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terça-feira, 22 de novembro de 2011

 
ILHA DA MADEIRA
ZONA FRANCA, A VIGARICE INSTITUCIONALIZADA

Acaba de ser editado o livro “SUITE 605” de João Pedro Martins, que fez uma investigação profunda sobre o offshore da Madeira.
Da sua entrevista que colocamos a seguir a este texto, podemos entender quanto prejudiciais são para os Estados e particularmente para as pequenas e médias empresas e os trabalhadores em geral, a existência destes paraísos fiscais.
Estas organizações, permitem aos ricos e às grandes empresas escaparem de pagar os impostos que deviam, criando grandes factores de desigualdade, uma discriminatória justiça fiscal e consequentemente uma escandalosa e injusta distribuição da riqueza.
Os valores que são denunciados e as entidades envolvidas, a começar pelo Vaticano, é um escândalo de que todos temos a obrigação de tomar consciência.
Calcula-se que na generalidade dos offshores circulem perto de 12 triliões de dólares e 50% do comércio mundial é feito através dessas entidades, que são utilizados por 700 das 1.000 maiores empresas americanas, o que permite que paguem somente 2% de impostos, em vez dos 35% que teriam de pagar em condições normais.
Em particular, segundo o autor, há 3 lugares na ilha da Madeira que na última década, tiveram milhares de empresas.
- No nº 50 da Avenida do Infante, 2.000 empresas
-No 88 da Rua das Murças, 1.500 empresas
Na Suite 605, da Avenida Arriaga, que dá título ao livro, 1.000 empresas
Mas o mais curioso é o facto de dois madeirenses, verdadeiros exemplos de generosidade, fazem gratuitamente a gestão de 690 e 760 empresas, absolutamente de graça…por pura benemerência!!!
Numa ilha que tem 30% da população a viver abaixo do nível de pobreza, tanta generosidade ….é obra!!!
Penso que o governo se está a rever nesta generosidade, para dar tantos benefícios aos reformados, pensionista e trabalhadores em geral e aos da função pública em particular.

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