COMO SOMOS ROUBADOS
SEM DAR POR ISSO!
A falta de esclarecimento, permite que muitos dos problemas
que afetam a precária situação em que nos encontramos, seja escondida e os seus
verdadeiros responsáveis fiquem impunes.
Não são só os problemas ligados ao sector bancário, que
absorvem muito do nosso esforço produtivo colectivo.
A corrupção, acrescentada à incompetente e tendenciosa administração
pública que desde o 25 de Novembro de 1975 nos andam a tripudiar, a conivência
dos grandes agricultores, empresários e industriais, junto com a alta finança, absorvem
a maioria das verbas que têm chegado da Europa para nosso desenvolvimento,
justificam muita das dificuldades por que estamos a passar.
Outro aspecto das dificuldades orçamentais que cronicamente assolam
alguns organismos da administração pública, têm a ver com a forma como as
indeminizações compensatórias que lhes são devidos e deviam ser inscritos no Orçamento
de Estado, são artificiosamente sonegadas.
O desvio dessas verbas, obrigam os organismos a suportar os
encargos inerentes a despesas que passam a ser inscritas nos resultados dessas
empresas e não como deveria ser, no Orçamento de Estado.
É por exemplo o caso das verbas que deviam entrar a crédito
do Orçamento do Ministério da Saúde, a título de indeminizações compensatórias derivadas
da introdução no Sistema de Saúde Pública dos cidadãos que não participaram com
qualquer desconto para a Previdência.
É por exemplo o caso das verbas que deviam entrar a crédito
das empresas de transportes públicos, como por exemplo a CP e Carris que foram
obrigadas pelo governo a fazer investimentos que competiam ao Estado e se vêm
obrigadas a pagar juros exorbitantes desses investimentos e que deveriam ser considerados na
Dívida Pública.
É por exemplo o caso das verbas que deviam entrar a crédito
das empresas de transportes públicos a título de compensação pelo serviço
público prestado, tal como acontece na generalidade dos países civilizados.
É evidente que os elevados encargos dos juros dessas obras,
e os deficits artificiais que os encargos bancários ocasionam, tornam impraticável
uma gestão que não seja danosa.
A destruição do Estado Social, socorrendo-se desses ilegais
e artificiosos incumprimentos, encontra aí justificação para os entregar à
exploração privada, pois ao ficar com os prejuízos acumulados, torna esse negócio apetitoso e gerador de lucros chorudos.
Não fora assim, como seria possível convencer os privados a funcionar como instituições beneméritas, dispostos a prestarem um serviço público, que lhes desse prejuízo?
Não fora assim, como seria possível convencer os privados a funcionar como instituições beneméritas, dispostos a prestarem um serviço público, que lhes desse prejuízo?
Aproveitamos esta oportunidade, para trazer ao seu conhecimento
um importante documento que os trabalhadores da CP estão a divulgar e que lhe
pedimos igualmente para divulgar, na medida do possível, como acto patriótico e
revolucionário, de quem está empenhado em que Portugal tenha um governo que
defenda os interesses do povo e não das elites dominantes, que só sabem explorar
quem trabalha e continua a enganar os portugueses.
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