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domingo, 20 de novembro de 2011

GREVE NO DIA 24

UM TEXTO QUE LHE DÁ ARGUMENTOS, 
PARA FAZER SUAS, AS RAZÕES DA SUA RAZÃO.

Um amigo enviou-me um vídeo que fala dos perigos que a humanidade enfrenta e que tem o sugestivo título de
“A HUMANIDADE EM PERIGO- AS 10 ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO DE MASSAS”
Sylvain Timsit, publicou um texto, que denúncia as técnicas e as estratégias utilizadas pelos “Senhores do Mundo” para manipular a opinião pública e que servem de tema ao vídeo que publicamos no fim deste texto.
No final de algumas delas vem uma referência a um texto "ARMAS SILENCIOSAS PARA GUERRAS TRANQUILAS “ que é um texto datado de Maio de 1979, que foi encontrado por acaso em 7 de Julho de 1979, numa fotocopiadora da IBM, comprada num leilão de material militar.
O texto do vídeo é em francês, mas  dado o seu extraordinário interesse, achamos por bem traduzi-lo, para facilitar o seu conhecimento a quem não conheça bem essa língua.
É evidente que para quem a conheça, o texto tem uns links muito interessantes, que testemunham de forma desenvolvida as técnicas que são resumidamente descritas, com exemplos práticos inclusivamente do que se passa no campo da cibernética, psicologia das multidões, etc.
No entanto nós em Portugal, facilmente detectamos exemplos no nosso quotidiano, que ilustram à saciedade quanto os nossos governos, desde o 25 de Novembro, tem utilizado aquelas técnicas, com o êxito que hoje dramaticamente todos reconhecem.
Que outra coisa não é senão desviar as atenções do essencial do nosso quotidiano, a enxurrada de informação sobre o caso Duarte Lima.
Que é senão manipulação das massas, as enxurradas de telenovelas e “reality shows” das nossas televisões.
Não são Passos Coelho e a sua “corte”, exemplos flagrantes diariamente, da utilização daquelas técnicas para manipular as massas.
Eu diria mesmo que de tão flagrantes, são os piores alunos que seguem aquela “escola”, porque, com eles, até os ingénuos percebem perfeitamente o que pretendem e a quem estão a servir.
Já o mesmo não diremos, da raposa Mário Soares, do “Frei Tomás” Cavaco Silva, do beato Guterres, ou a Socrática “Face Oculta”, que a pesar de por demais evidente, enganaram quem puderam e enquanto puderam.
Eis então a tradução do vídeo que se segue:
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1 / Uma estratégia / de distracção

O elemento-chave no controlo social, é a estratégia da diversão consiste em desviar a atenção pública de questões importantes e das alterações decididas pelas elites políticas e económicas, graças a um dilúvio contínuo de distracções e de informações sobre assuntos triviais. A estratégia de diversão é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar nas questões essenciais, quer no domínio da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia ou da cibernética.
"Manter a atenção do público distraído, longe dos verdadeiros problemas sociais, e atraída por questões sem uma verdadeira importância. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem tempo para pensar, de regresso á fazenda com os outros animais”.
Extracto do texto "Armas silenciosas para guerras tranquilas "


2 / Criar os problemas e em seguida oferecer as soluções.


Este método também é chamado "problema-reacção-solução". É criado então um problema, “uma situação" prevista para suscitar uma certa reacção do público, a fim de que seja ele mesmo a pedir as medidas que se pretenda que ele aceite.

Por exemplo: deixar desenvolver a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que seja o próprio público a exigir leis de segurança em detrimento da liberdade. Ou então, criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário a diminuição dos direitos sociais ou o desmantelamento dos serviços públicos.


3 / A estratégia da degradação retardada


Para fazer aceitar uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, “a pouco e pouco” por um período de 10 anos. Esta é a maneira de criar condições socioeconómicas radicalmente novas (neoliberalismo) como as que foram impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego maciço, precariedade, flexibilidade, deslocalizações, salários não podem assegurar um nível de vida decente, ou seja, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução, se tivessem sido aplicadas com uma celeridade brutal.


4 / A estratégia de diferido


Outra forma de aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como "dolorosa mas necessária", obtendo o acordo público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro, do que sacrifício imediato. Desde logo porque o esforço é para ser feito imediatamente. Em seguida, porque o público tende sempre a esperança ingénua que "tudo irá ser melhor amanhã" e que o sacrifício agora exigido, poderá vir a ser evitado. Finalmente, isto dará tempo ao público para se habituar á ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegar o momento.


5 / Dirigir-se ao público como  se  fossem  crianças na primeira infância


A maior parte das publicidades dirigidas ao grande-público, utiliza um discurso, argumentos, personagens e um tom particularmente infantilizante, muitas vezes próximo do imbecil, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou deficiente mental. Quanto mais buscarem enganar o espectador, mais adoptam um tom infantilizante.
“Por quê? "Se você se dirige uma pessoa como se ela estivesse com 12 anos, por uma questão de sugestionabilidade, ela, com alguma probabilidade, dará uma resposta ou terá uma reacção acrítica como uma pessoa de 12 anos. "
Extracto do texto "Armas silenciosas para guerras tranquilas"


6 / Fazer apelo á emoção em lugar da reflexão


Fazer apelo ao emocional é uma técnica clássica para contornar a análise racional e, portanto, o sentido crítico dos indivíduos. Além disso, o uso do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente, para aí implementar as ideias, os desejos, os medos, os impulsos ou comportamentos...


7 / Manter o público na ignorância e na estupidez


Assegurar que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e métodos utilizados para seu controle e escravidão.
"A qualidade da educação dada às classes mais baixas deve a mais pobre, de modo que o fosso da ignorância que isola as classes inferiores das classes superiores seja e continue a ser imperceptível para as classes mais baixas”.
Extracto do texto "Armas silenciosas para guerras tranquilas"


8 / Encorajar o público a satisfazer-se na mediocridade


Encorajar o público a achar normal ser estúpido, vulgar e inculto...

9 / Substituir a revolta pela culpabilidade

Fazer crer que ao indivíduo que ele é o único responsável por seu infortúnio, por causa da falta de inteligência, esforço, ou capacidade. Assim, ao invés de se rebelar contra o sistema económico, o indivíduo se auto-desvaloriza e culpabiliza, o que gera um estado depressivo, do qual um dos efeitos é a inibição da acção. E sem acção, não há revolução!...


10 / Conhecer os indivíduos melhor do que eles se conhecem a si próprios


No decurso dos últimos 50 anos, os progressos fulgurantes da ciência, cavaram um fosso crescente entre os conhecimentos do público e aqueles detidos e utilizados pelas elites dirigentes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" alcançou um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema chegou a conhecer melhor um individuo normal do que ele se conhece a si próprio. Isto significa que na maioria dos casos, o sistema tem mais controle e mais poder sobre os indivíduos que eles próprios.

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