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terça-feira, 24 de junho de 2014

UCRÂNIA E A MÁ CONSCIÊNCIA DA EUROPA


              RETRATO “À LA MINUTE”             
     DA POLÍTICA DOS ESTADOS UNIDOS   

Temos uma verdadeira aversão à política exercida pelo governo dos Estados Unidos.
Embora tenhamos o cuidado de definir o “governo”, na particular intenção de separar as águas, este particularismo prende-se mais com uma questão de rigor pessoal, do que como salvaguarda da parte de responsabilidade, que o povo norte-americano tem na actual conjuntura mundial.
Quando ouço dizer que os Estados Unidos são o país de democracia e o paradigma da liberdade, posso ficar silenciosamente furioso, mas sei por experiencia própria e tenho provas, de que muitos norte-americanos, têm medo de expressar as suas opções políticas, com medo das retaliações.
De facto, há nos Estados Unidos e internacionalmente, alguma comunicação social credível e seria exagerado libertar totalmente o povo norte-americano da parcela de responsabilidade no actual contexto político internacional e portanto a sua posição, não é tão inocente quanto isso.
É um facto, que generalizar é injusto, mas descontando o enviesamento que a comunicação social dos Estados Unidos de uma maneira geral, provoca na avaliação que a população possa fazer da realidade dos factos, todo aquele patriotismo balofo, com bandeirinhas nacionais por tudo quanto é sitio, reflete objectivamente um orgulho nacional, que não assenta exclusivamente no seu desenvolvimento artístico, desportivo e científico, mas em grande parte no domínio mundial, que pela via militar, vai tutelando os interesses das suas elites financeiras e consequentemente, por muito pouco que seja, sentem-se psicologicamente irmanados, com os que se julgam senhores do mundo!!!
De uma forma geral, consideramos que a mentalidade norte-americana espelha o que de melhor e pior tem, o estágio civilizacional em que a humanidade se encontra.
A evolução do ser humano, embora fazendo colossais avanços na organização da sociedade, ainda não se libertou dos instintos básicos da luta pela sobrevivência.
Enquanto sociedade, evoluiu bastante no sentido de satisfazer as necessidades comuns, já no campo individual a satisfação do ego criou na organização social, uma hierarquia de classes, com nichos onde se pode refugiar a satisfação de todos os caprichos, que o desenvolvimento económico e científico proporciona.
Isto é tão óbvio, que ainda hoje contamos com núcleos onde o canibalismo se exerce sem problemas de consciência, a par de movimentos políticos e sociais que com sacrifício da própria vida, lutam por uma sociedade solidária onde a liberdade, a fraternidade e basicamente a igualdade, permita construir uma sociedade sem classes, onde cada um tenha, por direito cívico, acesso ao que necessita e consequentemente o direito à felicidade.
Com grandes avanços e recuos esta é sinteticamente, a história da humanidade.
Nesta evolução, tem tido um papel fundamental, a problemática das crenças e nomeadamente das religiões. A grande virtude que atribuímos às igrejas através dos tempos, tem sido mobilizar e regularizar as multidões, em processos civilizacionais uniformes e acelerados. Na contabilidade da evolução da espécie, é esse o seu grande e principal crédito.
Nos Estados Unidos, embora sabendo que foram doses maciças de emigrantes que por motivos religiosos constituiram a nação americana, (Católicos, Protestantes, Mórmons, Amish’s, etc.,) essas avalanches contínuas de perseguidos religiosos, das mais variadas origens e credos, criaram um conceito de liberdade para poderem sobreviver em comum, que viciou todo o processo evolutivo, daquela nação.
De facto, subjacente ao problema da sobrevivência comum, as sequelas da luta pela independência, o permanente estado de guerra, quer individual, quer colectivo, constituiu a espinha dorsal que influenciou a mentalidade das pessoas, que ocuparam aquele espaço geográfico.
Por um lado, o seu governo e o sistema financeiro que algumas das principais casas financeiras conseguiram ali estabelecer; as condições particularmente favoráveis de um território extenso e com excepcional aptidão agrícola; a emigração do que havia de melhor, fomentada pela inteligente facilidade de atrair quadros altamente qualificados, quer intelectualmente, quer cientificamente, dando-lhes condições excepcionais para exercício das sua competências.
Por outro, as guerras de pilhagem, para dominar os territórios e nações vizinhas; o aproveitamento das duas guerras mundiais que acabaram por exaurir a Europa, criaram as condições necessárias e suficientes para tornar os Estados Unidos, a potência mundial mais poderosa de todos os tempos.

É evidente que o seu povo não pode deixar de reflectir todos estes condicionalismos e como a classe mais influente do governo, é constituída pela elite do sionismo, as consequências para o mundo em geral não poderiam ser outras. 
O obsecado desenvolvimento militar, outra razão não tem, senão manter o domínio mundial da sua elite financeira e colocar a máquina do desenvolvimento científico a garantir que em lado nenhum se possa ultrapassar ou surpreender os Estados Unidos, afectando os seus interesses económicos e financeiros. 
A proteção desde sempre dada a Israel, para garantir de uma “Testa-de-Ponte” para poder dominar qualquer tentativa árabe de afectar a sua hegemonia no mercado petrolífero, com as consequências por demais conhecidas do que se passa na Palestina, Egipto, Síria e Líbano.
A garantia de proteção e manutenção das famílias reais e dos seus criminosos regimes na Arábia Saudita e no Qatar, em troca dos petrodólares.
As guerras do Iraque, para não perder o controlo do dólar, como moeda de pagamento do petróleo, face ao perigo que representava a ameaça de Sadam Hussein, de transferir para o euro e outras moedas, o pagamento do petróleo iraquiano.
O fomento das revoltas na Líbia e noutros países do norte de África, para evitar a chegada dos chineses ao mediterrâneo, porque estiveram distraídos com a África, onde a China se transformou na potência predominante.
O cerco à China, fazendo acordos para o estabelecimento de bases militares entre outros, com as Filipinas e Austrália, sendo que os Estados Unidos neste país, criou a maior base que têm em todo o mundo, com a finalidade de em qualquer altura servirem de apoio para dominar o crescente perigo que representa para a sua hegemonia, o surto desenvolvimentista dos chineses.
E por fim, na Europa e na Ásia, com a cumplicidade de vários dirigentes da União Europeia, a ocupação do Afeganistão, depois do apoio dado aos Talibans e mais recentemente a aproximação a Teerão, para defender os seus interesses no Médio Oriente, culmina a capacidade dos Estados Unidos subverter todas as leis da moralidade, nas relações internacionais.
Já nos habituaram os Estados Unidos, a não se coibirem de fazer as mais espúrias alianças, sempre que sejam tocados os seus interesses financeiros ou colocada em risco a sua hegemonia mundial.
Neste último caso é a sua dissimulada tentativa de apertar o cerco e controlar o seu progressivo aumento do poder económico da Rússia e fragilizar a sua ligação à China, que provoca todas as enormidades que conhecemos, no sentido de sabotar a natural ligação da Ucrânia à Rússia.
O apoio contra-natura e o financiamento de 5 biliões de dólares, que a secretária de estado norte-americana para a Europa, já confessou ter pago aos mercenários nazis, para afastar o governo da Ucrânia da Rússia e aderir à União Europeia e à Nato, são parte da história que está a ser escrita pelos Estados Unidos para demonstrar até que ponto é monstruoso, o seu desígnio de manter o domínio mundial.

AO QUE NÓS CHEGÁMOS !!! 

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