MANIFESTAÇÕES EM ESPANHA
SÃO PARTICULARMENTE IMPORTANTES PARA OS
PORTUGUESES
O que se está a passar em Espanha, tem neste momento uma particular importância para Portugal e para os portugueses.
A extensão das nossas fronteiras e suas características geográficas, influenciam de uma forma relevante a problemática política de ambos os países.
É fundamentalmente por essa razão que Portugal e Espanha não poderão manter um sistema político-económico diferenciado durante muito tempo.
A osmose de características e particularidades que a sua extensão fronteiriça permite, tende a igualizar os factores diferenciais entre os dois povos.
Sobram os condicionalismos históricos e de natureza, para manter as personalidades específicas de cada um desses povos.
Nos condicionalismos económicos e financeiros por que estamos a passar, as diferenciações não são tão grandes como à primeira vista poderiam parecer.
A classe política de ambos os países é muito fraca, e os princípios por que se regem são muito semelhantes.
As características específicas de cada povo, é que estão a influenciar de forma determinante as opções políticas dos seus governantes.
Portugal, desde Pina Manique, nas suas características sociológicas, sofre das dificuldades inerentes a um povo reprimido por forças policiais particularmente rudes, com corpos especiais de espiões e denunciantes e consequentemente tornou-se um povo apático e de uma forma geral misantropo.
A Espanha, mais temperamental, caldeada numa feroz e bárbara guerra civil, mantém um sentido crítico político, muito mais intenso e activo.
Resultado, enquanto o governo português (de jovens e inexperientes patetas!!!) ,se gaba orgulhosamente de estar a exceder as imposições de uma Tróica estrangeira para equilibrar as finanças, contrariamente ao que o mais elementar bom censo recomenda, os portugueses só encontram nas forças políticas mais progressistas e nomeadamente no Partido Comunista Português e na CGTP, uma oposição consequente.
Por outro lado em Espanha, apesar do seu governo ser da mesma família de interesses financeiros, obrigado pela opinião pública, que saiu à rua em força, já pediu uma revisão dos prazos dos seus compromissos, para pagamento das suas dívidas.
CONCLUSÃO ÓBVIA:
QUEM LUTA, PODE NÃO GANHAR-QUEM NÃO LUTA SÓ PODE PERDER.
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