A EMBAIXADORA DE CUBA
A senhora embaixadora de Cuba viu-se envolvida numa cilada
política, organizada pelo canal de televisão RTP 1 e nomeadamente no programa “Sexta
à 9”.
Tudo começou por a embaixada de Cuba ser convidada a intervir nesse programa, 10 minutos antes de começar a ser transmitido, na evidente intenção de por esse motivo, ser recusado tal convite.
Porque aceitou, a senhora embaixadora acabou por perceber que estava a ser envolvida numa trama, organizada para denegrir Cuba e o seu sistema de saúde.
Desta situação resultou um conflito diplomático, que teve como consequência a senhora embaixadora pôr a questão ao governo de ser esclarecido o interesse, de manter em Portugal uma embaixada de Cuba.
É de alguma partes dessa entrevista do programa “Sexta à 9”, que trata o vídeo que se segue.
Colocámo-lo aqui, para que se perceba no fundamental, do que se está a tratar no texto que se segue.
Tudo começou por a embaixada de Cuba ser convidada a intervir nesse programa, 10 minutos antes de começar a ser transmitido, na evidente intenção de por esse motivo, ser recusado tal convite.
Porque aceitou, a senhora embaixadora acabou por perceber que estava a ser envolvida numa trama, organizada para denegrir Cuba e o seu sistema de saúde.
Desta situação resultou um conflito diplomático, que teve como consequência a senhora embaixadora pôr a questão ao governo de ser esclarecido o interesse, de manter em Portugal uma embaixada de Cuba.
É de alguma partes dessa entrevista do programa “Sexta à 9”, que trata o vídeo que se segue.
Colocámo-lo aqui, para que se perceba no fundamental, do que se está a tratar no texto que se segue.
VÍDEO -
Sobre este assunto, já tinhamos há dias escrito um texto, que privadamente enviámos a todos os nossos correspondentes e colocámos no nosso Blogue, com o título “CUBA, É DE FACTO, MEU AMOR” , onde expressamos a nossa profunda indignação pela forma humilhante, como a senhora embaixadora de Cuba tinha sido tratada.
Dizíamos nós nesse texto:
“Estamos a viver tempos de absoluta loucura, no que à realidade das coisas diz respeito.
O que era…já pode não ser, a verdade pode ser interpretada de várias maneiras, a dignidade é uma palavra obsoleta, a razão depende e manter a coerência só com grande esforço!!!!”
Terminávamos dizendo:
“No fundo, consideramos que a carta que a senhora embaixadora enviou à RTP, é uma lição política, de dignidade, humanismo, solidariedade internacionalista e orgulho patriótico, com o qual nos identificamos totalmente.”
Lemos ontem no jornal “Correio da Manhã”, com o título “Médicos abrem guerra política”, uma notícia de meia página, onde davam conhecimento dessa carta e terminava dizendo que Portugal paga a Cuba 4.000 Euros por cada médico, mas estes só recebiam 20% desse valor, não referindo que no programa de televisão, fora escandalosamente afirmado, que os fundos que Portugal paga, vão para “os cofres de Raul Castro ", ao referirem-se aos fundos que Portugal paga, pelo serviço dos médicos cubanos.
A questão dos 4.000 euros, até admitimos que possa ser verdade, mas é uma verdade subjectiva, porque no vídeo com que iniciámos este texto, bem se percebe, que muitas das despesas que nós temos, no sistema económico de Cuba, não existem.
E acentuamos isto porquê? Na carta da senhora embaixadora, não é referido esse valor concretamente, mas no capítulo onde refere as remunerações, afirma resumidamente o seguinte:
“Neste caso, valor a pagar para a alimentação e sustento no país onde prestem os seus serviços. O salário integral de médicos cubanos são respeitados e pagos mensalmente em nosso país, enquanto eles estão no exterior, incluindo o pagamento de férias.”
E mais adiante:
“Uma soma superior em moeda livremente conversível, é depositado em bancos de Cuba em cada mês, a qual poderia ser desfrutada pela família em Cuba, ou pelo médico a quando o seu regresso. Além desta quantia que é muito superior custo de vida e salários em Cuba, tem o seu salário integral.”
A seguir a carta justifica o motivo porque uma parte do valor que os médicos recebem dos governos estrangeiros (com sistemas capitalistas, onde a remuneração dos médicos é bastante mais elevada) reverte para compensar o serviço de Saúde Cubano, que é dos melhores do mundo.
Fica confirmado, que são despesas do Estado, o ensino e o sistema de saúde totalmente gratuito (incluindo os medicamentos, exames médicos, tratamentos, internamentos e apoios domiciliários) sendo que toda a formação na especialidade de medicina é igualmente totalmente gratuita, como aliás em todas as outras especialidades científicas.
Nós em Portugal, esquecemos que isto é uma forma de ver a vida e organizar a sociedade, de uma maneira que nada tem a ver com os mesquinhos interesses individuais e egoístas das sociedades de consumo, onde a consigna "cada um governa-se e os outros que se lixem", caracterisa a matriz das sociedades capitalistas.
Um exemplo concreto daquela maneira de encarar a vida em sociedade, temo-la também na vivência dos militantes ao serviço do Partido Comunista Português, que obedecendo à regra de ouro do Partido “Nenhum militante do PCP pode ser beneficiado ou prejudicado, no desempenho de tarefas do Partido” tem como consequência imediata, que todos os militantes, deputados e autarcas ao serviço do Partido, entreguem ao PCP, o dinheiro que recebem por esse desempenho, descontados todos os encargos e despesas que tal tarefa possa ocasionar.
Damos como exemplos deste comportamento: Um autarca vai a uma reunião da autarquia onde foi eleito, gastou “X” no transporte; na remuneração referente à sua presença desconta esse “X” do valor que a sua “senha de presença” lhe proporcionou e entrega o remanescente ao Partido.
Só mais um exemplo: O Secretário-geral do Partido, Jerónimo de Sousa, tinha a categoria profissional de “Afinador de máquinas” quando entrou para funcionário do Partido em 1974.
Ganhava e continua a ganhar, o que é hoje o salário de um operário dessa categoria profissional, ou seja cerca de 800 euros. O que ganha a mais como deputado, ou seja retirando o salário de um afinador de máquinas, ao ordenado de um deputado, que tem de remuneração 3.189,48 fora os outros abonos e direitos inerentes ao exercício quando em representação da Assembleia da República (verbas variáveis), entrega tudo ao Partido Comunista Português, descontadas as respectivas despesas, que tal ou tal missão exigiu.
Por esta razão, uma das maiores verbas que o Partido arrecada, provém exactamente dos excedentes entregues pelos autarcas, deputados e deputados europeus.
Aos olhos do Bastonário da Ordem dos Médicos, tal como é descrito na carta da senhora embaixadora, este estilo de vida e de empenhamento cívico, é nas suas palavras e critérios “Escravatura Branca”.
Está tudo dito sobre o critério a mentalidade deste senhor Bastonário da Ordem dos Médicos.
Não gostaríamos de deixar este assunto sem acrescentar um
pouco mais ao tema da carta, e esclarecer um pouco mais o que se passa em Cuba
ao nível da saúde e do apoio internacional que Cuba dá, por uma questão de
solidariedade Internacional, aos países do 3º mundo e agora até a Portugal.
É extraordinária a obra solidária que a esse nível está realizando Cuba e há tanto para dizer sobre a matéria, que corremos o risco de tornar este texto excessivamente longo, independentemente de só referirmos uma ínfima parte de que temos conhecimento.
No entanto a nossa indignação é tão grande, pela forma injusta como Cuba é tratada, que não iremos perder esta oportunidade de desabafar, mesmo que correndo o risco de nos alongarmos demasiado.
Esperamos que seja útil o que vamos dizer e sobretudo dê a imagem da obscena violência a que foi sujeita a senhora embaixadora de Cuba, ao ser sujeita, a ouvir todas aquelas pérfidas aleivosias
Comecemos por dizer que não somos especialistas na matéria e que não temos nenhuma relação profissional com a medicina, ou específicos conhecimentos dos problemas da saúde em Portugal, ou em Cuba. O mesmo em relação história de Cuba.
Tudo o que sabemos, é por cultura geral e pelo muito respeito e admiração que temos à maravilhosa obra de Fidel Castro, sobretudo pela sua resistência aos aspectos negativos e desumanos do embargo que os norte-americanos exercem sobre Cuba e que tanto valorizam, há mais de 50 anos.
Comecemos por raciocinar sobre uma questão primordial; o clima.
De facto como todos sabemos o clima de Cuba tem características muito peculiares, que tornam a sua agricultura de sobrevivência muito difícil e os tufões e furacões que regularmente atingem a ilha, destroem num instante, muito do que levou anos a construir.
A vocação natural de Cuba, prendia-se em tempos, com a capacidade de produzir cana de assucar, questão que motivava no início da Revolução, campanhas maciças de mobilização popular e que constituía a principal fonte de preciosas divisas, para equilibrar o orçamento.
Perante isto, os norte-americanos tudo fizeram para sabotar a sua débil economia diminuindo o preço do assucar nos mercados internacionais e promovendo a produção em larga escala, do assucar de beterraba na Europa e nas mais diversas regiões do mundo.
Para ultrapassar essa contingência, muito ficou Cuba a dever à União Soviética, que enquanto durou, foi uma solução.
Com a queda do Muro de Berlim e a sequente implosão da União Soviética, nasceu uma dificuldade acrescida, na medida em que tendo diversificado a sua economia para satisfazer mais facilmente o mercado soviético, a alteração produzida, obrigava um longo período de reorganização, para poder satisfazer novos mercados e a procura interna.
Tornemos agora a questão do “El bloqueo”, como é referido pelos cubanos.
O embargo que há 50-anos-50, fustiga, como se de um outro tipo de furacão se tratasse; o cerco comercial, econômico e financeiro, que chega ao extremo de proibir que qualquer firma norte-americana ou com negócios com os Estados Unidos, negoceie com Cuba.
É tão radical esta determinação que até empresas de países terceiros, estão proibidos de exportar para os Estados Unidos, qualquer tipo de produto que contenha qualquer parcela de matéria-prima cubana, chegando ao extremo ridículo de ter proibido a importação de França, de um tipo específico de geleia, só porque tinha assucar cubano.
A legislação produzida já no tempo do presidente Bill Clinton agravou ainda mais a situação, ficando a saber-se que quem não respeitasse as chamada “Lei Torricelli” e a “Helms-Burton”, ficava automaticamente na Lista Negra e os seus gestores ou patrões, proibidos de entrar nos Estados Unidos.
No aspecto puramente financeiro, proibiram em qualquer país, a abertura de contas em dólares a qualquer súbdito, ou empresa cubana.
Embora do ponto de vista legal, esta determinação não tivesse qualquer cobertura, ou força legal internacional para ser imposta aos seus infratores (para o governo americano, isso não queria dizer nadinha e nunca lhes deram qualquer importância !!!) as consequências que daí advieram para os desobedientes, são tão fáceis de imaginar, que nos coibimos de as explicitar.
Curiosamente, ou não, este embargo foi sistematicamente condenado pelas Nações Unidas, sendo que já em 2007 (última vez que este problema foi levado às Nações Unidas) 184 votos foram contra o Bloqueio e só quatro votaram a favor; ou seja os Estados Unidos…claro (!!!), Israel (que admiração!!) a ilha Palau, com a sua imensa população (20 842 habitantes) e as Ilhas Marshall, com os seus numerosos 60.000 habitantes.
Ditas as principais circunstâncias exteriores com que se tem debatido os cubanos, falemos um pouco da forma como se organizaram internamente, sobretudo no domínio da saúde, que é o tema e principal motivação deste texto.
Comecemos por referir que neste campo, também o embargo se faz sentir.
Desde 2006, o governo americano tem um programa chamado “Cuban Medical Professional Parole (CMPP) Program”.
Este programa, financiado com milhões e milhões de dólares, é especificamente destinado a fomentar a deserção dos médicos cubanos que estão em outros países, facilitando de forma excepcional a sua entrada nos Estados Unidos.
Os critérios para poder se inscrever nesse programa são: ser cidadão cubano, ser médico e estar trabalhando em outro país, sob direção do governo cubano, além de não ter nada que o desabone para entrar nos Estados Unidos.
Cônjuges e filhos solteiros dos médicos também podem ser incluídos no programa.
No campo da investigação científica, é absolutamente notável o desenvolvimento levado a cabo pelos cientistas cubanos.
80% Das drogas que são utilizadas pelo seu serviço de saúde, são fabrico próprio e os 20% restantes, importados da China, Rússia e Europa, o que torna os encargos naturalmente muito caros, por causa das distâncias.
É extraordinária a obra solidária que a esse nível está realizando Cuba e há tanto para dizer sobre a matéria, que corremos o risco de tornar este texto excessivamente longo, independentemente de só referirmos uma ínfima parte de que temos conhecimento.
No entanto a nossa indignação é tão grande, pela forma injusta como Cuba é tratada, que não iremos perder esta oportunidade de desabafar, mesmo que correndo o risco de nos alongarmos demasiado.
Esperamos que seja útil o que vamos dizer e sobretudo dê a imagem da obscena violência a que foi sujeita a senhora embaixadora de Cuba, ao ser sujeita, a ouvir todas aquelas pérfidas aleivosias
Comecemos por dizer que não somos especialistas na matéria e que não temos nenhuma relação profissional com a medicina, ou específicos conhecimentos dos problemas da saúde em Portugal, ou em Cuba. O mesmo em relação história de Cuba.
Tudo o que sabemos, é por cultura geral e pelo muito respeito e admiração que temos à maravilhosa obra de Fidel Castro, sobretudo pela sua resistência aos aspectos negativos e desumanos do embargo que os norte-americanos exercem sobre Cuba e que tanto valorizam, há mais de 50 anos.
Comecemos por raciocinar sobre uma questão primordial; o clima.
De facto como todos sabemos o clima de Cuba tem características muito peculiares, que tornam a sua agricultura de sobrevivência muito difícil e os tufões e furacões que regularmente atingem a ilha, destroem num instante, muito do que levou anos a construir.
A vocação natural de Cuba, prendia-se em tempos, com a capacidade de produzir cana de assucar, questão que motivava no início da Revolução, campanhas maciças de mobilização popular e que constituía a principal fonte de preciosas divisas, para equilibrar o orçamento.
Perante isto, os norte-americanos tudo fizeram para sabotar a sua débil economia diminuindo o preço do assucar nos mercados internacionais e promovendo a produção em larga escala, do assucar de beterraba na Europa e nas mais diversas regiões do mundo.
Para ultrapassar essa contingência, muito ficou Cuba a dever à União Soviética, que enquanto durou, foi uma solução.
Com a queda do Muro de Berlim e a sequente implosão da União Soviética, nasceu uma dificuldade acrescida, na medida em que tendo diversificado a sua economia para satisfazer mais facilmente o mercado soviético, a alteração produzida, obrigava um longo período de reorganização, para poder satisfazer novos mercados e a procura interna.
Tornemos agora a questão do “El bloqueo”, como é referido pelos cubanos.
O embargo que há 50-anos-50, fustiga, como se de um outro tipo de furacão se tratasse; o cerco comercial, econômico e financeiro, que chega ao extremo de proibir que qualquer firma norte-americana ou com negócios com os Estados Unidos, negoceie com Cuba.
É tão radical esta determinação que até empresas de países terceiros, estão proibidos de exportar para os Estados Unidos, qualquer tipo de produto que contenha qualquer parcela de matéria-prima cubana, chegando ao extremo ridículo de ter proibido a importação de França, de um tipo específico de geleia, só porque tinha assucar cubano.
A legislação produzida já no tempo do presidente Bill Clinton agravou ainda mais a situação, ficando a saber-se que quem não respeitasse as chamada “Lei Torricelli” e a “Helms-Burton”, ficava automaticamente na Lista Negra e os seus gestores ou patrões, proibidos de entrar nos Estados Unidos.
No aspecto puramente financeiro, proibiram em qualquer país, a abertura de contas em dólares a qualquer súbdito, ou empresa cubana.
Embora do ponto de vista legal, esta determinação não tivesse qualquer cobertura, ou força legal internacional para ser imposta aos seus infratores (para o governo americano, isso não queria dizer nadinha e nunca lhes deram qualquer importância !!!) as consequências que daí advieram para os desobedientes, são tão fáceis de imaginar, que nos coibimos de as explicitar.
Curiosamente, ou não, este embargo foi sistematicamente condenado pelas Nações Unidas, sendo que já em 2007 (última vez que este problema foi levado às Nações Unidas) 184 votos foram contra o Bloqueio e só quatro votaram a favor; ou seja os Estados Unidos…claro (!!!), Israel (que admiração!!) a ilha Palau, com a sua imensa população (20 842 habitantes) e as Ilhas Marshall, com os seus numerosos 60.000 habitantes.
Ditas as principais circunstâncias exteriores com que se tem debatido os cubanos, falemos um pouco da forma como se organizaram internamente, sobretudo no domínio da saúde, que é o tema e principal motivação deste texto.
Comecemos por referir que neste campo, também o embargo se faz sentir.
Desde 2006, o governo americano tem um programa chamado “Cuban Medical Professional Parole (CMPP) Program”.
Este programa, financiado com milhões e milhões de dólares, é especificamente destinado a fomentar a deserção dos médicos cubanos que estão em outros países, facilitando de forma excepcional a sua entrada nos Estados Unidos.
Os critérios para poder se inscrever nesse programa são: ser cidadão cubano, ser médico e estar trabalhando em outro país, sob direção do governo cubano, além de não ter nada que o desabone para entrar nos Estados Unidos.
Cônjuges e filhos solteiros dos médicos também podem ser incluídos no programa.
No campo da investigação científica, é absolutamente notável o desenvolvimento levado a cabo pelos cientistas cubanos.
80% Das drogas que são utilizadas pelo seu serviço de saúde, são fabrico próprio e os 20% restantes, importados da China, Rússia e Europa, o que torna os encargos naturalmente muito caros, por causa das distâncias.
A sua produção científica teórica, também não escapa à
perseguição das entidades oficiais americanas.
A título de exemplo deixem-nos referir, que ainda há pouco tempo aprovaram uma norma, que multa com 50.000 dólares e uma pena de prisão até 10 anos, qualquer editor norte-americano que se atreva a publicar artigos científicos de Cuba.
A título de exemplo deixem-nos referir, que ainda há pouco tempo aprovaram uma norma, que multa com 50.000 dólares e uma pena de prisão até 10 anos, qualquer editor norte-americano que se atreva a publicar artigos científicos de Cuba.
A resposta que Cuba dá a este nível de perseguições, que
no fundo retrata a superioridade moral dos comunistas, é muito clara nas
palavras de Fidel Castro, que sintetizam toda a filosofia que preside à
revolução cubana:
“Este não é um povo de fanáticos, mas sim povo de pessoas cultas, civilizadas; este é o único país onde jamais foi queimada uma bandeira norte-americana, jamais se fez isso, porque esta é uma revolução educadora, uma revolução de princípios, uma revolução baseada nas ideias, que não pode culpar o povo norte-americano pelo que os seus governos fazem.”
A este propósito, lembramos ainda a oferta que Fidel Castro fez aos Estados Unidos, de enviar 1100 médicos e mais de 25 toneladas de medicamentos para ajudar as vítimas do furacão “Katrina” e que os Estados Unidos recusaram, causando conscientemente a morte de um numero indiscriminado de pessoas, que poderiam ter sido salvas, caso tivesse sido outra a atitude do governo americano.
Só admira quem não saiba de orientações dadas a chefes de serviços médicos, que são gratificados caso recusem atender certos doentes.
Julgamos que isto diz muito, ou por outra diz tudo!
Mas continuemos:
No início da revolução, fugiram para os Estados Unidos cerca de 7.000 médicos, que não estavam para se sujeitar às restrições que as circunstâncias exigiam.
Algo semelhante tinha sucedido na União Soviética, quando em consequência da Grande Revolução de Outubro, o país que nessa altura tinha 80% de analfabetos, viu a quase totalidade dos 20% que compunham a sua elite cultural, fugir para o estrangeiro.
Hoje em Cuba, com os fracos recursos que sempre dispôs, racionalizados e estimulados pelos ideais revolucionários, conseguiu uma taxa de alfabetização de 99,8%, o maior índice de professores por habitantes, o menor número de alunos por sala de aula, uma escola onde estudam 16 mil instrutores da arte, 4 centros para formar 7.200 assistentes sociais por ano.
Tudo isto, permite a Fidel Castro recordar:
«Em Cuba, houve uma Revolução que fez justiça, que instaurou a igualdade e a dignidade para todos os cidadãos sem excepção.
100% Das crianças matriculam no sétimo ano e 99,5% dos adolescentes terminam o nono ano.
“Este não é um povo de fanáticos, mas sim povo de pessoas cultas, civilizadas; este é o único país onde jamais foi queimada uma bandeira norte-americana, jamais se fez isso, porque esta é uma revolução educadora, uma revolução de princípios, uma revolução baseada nas ideias, que não pode culpar o povo norte-americano pelo que os seus governos fazem.”
A este propósito, lembramos ainda a oferta que Fidel Castro fez aos Estados Unidos, de enviar 1100 médicos e mais de 25 toneladas de medicamentos para ajudar as vítimas do furacão “Katrina” e que os Estados Unidos recusaram, causando conscientemente a morte de um numero indiscriminado de pessoas, que poderiam ter sido salvas, caso tivesse sido outra a atitude do governo americano.
Só admira quem não saiba de orientações dadas a chefes de serviços médicos, que são gratificados caso recusem atender certos doentes.
Julgamos que isto diz muito, ou por outra diz tudo!
Mas continuemos:
No início da revolução, fugiram para os Estados Unidos cerca de 7.000 médicos, que não estavam para se sujeitar às restrições que as circunstâncias exigiam.
Algo semelhante tinha sucedido na União Soviética, quando em consequência da Grande Revolução de Outubro, o país que nessa altura tinha 80% de analfabetos, viu a quase totalidade dos 20% que compunham a sua elite cultural, fugir para o estrangeiro.
Hoje em Cuba, com os fracos recursos que sempre dispôs, racionalizados e estimulados pelos ideais revolucionários, conseguiu uma taxa de alfabetização de 99,8%, o maior índice de professores por habitantes, o menor número de alunos por sala de aula, uma escola onde estudam 16 mil instrutores da arte, 4 centros para formar 7.200 assistentes sociais por ano.
Tudo isto, permite a Fidel Castro recordar:
«Em Cuba, houve uma Revolução que fez justiça, que instaurou a igualdade e a dignidade para todos os cidadãos sem excepção.
100% Das crianças matriculam no sétimo ano e 99,5% dos adolescentes terminam o nono ano.
«Este
é o único país no hemisfério onde, desde que a criança nasce, tem
possibilidades de crescer saudável, tem um litro de leite diário, alimentação
necessária, e quanto ao estudo, pode transitar desde o ensino pré-escolar até
se formar como doutor em ciências, sem gastar um cêntimo».
Curiosamente, quando em 25 de Agosto de 2009, o Diário de Notícias publicou uma reportagem na Câmara Municipal de Santiago do Cacém, sobre a recepção a quatro, dos 44 médicos cubanos, que vieram pela primeira vez, reforçar os centros de saúde do Alentejo e Algarve, dizia Jorge Benitez, embaixador de Cuba na altura:
“A vinda dos médicos para Portugal tem um maior simbolismo, porque é o primeiro país da Europa com o qual Cuba, como excepção e não como política, aceitou o pedido de Portugal para contribuir para a solução da falta de médicos. 16 Vão reforçar o Litoral Alentejano, 18 vão ficar no Algarve e dois no centro de saúde de Alpiarça.
Os médicos cubanos estão principalmente nos países do mundo pobre. Existem cerca de 30 mil médicos cubanos em África e na América Latina, regiões do mundo onde Cuba presta maior colaboração.”
Continuando a ler a reportagem, se é verdade que agora é diferente, somos obrigados a partir do princípio que inicialmente as condições dos contratos seriam outras, mas igualmente determinadas pelas enormes dificuldades que Portugal tinha e continua a ter, para ocorrer às necessidades médicas dos centros ou zonas mais pobres.
Dizia então o embaixador Jorge Benitez:
“Havana não vai receber qualquer contrapartida por ceder estes profissionais, sublinhando que há uma reciprocidade das câmaras municipais de Portugal que, há muitos anos atrás, quando Cuba estava num momento mais difícil, ajudaram o nosso país.
Portugal não impôs condições. Disse que precisava de médicos, estudámos e confirmámos que realmente há uma situação complicada aproveitando para lembrar que alguns municípios lusos também já tinham enviado para Cuba, doentes com problemas de oftalmológicos.
O único pedido que o governo cubano fez, frisou, foi o de que os médicos viessem "atender portugueses que têm dificuldade no acesso à saúde por falta de médicos e não para os "substituir".”
Este sublinhado, como todos os que são feitos neste texto, são da nossa responsabilidade e servem para destacar os efeitos da filosofia que está subjacente à ideologia, que permite o envio de médicos e os inumeros actos de solidariedade internacionalista, do sistema político vigente em Cuba.
Julgamos que fica demonstrada a saciedade, a mentalidade que motiva a ajuda aos portugueses.
Mas, não gostaríamos de continuar, sem citar desde já, alguns desses exemplos que Cuba dá ao mundo, nas particulares e difíceis condições económicas com que se debatem e que foram orgulhosamente referidas na missiva que a senhora embaixadora enviou à responsável do programa de televisão “Sexta ás 9” ao dizer:
“Cuba é um dos poucos países que " não oferece o que lhes sobra, mas comparte o que tem.”
Bem nos lembramos, a quando o catastrófico terramoto de magnitude 7.3 que arrasou o Haiti em 2010 e foi classificado como o maior terremoto registrado na região em 200 anos, causando 220 mil mortos e 2,3 milhões de desabrigados.
O local de Port-au-Prince, onde viviam parte dos 6.000 cooperantes cubanos, que desde 1998 por ali tinham passado e trabalhavam nos 40 centros que tinham criado no âmbito dos programas de apoio à saúde dos haitianos, foi imediatamente transformado em hospital de campanha, reforçado com 60 especialistas em catástrofes, componentes do Contingente “Henry Reeve”, que voaram de Cuba com toneladas de medicamentos, soro, plasma e alimentos.
Em mais 5 hospitais de campanha que estabeleceram em Port-au-Prínce, atenderam milhares de pessoas por dia e realizaram centenas de operações cirúrgicas.
Como complemento, 400 dos 570 jovens do Haiti já formados como médicos em Cuba, reforçaram os 400 médicos cubanos que apoiavam os serviços de saúde, no Haiti.
Os meios de comunicação social internacionais ocultaram tudo isso, chegando a cadeia Fox New dos Estados Unidos ao descaramento de afirmar que Cuba fora dos poucos países da América Latina, que não prestaram ajuda.
É evidente que tudo o que se tem aqui referido como testemunho da politica internacionalista de Cuba, é um ínfimo relato, daquilo que tem sido feito por este pequeno país.
Perante isto, quem não se sentirá indignado e ofendido com o ultraje feito à senhora embaixadora de Cuba?
Nojento, humilhante e indigno, é o mínimo que classifica o sórdido tratamento a que sujeitaram a senhora.
Nós como portugueses, coramos de vergonha e tomamos este caso, como a mais vil asqueroso e obsceno comportamento , que alguma vez tenha sido praticado, contra um elemento do Corpo Diplomático.
Que miserável país, que tais ignomínias é capaz de produzir.
Como obedientes serventuários das orientações que recebemos do governo norte-americano, não se pode esperar outro comportamento, do miserável governo que temos.
Michael Moore é que topa bem o que é a política norte-americana.
Este celebre realizador, fez um filme arrasador, sobre a saúde nos Estados Unidos, a que deu o título de SIKO
Curiosamente, quando em 25 de Agosto de 2009, o Diário de Notícias publicou uma reportagem na Câmara Municipal de Santiago do Cacém, sobre a recepção a quatro, dos 44 médicos cubanos, que vieram pela primeira vez, reforçar os centros de saúde do Alentejo e Algarve, dizia Jorge Benitez, embaixador de Cuba na altura:
“A vinda dos médicos para Portugal tem um maior simbolismo, porque é o primeiro país da Europa com o qual Cuba, como excepção e não como política, aceitou o pedido de Portugal para contribuir para a solução da falta de médicos. 16 Vão reforçar o Litoral Alentejano, 18 vão ficar no Algarve e dois no centro de saúde de Alpiarça.
Os médicos cubanos estão principalmente nos países do mundo pobre. Existem cerca de 30 mil médicos cubanos em África e na América Latina, regiões do mundo onde Cuba presta maior colaboração.”
Continuando a ler a reportagem, se é verdade que agora é diferente, somos obrigados a partir do princípio que inicialmente as condições dos contratos seriam outras, mas igualmente determinadas pelas enormes dificuldades que Portugal tinha e continua a ter, para ocorrer às necessidades médicas dos centros ou zonas mais pobres.
Dizia então o embaixador Jorge Benitez:
“Havana não vai receber qualquer contrapartida por ceder estes profissionais, sublinhando que há uma reciprocidade das câmaras municipais de Portugal que, há muitos anos atrás, quando Cuba estava num momento mais difícil, ajudaram o nosso país.
Portugal não impôs condições. Disse que precisava de médicos, estudámos e confirmámos que realmente há uma situação complicada aproveitando para lembrar que alguns municípios lusos também já tinham enviado para Cuba, doentes com problemas de oftalmológicos.
O único pedido que o governo cubano fez, frisou, foi o de que os médicos viessem "atender portugueses que têm dificuldade no acesso à saúde por falta de médicos e não para os "substituir".”
Este sublinhado, como todos os que são feitos neste texto, são da nossa responsabilidade e servem para destacar os efeitos da filosofia que está subjacente à ideologia, que permite o envio de médicos e os inumeros actos de solidariedade internacionalista, do sistema político vigente em Cuba.
Julgamos que fica demonstrada a saciedade, a mentalidade que motiva a ajuda aos portugueses.
Mas, não gostaríamos de continuar, sem citar desde já, alguns desses exemplos que Cuba dá ao mundo, nas particulares e difíceis condições económicas com que se debatem e que foram orgulhosamente referidas na missiva que a senhora embaixadora enviou à responsável do programa de televisão “Sexta ás 9” ao dizer:
“Cuba é um dos poucos países que " não oferece o que lhes sobra, mas comparte o que tem.”
Bem nos lembramos, a quando o catastrófico terramoto de magnitude 7.3 que arrasou o Haiti em 2010 e foi classificado como o maior terremoto registrado na região em 200 anos, causando 220 mil mortos e 2,3 milhões de desabrigados.
O local de Port-au-Prince, onde viviam parte dos 6.000 cooperantes cubanos, que desde 1998 por ali tinham passado e trabalhavam nos 40 centros que tinham criado no âmbito dos programas de apoio à saúde dos haitianos, foi imediatamente transformado em hospital de campanha, reforçado com 60 especialistas em catástrofes, componentes do Contingente “Henry Reeve”, que voaram de Cuba com toneladas de medicamentos, soro, plasma e alimentos.
Em mais 5 hospitais de campanha que estabeleceram em Port-au-Prínce, atenderam milhares de pessoas por dia e realizaram centenas de operações cirúrgicas.
Como complemento, 400 dos 570 jovens do Haiti já formados como médicos em Cuba, reforçaram os 400 médicos cubanos que apoiavam os serviços de saúde, no Haiti.
Os meios de comunicação social internacionais ocultaram tudo isso, chegando a cadeia Fox New dos Estados Unidos ao descaramento de afirmar que Cuba fora dos poucos países da América Latina, que não prestaram ajuda.
É evidente que tudo o que se tem aqui referido como testemunho da politica internacionalista de Cuba, é um ínfimo relato, daquilo que tem sido feito por este pequeno país.
Perante isto, quem não se sentirá indignado e ofendido com o ultraje feito à senhora embaixadora de Cuba?
Nojento, humilhante e indigno, é o mínimo que classifica o sórdido tratamento a que sujeitaram a senhora.
Nós como portugueses, coramos de vergonha e tomamos este caso, como a mais vil asqueroso e obsceno comportamento , que alguma vez tenha sido praticado, contra um elemento do Corpo Diplomático.
Que miserável país, que tais ignomínias é capaz de produzir.
Como obedientes serventuários das orientações que recebemos do governo norte-americano, não se pode esperar outro comportamento, do miserável governo que temos.
Michael Moore é que topa bem o que é a política norte-americana.
Este celebre realizador, fez um filme arrasador, sobre a saúde nos Estados Unidos, a que deu o título de SIKO
A última parte desse filme, mostra aspectos muito
elucidativos, do que é de facto o sistema de saúde em Cuba.
Porque são dados muito importantes, mas admitindo que o interesse das pessoas possa variar, resolvemos apresentar várias versões, tendo em vista essas diferenças de interesse, que as pessoas possam ter sobre o assunto.
O primeiro vídeo, foca a ultima parte do filme e trata quase exclusivamente da saúde em Cuba e é legendado em português.
A seguir damos indicação do link, clicando no qual, terá a possibilidade de ver a totalidade do filme em 13 partes, dobrado em português
Por fim o último vídeo é a versão completa do filme que leva um pouco mais de 1 hora a passar e também legendado em português.
Porque são dados muito importantes, mas admitindo que o interesse das pessoas possa variar, resolvemos apresentar várias versões, tendo em vista essas diferenças de interesse, que as pessoas possam ter sobre o assunto.
O primeiro vídeo, foca a ultima parte do filme e trata quase exclusivamente da saúde em Cuba e é legendado em português.
A seguir damos indicação do link, clicando no qual, terá a possibilidade de ver a totalidade do filme em 13 partes, dobrado em português
Por fim o último vídeo é a versão completa do filme que leva um pouco mais de 1 hora a passar e também legendado em português.
TODAS AS VERSÕES, SÃO FALADAS OU LEGENDADAS EM PORTUGUÊS
NESTE LINK
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