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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

TRABALHADORES PORTUGUESES
VÍTIMAS DE UM GRANDE CONTO DO VIGÁRIO
Quando andamos todos a ser enganados com promessas e mais promessas, de que vão ser criados mais empregos, só um cego não vê que essas palavras são as “papas” que com os “bolos”, estão a servir para enganar os tolos.
É estranho, mas o que vemos, é pelo contrário o governo aprovar o aumento e a flexibilidade dos horários de trabalho.
O que vemos, é um banco de horas para substituir as horas extraordinárias, á completa discricionariedade do patronato.
O que vemos, é diminuição dos feriados e condicionalismo nas ligações em ponte aos fins-de-semana.
O que vemos, é a diminuição do período de férias, forma artificiosa de aumentar o período de trabalho.
O que vemos, é o regresso ao tempo da escravatura, pois obrigar a trabalhar mais, sem a respectiva retribuição ou compensação, é concretamente trabalho escravo.
O que vemos, é um processo que os políticos de direita e os seus economistas, gritam aos quatro ventos: Como não se pode desvalorizar a moeda, só temos a saída de diminuir os ordenados para aumentar a produtividade.
O que vemos, é que em vez desta política esclavagista, se optasse prioritariamente pelo aumento da produção nacional, poderíamos ambicionar num próximo futuro, vir a adoptar políticas que permitissem não o aumento das horas de trabalho, mas exactamente a sua diminuição, para aumentar o número de trabalhadores que seriam necessários, para o mesmo número de postos de trabalho.
Se essas propostas fossem honestas ou no interesse do povo trabalhador, o procedimento eram exactamente o contrário e determinaria a diminuição e não o aumento da carga horária.
Não é por acaso que os sociólogos da antiga União Soviética, concluíram que um ser humano que trabalhasse 2.000 horas, compensaria a sociedade dos encargos que esta teria com cada cidadão durante toda vida.
Nessa conformidade, esse projecto a muito longo prazo, até se poderia traduzir na possibilidade de cada individuo, através da opção de um trabalho que mais lhe agradasse, como por exemplo o seu hobby preferido, compensar dessa forma, a sociedade em que estava inserido.
É evidente que nestes tempos de crise, até parece caricato falar nessa hipótese, quando o grande patronato é o que é e o modo de produção é o que é.
A nossa realidade actual, é a de todas medidas que se tomam visarem apenas e exclusivamente a exploração dos trabalhadores, a título de aumentarem a produtividade como desculpa.
Mas o que verdadeiramente está por trás dessa argumentação, é ganhar o tempo necessário para que com o avanço da crise e o aumento das dificuldades, a tragédia da fome se estenda á maioria dos trabalhadores e estes se vejam obrigados a aceitar qualquer solução, que lhes permita matar a fome a si e á sua família.


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