Mensagem

Mensagem

quarta-feira, 11 de junho de 2014

ISRAEL - PROBLEMA DO MUNDO


                           ISRAEL                          
                 DO AMOR AO ÓDIO              
As condições em que nasceu Israel, foram na minha juventude motivo de grande simpatia e admiração.
Levado pela forma como os judeus foram tratados pela História, aliciado pela formidável máquina de propaganda sionista, subordinado à uniformidade da nossa comunicação social, a minha paixão obsessiva pela leitura, levava-me a devorar toda a literatura editada e nomeadamente aquela onde se isensava, os feitos heroicos do “Irgun”, como por exemplo o “Exodus” “Oh Jerusalém” etc., etc.
Este grupo de audaciosos “terroristas”, braço secreto do “Haganah”, a organização paramilitar sionista, que posteriormente se transformou no exército de Israel, serviu-me de referência épica, que padroniza a heroicidade humana, ao fazer ir pelos ares o quartel-general dos Ingleses em Jerusalém, colocando ardilosamente toneladas de explosivos nas caves do edifício, daquela Inglaterra
que na altura ainda era a “super potência militar” e assegurava o Mandato de Protectorado, que a Sociedade das Nações lhe atribuira, após a guerra de 14/18.
A partir desse incidente a Inglaterra achou melhor "Dar às de Vila-Diogo", deixando a porta aberta para os judeus fazerem o que quisessem e o que estes queriam, era trucidar os Palestinos, sobre o artificioso desígnio histórico/religioso, que aquele era o território sagrado das sua origens, tripudiando o facto de já assim não ser, há milhares de anos.
É evidente que a ingenuidade dos meus 10/11 anos, a avassaladora máquina de propaganda sionista e a falta de outras referências, apoiada ou calada pelo salazarismo, levava-me a encarar pacificamente a emigração clandestina para Israel, como justa e heróica.
A ocupação ilegal de território, o desforço sobre os palestinos, bem como a guerra de ocupação, que se iniciou logo após a partida dos ingleses, colocou-me na trincheira das pobres vítimas do nazi-fascismo.
Só anos mais tarde, quando politicamente comecei a ter alguma informação mais credível, por frequentar a casa do capitão Barroso, na Praça das Flores em Lisboa, militante do Partido Comunista Português, pai de Maria Barroso e de Fernando Barroso meu companheiro de brincadeiras e de carteira na Escola Primária e no Liceu Passos Manuel, no tempo em que Maria Barroso ainda namorava Mário Soares, (a quem muitas vezes abríamos a porta, para a ir namorar) permitiu que começasse a ter outras referências.
Assim esse amor reverencial, foi aos poucos transformando-se na lúcida repulsa que hoje sinto por Israel, considerando que grande parte dos conflitos a que a minha geração assistiu, têm origem no médio Oriente e na relação diplomática e político/militar, que desde então foi estabelecida entre Israel e os Estados Unidos.
Este último, sempre se aproveitou dessa aliança, no sentido de ter ali uma de testa-de-ponte, que servisse para manter a subjugação aos seus interesses, dos países produtores de petróleo no médio Oriente e cujas dramáticas consequências, ainda hoje se fazem sentir, tenhamos em vista o que acontece no Iraque, Líbia, Síria, Egipto, Tunisia, Afeganistão, bem como na vergonhosa proteção que garante às famílias reais da Arábia Saudita e do Qatar, a sua manutenção no poder, em troca da obrigação de utilizar a moeda do dólar americano, na compra do petróleo nesses países.
De resto, desde que Nixon em 1976 extinguiu unilateralmente o “Acordo de Bretton Woods”, que os chamados petrodólares, são pouco mais do que a única garantia de sustentabilidade da cotação do dólar, permitindo à Reserva Federal emitir a quantidade de dólares que entender necessárias para manter a liquidez dos seus grandes bancos, em substituição da equivalência em ouro, a que aquele antigo acordo estabelecido em 1944, obrigava.
Como afirmámos em 15 de Janeiro de 2009 (ver artigo com o título “BARACK OBAMA, O 1º PRESIDENTE JUDEU DOS ESTADOS UNIDOS”, no nosso Blogue), foi a poderosa influência do lóbi sionista, que esteve na base da eleição de Barak Obama.
Para o Movimento Sionista, pouco lhe importava a cor política do governo de Israel, desde que este se empenhasse militarmente em manter o estatuto de independência e consolidasse a ocupação dos territórios anexados aos árabes.
É nesse sentido que o apoio do lóbi judeu à eleição de um negro não judeu, foi na ocasião, um golpe de mestre.
Os sionistas acompanharam desde sempre, a brilhante carreira do futuro presidente, e conforme este ia subindo e consolidando as relações com as personalidades mais importantes na escala hierárquica do Movimento Sionista, mais garantia a sua futura eleição, como Presidente dos Estados Unidos.
Vem tudo isto a propósito de um artigo de José Pio Martins, economista e reitor da Universidade Positivo – Curitiba, Paraná – Brasil, que se pode ler na “GAZETE DO POVO”, intitulado “O que podemos aprender com Israel”, cuja reprodução desse texto pode ver CLICANDO AQUI.
Nele, o economista brasileiro faz uma reflexão, sobre esta questão central: 
“Que razões levam um pequeno país, com apenas 7,9 milhões de habitantes (o Paraná tem 10,4 milhões), um território minúsculo (menor que o estado de Sergipe), terras ruins, sem recursos naturais, com apenas 64 anos de existência, e em constantes conflitos militares... a ser um dos maiores centros de inovação do mundo; ter 63 empresas de tecnologia listadas na bolsa Nasdaq (mais que Europa, Japão, China e Índia somados), ter registrado 7.652 patentes no exterior entre 2002 e 2005, e ter ganho 31% dos prêmios Nobel de Medicina e 27% dos Nobel de Física? “ 
E mais adiante escreve: 
“Muitos dirão que é o dinheiro dos norte-americanos e dos judeus espalhados pelo mundo que faz o sucesso de Israel. Não é. “Grande parte do dinheiro recebido por Israel foi gasta em defesa e conflitos militares.” 
Concluindo mais adiante: 
“Em terceiro lugar, a estrutura educacional. A crença de que a única saída para o desenvolvimento - mais que os recursos naturais - é a educação de qualidade está na raiz da cultura de Israel. Do ensino básico até a universidade, Israel desfruta de uma educação de nível e acessível a todos. 
Se você pensa encontrar um judeu analfabeto, desista. É uma questão cultural: para eles, povo e governo, a educação é o bem maior.” 
Ora bem, quando olhamos para a transformação que o nosso “desgoverno” está a produzir, no domínio da política educacional do país.
Quando no final da escala, olhamos o que se está a fazer no domínio do ensino superior.
Quando nesse particular, vemos no campo da investigação científica, eliminar a maior parte das bolsas de estudo e estimular a exportação dos nossos mais jovens e brilhantes investigadores.
Quando declaradamente o ministro da educação se permite afirmar, que quer pôr a investigação científica ao serviço das empresas, tendo em vista única e exclusivamente a diminuição da despesa.
Quando se tem uma visão tão redutora do que é a natural sequência de êxitos e fracassos que a experimentação científica origina, os longos prazos que experimentação científica exige, o tempo de reflexão, maturação que precisa; abolir esta natureza das coisas aos investigadores, é transformá-los em funcionários especializados das empresas e não só roubar-lhes potencialidades, como condicionar a sua criatividade e limitar o poder de presumir, imaginar e inovar. 
Em conclusão estamos a condenar o futuro deste país. 
Tudo isto é verdade e como tal inaceitável.
O artigo termina dizendo sábiamente: 
“Não se consegue transpor a cultura de um país para outro, mas há muito que aprender com Israel.” 
É neste campo que damos toda a razão a Israel.
É NESTA MATÉRIA, QUE TEMOS A CERTEZA TERÁ DE ASSENTAR O FUTURO DO NOSSO PAÍS.
É NO CAMPO DA EDUCAÇÃO QUE ASSENTAM TODAS AS NOSSAS ESPERANÇAS.
É COM ESSA CERTEZA, QUE CONSIDERAMOS O FUTURO DO NOSSO PAÍS ESTÁ EM RISCO.
NOTA - Todos os destaques e sublinhados, são da nossa responsabilidade.

Sem comentários: