CENTRO CHAMPALIMAUD
Junto à Torre de Belém, foi construído pelo arquitecto Charles Correa, uma espécie de Museu de Arte Moderna, destinado às investigações em neurociência e no combate ao cancro, razão que justifica a necessidade sentida por ele, de:
“Usar a natureza como terapia. A água em redor de nós. O céu por cima, além de uma calmante floresta tropical”
(And we have also attempted to use NATURE as therapy. The WATER around us. The SKY above. The healing presence of RAIN FORESTS).
Embora metendo água no projecto e que o céu por cima seja verdade, estamos seriamente desconfiados que o micro clima local e a habitual nortada naquela zona, torne difícil, senão impossível, manter uma floresta tropical.
Mas enfim, é o seu lado “Correa”, originário de Goa, que deve ter influenciado Leonor Beleza a escolhê-lo, subestimando Siza Vieira ou Souto Moura, porque como ambos já tinham sido contemplados com o prémio Pritzker, equivalente ao Nobel dos arquitectos, considerou que estava na sua mão dar mais meio-Pritzer a um meio português, originário de Goa (que devido á invasão indiana lhe ter dado cabo do “i”), e ambiciosa, sonha estabelecer um novo record no Guiness Book, de arquitectos premiados.
De resto, tal como acontecera com as especiarias, para a construção do Jerónimos, ou do ouro brasileiro para o Convento de Mafra, com a superabundância de capitais champalimosianos, o habitual novo-riquismo estava facilitado e bastava saber que era opinião do arquitecto Charles Correa considerar que "Seria estúpido vir de tão longe e fazer uma coisa vulgar", que o invulgar estava garantido!!!
É fácil deduzir que com o desgraçado Serviço Nacional de Saúde “tendencionalmente não gratuito” Coelhalmente condenado a piorar, que mais precisa este país e nomeadamente os cancerosos, que vão decorar "esta espécie de museu, com o céu por cima, uma floresta tropical, e água ao redor para criar clima para os doentes", que não seja uma selecção elitista dos doentes, a que se irão juntar as cunhas, compadres e familiares do amigo….que tem um amigo do amigo!!!.
Aos doentes oncológicos, que não sendo pagantes ricos, ou privilegiados pela cunha, adivinhamos que vai continuar a ser inacessível os cuidados de saúde atempados o acesso aos serviços médicos de qualidade, naqueles vanguardistas edifícios com “a água ao redor de nós” e nesta mal qualificada “ilha”, que nem sequer é um promontório.
Se calhar estou a falar assim por despeito, porque das duas vezes que me foi diagnosticado um cancro, a forma como fui tratado, as instalações onde fui operado, de floresta tropical só tinha umas palmeiritas e embora tivessem o céu por cima, de facto “metiam água”, por todos os lados.
AZAR MEU !!!
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