas, referindo-se aos 4 PEC’s, Rodrigues dos Santos e acusava Sócrates de tambem ele ali, acrescentava austeridade à austeridade, a que Sócrates matreiramente respondeu com um largo sorriso sarcástico: “Há um pormenor que o Rodrigo dos Santos faz um grande esforço para esquecer: é que todas as medidas eram constitucionais. 
Este “faz um grande esforço” equivale á “generosidade” com que num programa anterior tinha dito “ também o José Rodrigues dos Santos foi enganado”, insinuando provocatoriamente, que lhe estavam soprando aos ouvidos argumentos tendenciosos.
Quando a seguir Rodrigo dos Santos muda de tema e pergunta se considera inaceitável ou insatisfatório pedido de aclaração feito ao Tribunal Constitucional com graves consequências, no caso de demissão do governo antes das primárias do PS: Como é que o PS se vai apresentar nessas eleições.
Sócrates responde no limite da paciência: “É uma visão pueril, infantil, do que poderá vir a acontecer, mas parece-me que devemos colocar as coisas como devem ser colocadas com humildade.”, criticando a arrogância com que a questão era colocada.
Rodrigo dos Santos não se conteve e atira autoritariamente: “eu faço as perguntas e o senhor responde!!! “ 
Sócrates com um sorriso matreiro responde “se pergunta é porque quer saber” (La Palisse não diria melhor) e justifica ardilosamente: “o meu governo era minoritário e os partidos da direita exigiam que reduzisse as despesas: Tudo o que foi feito foi no sentido da contenção da despesa orçamental”   
Esta guerra, faz-me crer, que mais cedo do que tarde, José Sócrates irá desistir, ou a direcção de programas irá dispensá-lo, pese embora terem dito muitas vezes que esta era uma colaboração gratuita, ou como capciosamente classificam de “Pro Bono”, o que significa "para o bem do povo" e não de borla, como querem fazer crer.

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