A PROPÓSITO DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ESTADO
Sábado 22 de
Setembro de 2012
A propósito
da reunião do Conselho de Estado ontem realizada, o PCP quer sublinhar que o
que se exige não são apelos ao prosseguimento de um programa de ingerência
externa que está a conduzir a vida dos portugueses e do País para o desastre,
mas sim a rejeição do Pacto de Agressão em nome do qual o Governo encontra
justificação para intensificar a exploração, as injustiças e o empobrecimento.
O PCP alerta
para as manobras que o governo tem em curso, e às quais o Conselho de Estado
deu o seu aval, para com eventuais retoques ou «modulações» na TSU, manter o
objectivo de assalto aos salários e rendimentos dos trabalhadores e dos
reformados, e o escandaloso e consequente rumo de declínio e retrocesso.
O que o País
enfrenta e o que inquieta verdadeiramente os portugueses, não é a agitada crise
política para em seu nome prosseguir a cruzada de espoliação de direitos e
salários, mas sim a crise social em que as suas vidas mergulharam.
A questão
que se coloca não é como prosseguirá o roubo aos trabalhadores e ao povo, mas
sim pôr fim a esse rumo e a este desastre.
O que a
situação exige, é a derrota definitiva deste governo e uma ruptura com a
política de direita, a rejeição inadiável do Pacto de Agressão, e a assunção de
uma postura patriótica não subordinada aos interesses do grande capital
nacional e transnacional, da União Europeia e de potências como a Alemanha.
A esta
violenta ofensiva, deverá corresponder a intensificação e multiplicação da
resistência e da luta, a transformação do protesto, da revolta e da indignação,
em luta organizada.
A Comissão
Política do PCP apela ao desenvolvimento da luta dos trabalhadores e da
população, apela particularmente à participação na manifestação convocada pela
CGTP, para o próximo dia 29, no Terreiro do Paço, em Lisboa, numa vigorosa
manifestação de força e confiança na luta pela ruptura com 36 anos de política
de direita, pela rejeição do Pacto de Agressão e a construção de um país mais
justo, desenvolvido e soberano.
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