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quinta-feira, 28 de julho de 2011

GUINÉ EQUATORIAL

UM APELO, UM GRITO DE REVOLTA,
UMA REALIDADE INACREDITÁVEL!!!!


Acabo de ter acesso a um “power point” sobre a Guiné Equatorial.
Apesar de algumas imagens serem datadas de 2003, ainda li há pouco a propósito do Presidente Obama, que este tinha uma política dedicada ao reforço da "cooperação e amizade" com o governo do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo
A minha indignação, perante o relatado, não tem palavras que a possam traduzir e independentemente desta apresentação não ser actual, todos os indicadores consultados, dão a situação numa evolução negativa quase constante, em todos os índices que se analisem.
Não posso deixar de referir, como termo de comparação, que todas as reclamações justíssimas que fazemos sobre a corrupção que campeia em Portugal, a exploração a que são sujeitos os trabalhadores, a sobrevivência desesperada dos nossos reformados, as angústias de quem tem de recorrer aos serviços de saúde, o destino a que condenam a nossa juventude, com uma educação plena de deficiências, tudo isto que desclassifica, envilece e devia envergonhar e condenar os nossos governantes, ao pé do que se passa na Guiné Equatorial, potencia em nós uma angústia, que está na margem da raiva, por tão pouco ou nada podemos fazer, além de denunciar a tempestade civilizacional que a humanidade precisa.
É que corremos o risco, de dentro de alguns anos, sermos nós, portugueses…europeus…cidadãos do mundo….Igualmente vítimas e espectadores de situações semelhantes, se ingenuamente continuarmos a pensar, que o Capitalismo não está a evoluir para universalizar o seu tirânico despotismo.
Ainda me lembro de tempos atrás ter ficado surpreendido pelo facto da Guiné Equatorial ter pedido a sua admissão na CPLP, onde foi aceite como membro observador, sabendo que há pouco renovou o seu pedido de integração, pedido esse que foi rejeitado e sugerido que continuasse com reformas internas, para então poder ser admitida.
A minha perplexidade nasce do facto de julgar que nesse país, por ter sido uma colónia espanhola, se fala o espanhol (repare-se no destaque que no power point dá ao facto de todas as crianças terem as brincadeiras escolares e vocabulário, inclusive o vernáculo, igual aos espanhóis!) e só perante a condição prévia obrigatória para poder entrar, foi declarada como artifíciosamente “terceira” língua oficial o português, sendo o francês a segunda.
Na realidade nada faz crer que alguém esteja de facto a aprender português, como se pode constatar no fim da noticia do
Observatório da Lingua Portuguesa.
Perguntamos nós, o que têm então de comum connosco, a não ser ter sido descoberta em 1471 por Fernando Pó, facto que fui obrigado a memorizar quando fiz a 4ª classe e que sei ter sido posteriormente oferecida a Espanha, talvez como prenda de casamento, juntamente com o anel de noivado e um camafeu com o retrato da prometida.
A pergunta que se impõe, sem ironia, é porquê?
A resposta estará certamente no petrolífero segredo dos Deuses, e na recusada garantia da França se prestar a aparentemente dar guarida ou apoio internacional, mas á falta de palmadinhas nas costas do superactivo presidente, é que certamente Obiang, não se irá queixar!
Por outro lado, se CPLP, quer dizer Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa e se lá se fala espanhol correntemente, não será uma expressão da nossa subserviência, a admissão deste país como membro pleno dessa comunidade.
Verdadeiramente só consigo encontrar uma resposta, que nos é favorável….
Se a maior parte dos figurões da política internacional, aparecem a apertar o “bacalhau” a sua Exª. o Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, como por exemplo o ex-Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, passando pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy, o ex-Presidente do Conselho José María Aznar, ou o actual José Luis Rodríguez Zapatero, pela ex-Secretária de Estado Condoleezza Rice , que ainda há pouco brindou o seu entusiasmo pela morte de Bin Laden, definindo essa operação militar como "uma boa história de continuidade entre duas presidências". (Alguém tem duvidas que Obama é o escolhido continuador de Bush???) .
Só lá faltava para juntar à galeria de bajuladores dos tiranos, o nosso empertigado Cavacal Presidente, com o nó de gravata mais perfeito de todos os políticos conhecidos, a cumprimentar aquele facínora, fornecedor de petróleo e madeiras exóticas que de tanto roubar, é considerado pela revista Forbes, o 8º homem mais rico do mundo.
Profetizo que não faltará muito….não faltará!!!

Denunciar, é o que está ao meu alcance.

Despertar consciências, é a minha intenção.

Apelar á cidadania, é o que está ao meu desejo.

Tentar mobilizar os justos, é a minha tarefa.


NESTE LINK
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A PROPÓSITO DO FENÓMENO DE EXPLORAÇÃO DO PAÍSES AFRICANOS, PELOS PAÍSES OCIDENTAIS, TIVEMOS ACESSO A UM TEXTO QUE TOCA NA FERIDA, EXPLICA A SUA ORIGEM, E CONSEQUÊNCIAS.

AO SITUAR A SUA PRINCIPAL CAUSA, COMO CONSEQUÊNCIA DA QUEDA DO MURO DE BERLIM, OU SEJA NO FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA, NÃO ESTÁ A FAZER MAIS DO QUE ENUNCIAR O ROTEIRO DO CAPITALISMO, PARA A DESENFREADA EXPLORAÇÃO A QUE ESTAMOS A ASSISTIR , NÃO SÓ DOS TRABALHADORES EM PARTICULAR, COMO DAS NAÇÕES EM GERAL.

NÃO FORA TER ACABADO A
UNIÃO SOVIÉTICA...

E OUTRO GALO CANTARIA!!!


EIS UMA PEQUENA PARTE DESSE TEXTO QUE TRADUZIMOS


“A primeira coisa a ter em conta é que, apesar dos pavorosos índices desenvolvimento humano que nos oferecem as Nações Unidas, podemos dizer que nenhum país de África é pobre.
Todos e cada um dispõem de recursos económicos e humanos suficientes para se desenvolverem harmoniosamente.
A explicação para esse aparente paradoxo é que essas riquezas não são controladas pelos países produtores, nem servem os interesses do desenvolvimento de suas populações.
Podem-se colocar tantos exemplos quantos países africanos existem.
Basta no entanto colocar alguns, como por exemplo o Níger, que está entre os mais baixos em todos os indicadores de desenvolvimento, tem importantes minas de urânio, exploradas por empresas europeias.
A Guiné Equatorial apesar de ser a terceira produtora de petróleo da África subsaariana, com qualquer coisa como 700.000 barris de petróleo diários, 80% dos poucos 500.000 dos seus habitantes, vive na miséria.
A guerra que desde há uma década assola a República Democrática do Congo, não tem origem tribal, como ardilosamente tem sido apresentada nos meios de comunicação social ocidentais, mas apenas promovem e alimentam determinadas empresas ocidentais, que lutam entre sis por entrepostos africanos, para controlar as imensas riquezas minerais, sobretudo o Coltan, componente indispensável na fabricação de telemóveis.
Outros conflitos como os que tiveram lugar em Angola, Serra Leoa, Sudão ou os que recentemente se desencadearam na Costa do Marfim e no Chade só se explicam nesta perspectiva.
Isto não são afirmações gratuitas.
Estão avalisadas por diversas informações da ONU, do FMI, Fundo Monetário Internacional e de prestigiosas organizações de defesa dos Direitos Humanos. “

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