Mensagem

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sábado, 4 de fevereiro de 2012


                CARLOS CARVALHAS 

DÍVIDA PORTUGUESA “É IMPAGÁVEL” 
SEM RENEGOCIAÇÃO  

Depois de ouvir esta manhã, o nosso primeiro-ministro Passos Coelho, afirmar que CUSTE O QUE CUSTAR “VAMOS” pagar a dívida, tínhamos a certeza de que ele estava a pensar:
"CUSTE O QUE CUSTAR, O POVO É QUE VAI PAGAR A DÍVIDA”.
Nas dramáticas condições em que está a viver o povo português, tomam uma importância redobrada as afirmações que fez, o economista Carlos Carvalhas, membro do Comité Central do Partido Comunista Português num debate intitulado "REJEITAR O PACTO DE AGRESSÃO/LUTAR POR UM PORTUGAL COM FUTURO” , que teve lugar na passada quinta-feira à noite em Coimbra.


O antigo líder do PCP Carlos Carvalhas defende que a dívida pública portuguesa "é impagável", e que mais tarde ou mais cedo terá de ser renegociada nos seus prazos e juros, e perdoada uma parte.
"Isto para mim é uma questão inevitável", afirmou o dirigente comunista.
No entendimento de Carlos Carvalhas, renegociar a dívida significa prazos maiores para o seu pagamento e diminuição nas taxas de juro.
"E naturalmente uma parte [da dívida] que não será paga para sairmos desta situação, e apostarmos no crescimento económico. 
Sem crescimento económico não haverá solução, nem para o défice, nem para a dívida, nem para o nosso país" sustentou.
Para o dirigente comunista, com a política que tem vindo a ser seguida pelo Governo liderado por Passos Coelho "a economia portuguesa vai ficar um descalabro", sem expectativas de retoma. «"Podemos resolver o problema do défice, mas é pelo estrangulamento da actividade económica, da economia, do consumo. Quando quisermos dar um passo para recuperar, como não fizemos alterações estruturais do ponto de vista de desenvolvimento económico, o défice vai continuar, outra vez, a aumentar", considerou.
Entende que mesmo as privatizações de empresas "não resolvem o problema, antes o agravam". Realçou que hoje, o "dinheiro que sai em lucros e dividendos para o exterior já é superior a tudo aquilo que entra da União Europeia, nos diversos fundos", e isso sem ter em conta "os lucros que sairão no futuro" através da REN [Redes Eléctricas Nacionais], da EDP, e de outras empresas que também passarão para o sector privado.
"É necessário alterar este rumo, e no plano da União Europeia era preciso um prazo muito maior para a redução do défice público", sustenta, lembrando que um director geral do Fundo Monetário Internacional já advertiu que "a redução do défice não deve ser feita em forma de sprint, mas de maratona". 
Reportando-se ao combate ao défice, Carlos Carvalhas considerou que o Governo português "parece que é mais papista que o papa e acha que deve ser num sprint, e um sprint forçado". 
Na sua perspectiva, o Governo "mete-se atrás desse biombo do pacto" com a Troika "para executar o seu programa neoliberal".

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