DIA CHEIO DE NOVIDADES
Costumamos adormecer com os fones nos ouvidos, ouvindo a
Antena 1.
Acordámos com o programa Portugalex, que abordou o tema das
novas fardas da polícia de forma absolutamente hilariante.
A primeira notícia que ouvimos foi a informação de que o rei
de Espanha tinha abdicado. Alegava ele: “Uma
nova geração reclama com justa causa o papel de protagonista, o mesmo que
correspondeu numa conjuntura crucial da nossa História à geração a que
pertenço”.
Sai de cena por uma questão de modernidade, dizia o analista.
O rei não “sai de cena por uma questão de modernidade”, mas para
dar lugar à 3ª republica espanhola que já está atrasada 40 anos. Se há algo que
nos tempos actuais já está ultrapassado, é a monarquia e este rei sai de cena,
porque 63 % da população acha que a monarquia é uma excrescência nos tempos
actuais, dizemos nós.
Diz o monarca que sai com a Espanha no coração.
Será que se vai exilar como o pai?
Ou será somente uma tirada ridícula, a que apetece dizer “¿Por
qué no te callas” “majestade”?
Curiosamente 4 Horas depois, no Facebook, já se via uma
convocação de manifestações em 28 cidades, a pedir apoio a um referendo à
monarquia, certamente na espectativa de mandar a família real para a reforma,
ou fazer qualquer coisa de útil.
A seleção de futebol partiu para os Estados Unidos e
ofereceram uma gravata ao Presidente da Republica e uma camisola com Cavaco
Silva escrito nas costas.
Quanto à gravata, deve ter sido oferecida a pensar na nunca
desmentida particular habilidade do cavacal presidente fazer os seus nós. Nós
próprios reconhecemos isso, quando propomos oferecer 100 euros, a quem nos
indique uma vez em que o seu nó de gravata apresente a mais pequena
irregularidade, ruga ou deformidade, na impecável forma geométrica do seu
trapézio.
Quanto à camisola, é uma promessa à Passos Coelho, para
quando deixar o tacho, poder jogar na seleção.
Por fim, a Comissão Europeia avisa que o governo deve ser
prudente na questão do aumento do ordenado mínimo, com o argumento que o nosso
ordenado mínimo já é exagerado!!!!!!!
Parece-nos que esta conclusão é tão indigna, que justifica a
verdadeira angustiosa revolta, que sentimos, com sentirá certamente todo o povo
português.
MALDITOS!!!
Não é possível aceitar este tratamento sem um grito de
revolta.
Que governo é o nosso, que Presidente da Republica temos,
que permite semelhante humilhação, sem qualquer comentário, que reflita a indignação
que tal afirmação suscita ???
O nosso ordenado mínimo já é o
mais baixo da Europa, mesmo mais baixo que a própria Grécia e a sua relatividade
com o ordenado médio, só nos diminui e mostra o nível de exploração a que sujeitam
os trabalhadores portugueses.
O raciocínio é colocado ao
contrário, quando o fazem depender da média dos ordenados.
Como utilizam a técnica de pagar
desproporcionadamente aos quadros superiores, acontece como a história do
frango: Um come um frango o outro não come nada, dá meio frango a cada um.
A incongruência deste governo, ao
defender e fomentar um país de elites, olhando à distância um futuro país de
maltrapilhos, só não lhes podem negar o direito de terem uma História, que está
a chamar cobardes à geração que viveu Abril, se permitirem manterem-se neutros
perante tanta humilhação, tanta indignidade!!!
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