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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


JERÓNIMO DE SOUSA 
PODE RECLAMAR DIREITOS DE AUTOR
Acontecem  coisas extraordinárias.
Quando pouco depois de Portugal ter apresentado a sua candidatura à CCE, em 28 de Março de 1977, Carlos Carvalhas enunciou uma série de gravíssimos problemas que essa adesão traria ao nosso país, todos classificaram essas declarações de falsas ou exageradas. 
Hoje verifica-se que todas essas afirmações, (todas sem excepção!!!) eram correctas e tão fantasticamente proféticas que ainda há pouco tive ocasião de ler o comentário de um jornalista que nada tinha a ver com os comunistas e o apelidava de “bruxo”!!!
Quando o PCP em consequência da entrada no Euro, alertou para os condicionalismos que a sobrevalorização artificial do escudo trazia, nomeadamente o agravar a situação financeira e económica de milhares de empresas, obrigando Portugal a uma política de austeridade, que iria destruir o aparelho produtivo e consequentemente aumentar o desemprego e o trabalho precário, bem como acentuar obrigatóriamente as desigualdades regionais e sociais, afectando não só os direitos de cidadania, como a própria soberania Nacional.  
Todos os partidos à direita do PCP e os meios de comunicação social fizeram intensas campanhas contra o PCP e hoje percebe-se quanta razão tinha!
Quando em determinada altura, o PCP disse que era necessária uma renegociação imediata da dívida, revisão dos prazos de pagamento e a revisão as taxas de juro, enquanto as condições fossem mais favoráveis, todos se atiraram ao Partido. 
Agora na Assembleia da Republica, depois de Passos Coelho prometer que ”não vai esticar mais a corda, que já está muito esticada” Jerónimo de Sousa que não tem papas na língua respondeu-lhe:
Hoje todos e particularmente o Partido Socialista, que foi o primeiro a dizer que o PCP , não queriam pagar etc., etc., apelam à renegociação e extensão dos prazos da dívida como se agora, tivessem  descoberto  a pólvora!!! 
“O senhor primeiro-ministro está a enganar os portugueses, porque a corda já partiu para muitos". Esta política de brutal austeridade leva aos números que são conhecidos no desemprego, ao número de falências de empresas e à situação dramática de reformados e pensionistas, o que é que é preciso mais para que o senhor primeiro-ministro veja que a corda já partiu?" "O que é isso de partir a corda? Partir a corda tem a ver com a vida das pessoas e muitas pessoas hoje não têm futuro e não têm vida, 40% da juventude desempregada? Que corda é essa?". 
Esta resposta à metáfora de Passos Coelho, já tem imensos seguidores que não lhe pagam direitos de autor, entre eles, quem menos se esperava, na pessoa de José Rodrigues, editor de Política/Economia do Correio da Manhã.
É caso para Jerónimo de Sousa se queixar à Sociedade de Autores!!!!
 



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A corda partida
Por:José Rodrigues, Editor de Política/Economia


Num clima de alarme perante as últimas notícias sobre a escalada do desemprego, a contração do PIB e o abrandamento das exportações, o primeiro- -ministro garantiu aos portugueses que podem confiar no Governo, pois este não lhes exigirá mais sacrifícios do que os necessários, nem deixará partir-se a corda, que está neste momento já esticada.
Sobre a questão da confiança, estamos conversados… Quanto à questão da corda, apetece dizer: "Acorda, que a corda já se partiu!" Partiu-se para boa parte dos portugueses, sobretudo aqueles que caíram no desemprego, na pobreza, na desesperança.
Desta vez, o Governo não se afirmou surpreendido com a evolução do desemprego, mas considerou que os números agora avançados estão "razoavelmente em linha com as previsões" e devem ainda aumentar. Palavras que mais uma vez comprovam que a escalada brutal do número de pessoas expulsas do mercado de trabalho é considerada por quem nos governa uma consequência inevitável, natural mesmo, do processo de ajustamento.
E esta naturalidade no modo como se encara o drama do desemprego, inaceitável pela insensibilidade social que nela se revela, é a mais sólida garantia de que a escalada vai continuar

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