CAPÍTULO TERCEIRO
AO QUE NÓS CHEGÁMOS!!!
Curioso pelo enunciado do título da crónica de Helena Garrido, no Jornal de Negócios, “Ainda não é tarde para salvar o Euro”, cedo fiquei a perceber, que afinal salvar o euro para esta “cornista” era tão-somente entregar ao capital financeiro a possibilidade de ir comprando umas ilhas da Grécia, para compensar o trabalho que tinha dado aos gerentes das finanças mandar imprimir mais uns quantos dólares, para compensar a “desgovernação” grega.
Dizia a referida senhora a páginas tantas:
”A Grécia não cumpriu o plano que viabilizou o empréstimo? Sim, algumas medidas que estavam nas suas mãos não cumpriu, como por exemplo, as privatizações entre as quais estão a tão popular venda das ilhas.”
Popular venda das ilhas?
Mas aonde é raio nós já vamos? Popular venda das ilhas?
Nós já tínhamos lido esta patranha algures, numa leitura fugidia de algo que nos não merecia reflexão, e muito menos credibilidade.
Mas, de facto fixámos na nossa memória, como se de uma exotérica afirmação de um qualquer mentecapto, em delírio o tivesse afirmado, á laia de anedota.
Voltou á minha memória, essa paranóica afirmação, quando mais tarde li algures, que António Borges, o portuguesíssimo director do FMI para a Europa, numa afirmação à “vol d’oiseau’ tocou no tema, numa ocasião que a memória não identifica, mas que me deixou desconfiado que afinal, o fumo era talvez sinal de fogo ou pelo menos dos gazes lacrimogéneos lançados contra os populares gregos, que insolentemente querem a toda a força saber onde param os biliões de Euros, que têm recebido.
Mais desconfiado fiquei (eu que sou um ingénuo contumaz) quando li que o “nosso” “Big Boss” do FMI, tinha identificado os activos gregos privatizáveis, com um valor potencial de que chegaria aos €200 mil milhões e que estariam muito acima dos €30 mil milhões programados.
Possivelmente (digo eu…cândida e malevolamente…influenciado pelo meu mau feitio !!!) porque certamente, não tinham levado em conta o valor potencial das tais ilhas gregas.
Não querem lá ver que ainda por cima, estavam a subvalorizar o valor das ilhas gregas???
E um sorriso de orelha a orelha estampou-se no meu rosto, reflexo indiscutível do quanto eu estava a valorizar o meu arcaico sentido de humor!!!
Pelo sim pelo não, vou ficar atento ao que se fala das Berlengas.
Será que é tempo de aconselhar o Rui Veloso a encontrar rima para outro lugar, porque a ilha do Pessegueiro, se calhar já foi!!!
Ou então está para ir???
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