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terça-feira, 14 de junho de 2011

A BARRAGEM DO ALQUEVA

A Barragem do Alqueva, era uma das bandeiras mais importantes da Reforma Agrária, que encontrou sempre pela frente a resistência dos vários governos, porque se situava numa zona de larga influência comunista.
A sua principal finalidade, além da natural fonte de energia eléctrica, era proporcionar água ao ressequido Alentejo e transformar aquelas sequiosas terras de sequeiro, em produtivas áreas de regadio que permitiriam diversificar as tradicionais monoculturas do Alentejo, em horticulturas, frutícolas, vinha, beterraba e olival de regadio que produz cerca de três vezes mais que o olival de sequeiro, que naquela zona, também era cultura tradicional.
Todo o tempo que lidámos com a Reforma Agrária e foram muitos anos, a cujo doloroso fim assistimos, com a mágoa e a revolta que tal enormidade representava para a Revolução de Abril e para Portugal, jamais ouvimos exprimir outras ambições que não fossem de enriquecimento da lavoura e a melhoria das condições de vida do povo alentejano.
Foi a “Barretal” legislação que matou a Reforma Agrária e os seus exageros eram de tal dimensão, que a cumprir-se toda a dimensão dessa maldita legislação, Portugal inteiro não chegava para compensar os latifundiários das terras que tinham sido nacionalizadas.
Isto é verdade!!!

Verdade que lastimo ter sido tão pouco conhecida na altura, como o é ainda hoje, porque seria a forma do povo português se aperceber das enormidades que desertificou o Alentejo e tornou aquela zona ainda hoje a zona maior índice de suicídios de Portugal.

Tudo se fica a dever às ordens de Mário Soares e através do seu lacaio ministro António Barreto, que curiosamente flutua de novo no mar da nossa manipuladora informação, sentencioso no prognóstico de novas desgraças, globalizando as penúrias de Portugal, com a mesma indiferença com que destruiu o sonho dos alentejanos.

A diferença fundamental, é que hoje a Barragem do Alqueva é um monumento á destruição do sonho dos alentejanos.
Em vez de estar ao seu serviço, foi aproveitado pelo poderio financeiro dos agricultores espanhóis, e pela capacidade turística, que aquelas belas paisagens proporcionam.
Assim alguns dos poucos alentejanos que por lá vão ficando, podem continuar com tradicionalmente o faziam, a servir os grandes senhores, que ao fim de semana aparecem para lhes dar ordens, velejar, "golfar", "cavalar", pescar, dar tiro aos pássaros ou pratos.


SÓ FALTA A PRAÇA DA JORNA, GUARDAR A DISTÂNCIA DE CHAPÉU NA MÃO E FALAR QUANDO AUTORIZADO!!!

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