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quarta-feira, 18 de junho de 2014

LISBOA DESCONHECIDA


  UMA LISBOA DESCONHECIDA   

Vivi em Lisboa cerca de 80 anos e confesso que esta Lisboa, que vai ser mostrada no vídeo que se segue, era e continua a ser, desconhecida para mim.
Não tanto em relação às maravilhosas vistas, porque vivi a minha infância e juventude, no último andar de um prédio muito alto, da actual Avenida de D.Carlos, pertinho da Assembleia da Republica, que tinha uma vista soberana que se espraiava sobre o rio Tejo, do mar da Palha à Cova do Vapor.
No entanto o meu mundo, no que à passarinhada dizia respeito, contrariamente ao que demonstra a assombrosa diversidade mostrada no vídeo, reduzia-se a pouco mais do que pombos e pardais de telhado.
Como o Jardim da Estrela não ficava longe, eram os pombos os bicharocos mais populares e bem me lembro de numa fase da minha adolescência, ter-me dedicado a criar pombos correio, junto com o meu irmão mais velho, para quem esse era o passatempo favorito.
Ele é que percebia do assunto, e como telhado funcionava como outra divisão da casa, por lá divagávamos a criar coelhos, pombos e outros passarocos.
Vem isto a propósito de um Lisboa completa e surpreendentemente desconhecida, que nos apresenta o vídeo, onde só os horizontes sobre o rio nos são familiares, pois era a visão que tivemos quando jovens, sempre que das janelas nos aproximávamos.
Não era com displicência que olhávamos para o rio, mas com a romântica imaginação das viagens que imaginávamos fazer e a que certamente se ficou a dever a nossa paixão pelo mar e a carreira na pilotagem de navios, que nas curvas da vida se frustraram.
Após esta introdução, à laia de saudosa e encantatória memória, passemos ao vídeo:


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