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terça-feira, 1 de novembro de 2011

ALAN GREENSPAM
O PADRASTO DA CRISE INTERNACIONAL
Já todos percebemos que a dramática crise que estamos a viver, é provocada pelo sistema bancário e pelas dívidas soberanas.
O que muito poucos ou nenhuns se atrevem a dizer, é que na sua origem está uma golpada do Sistema Capitalista, proporcionada pelo sistema bancário americano.
Se é verdade que a questão do “Sub-prime” foi o detonador da crise, as razões mais profundas são a dívida contabilizada de cerca de 16 triliões de dólares, o passivo que os Estados Unidos têm a descoberto e se calcula na ordem dos 115 Triliões de dólares, mais a parcela de dólares que circula à sorrelfa e se calcula que sejam quatro vezes mais do que as emissões oficiais.
O sistema de emissão da moeda americana, estando na mão de entidades privadas, a celebrada Reserva Federal, tem permitido todas as barbaridades que a corrupção, o descontrole das entidades fiscalizadoras, as pressões políticas e financeiras, sejam acrescentadas ao facto do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos (entidade emitente da moeda), seja ao mesmo tempo um departamento que está fora do controle do Banco Central.
Todas estas originalidades, quer na emissão, fiscalização e controle, permitem às entidades ligadas ao poder do sector financeiro, terem um domínio absoluto das sobre o poder político.
Foi este tipo de organização que permitiu as artificiais manobras financeiras, que estão na origem da “provocada” crise de 1929.
No caso da crise actual, que está a afectar de maneira dramática a Europa e os Estados Unidos, a sua origem é muito semelhante nas consequências e estas não se podem desligar da responsabilidade da poderosa personalidade que era e ainda é, Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos da América de 1987 até 2006.
Ele foi o grande responsável pela crise do “Sub-prime” na medida em que sempre recusou regular o crédito imobiliário, permitiu oferta de todos os dólares que fossem necessários para sustentar aquela aberração financeira, que pretendia materializar“O sonho americano".
Era uma espécie do rosto humano do capitalismo americano, porque sempre lutou para manter baixas as taxas de juro e fomentar o mercado imobiliário e o consumo,
Para obter mais pormenores sobre o "sub-prime" leia o texto que escrevi neste Blogue, no passado dia 30,  num separador “DÓLAR-MOEDA DOS ESTADOS UNIDOS – PROBLEMA DO MUNDO” e o título “O “PAPEL”DOS DÓLARES”.
Segundo constou na altura, viu-se obrigado a sair, devido ao facto de não querer elevar as taxas de juro já nessa altura eram de 4%, como lhe era exigido por George Bush,  pressionado pelos seus conselheiros, para tentarem evitar a explosão da bolha imobiliária e do mercado de acções que ele tinha fomentado e que acabou por acontecer, pouco depois de ele ter deixado o FED.
Só não sabemos se saiu livremente ou se foi empurrado.
É convicção geral que este homem ainda hoje influencia as decisões da Reserva Federal e por arrasto, do governo americano.
Outra coisa que que não tem acolhimento na comunicação social, é o facto de ele defender em 2006 que a culpa da crise era devida á China e profetizava então que o crescimento chinês era artificial e que em breve a economia chinesa estourava.
Já pensava nessa altura que os dólares americanos era simplesmente papel, sem qualquer lastro, e deduzia que tal facto lhes permitiria mais cedo do que tarde, que os Estados Unidos manobrassem a China e o Yuan, de acordo com os seus interesses.
Saiu-lhes o tiro pela culatra, porque a China foi diversificando a aplicação das suas reservas de dólares em comodities, investindo no estrangeiro, como por exemplo na América Latina de que o Brasil é um exemplo flagrante, propondo-se comprar parte das dívidas soberanas de alguns países europeus, proporcionando em condições extremamente favoráveis colaboração técnica e financeira a bastantes países de África, de tal modo não fora a guerra que a Nato e os Estados Unidos fomentaram na Líbia, a China estaria às portas do Mediterrâneo dentro em pouco, tal era o ascendente que estavam a criar naquele pais.
Por fim, acumulando dólares que hoje se saldam pelos 3,2 Triliões de dólares transformou-se no maior credor dos Estados Unidos.
Está a ver-se, até que ponto se enganou Alan Greenspam!
Hoje já não pensa assim certamente e não foi por acaso, que entrevistado no programa da NBC Meet the Press confessava:
"Os Estados Unidos podem pagar qualquer dívida que tem porque sempre pode imprimir dinheiro para fazer isso. Portanto, há probabilidade zero de default ou inadimplência" (descumprimento de um contrato ou de qualquer de suas condições).
A pesar destas declarações aparentemente descontraídas, ouvindo as suas declarações noutras ocasiões, verificamos que Alan Greenspan não estava a ser sincero:
“A ameaça da Europa é real e é substancial” “Estou com medo. "
Ele sabe melhor que ninguém que o problema das facilidades que o governo americano tem de solucionar os problemas de liquidez, imprimindo notas, resulta num aumento da inflação, na medida em que não há base de produção, para servir de lastro a essa emissão. 
É este o esquema que o Capitalismo tem á mão, para através dele confiscar a riqueza produzida.
Mas na actualidade é tão denunciado, que a curto prazo as consequências serão dramáticas para milhões e milhões de pessoas, na Europa e nos Estados Unidos.
A situação é tão dramaticamente caricata que o conhecido comentados americano Alex Jones faz uma autêntica chacota do esbulho que tal constitui.
Só tenho pena que este vídeo não tenha legendas, mas quem perceba um pouco de inglês dá para entender tudo o que estou a dizer, testemunhado neste vídeo, tragicamente hilariante…diga-se de passagem.

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